A revista britânica The Economist faz uma análise dura de Portugal, que na quarta-feira se tornou o terceiro país do bloco europeu a pedir ajuda para se livrar da crise econômica. A publicação lembra que as experiências recentes da Grécia e da Irlanda mostram que o pedido de resgate, por si só, não resolverá os problemas do país, e que os eleitores enfrentarão um duplo estorvo: as medidas de austeridade e a falta de confiança nos políticos locais:
Para os eleitores, as medidas de austeridade fiscal que os governos europeus exigiram como condição para a ajuda devem ser muito mais duras que as impostas por José Sócrates (foto) [o primeiro-ministro demissionário]. Além de tudo isso, os portugueses terão que aguentar mais dois meses de campanhas eleitorais feitas por políticos cuja credibilidade com muitos eleitores está tão baixa quanto o crédito do país nos mercados de títulos.
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