A Costa do Marfim e a campanha de Ban Ki-moon pela reeleição na ONU

No blog Turtle Bay, que debate a política nos corredores das Nações Unidas, a revista americana Foreign Policy faz duras críticas ao sul-coreano Ban Ki-moon (foto), secretário-geral da entidade. A publicação nota que Ban, alvo de diversas críticas por não ser duro com governos autoritários como os de Mianmar e Sudão, foi rápido em condenar Laurent Gbagbo, o presidente da Costa do Marfim que se recusa a deixar o poder, e a autorizar a surpreendente ofensiva da ONU que mudou a história do conflito. A FP diz que esse ato é favorável às pretenções da França (ex-colonizadora da Costa do Marfim) e se coaduna com o comportamento de Ban, de favorecer os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que decidirão o seu futuro político, como a China:

Ban falhou em pressionar pela libertação do dissidente chinês Liu Xiaobo, que está cumprindo prisão de 11 anos, e de sua mulher, que está sob prisão domiciliar. Em uma declaração oficial sobre o Nobel da Paz dado a Xiaobo, Ban não congratulou o ativista e elogiou a China por melhorar a condição dos direitos humanos dentro do país, um comentário que parece cada vez mais em desacordo com a atual repressão contra escritores, artistas e ativistas de direitos humanos dissidentes em meio aos levantes populares no mundo árabe.

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