A Maçonaria, enquanto instituição dedicada à edificação moral, intelectual e espiritual de seus membros, enfrenta desafios que vão além dos ataques externos. Entre seus maiores inimigos internos está o "vaidoso arrogante", uma figura que, mascarada sob insígnias e títulos, pode corroer silenciosamente os alicerces da fraternidade. Este artigo reflete sobre as características, comportamentos e impactos dessa figura, baseado na análise do valoroso Irmão Rubens Carlos de Oliveira.
A Origem do Problema: Vaidade e
Narcisismo
O
maçom vaidoso é o produto de um profundo desequilíbrio emocional. Em um
extremo, ele sofre de baixa autoestima; no outro, exibe um narcisismo
exacerbado. Ambos os aspectos geram um comportamento destrutivo. Incapaz de
encontrar reconhecimento na vida profana, ele busca na Maçonaria um palco para
suprir sua carência de afirmação e prestígio.
O
vaidoso arrogante divide-se em dois arquétipos: o "tosco ignorante",
que busca na Maçonaria um escape para a mediocridade de sua vida cotidiana, e o
"letrado pretensioso", cuja instrução e sucesso profissional são
ofuscados por um narcisismo que o transforma em um pedante intragável.
Características do Vaidoso Arrogante
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Discurso incoerente: Prega virtudes maçônicas enquanto suas ações desmentem
suas palavras.
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Exibição de poder: Usa a Maçonaria como vitrine para alimentar sua vaidade.
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Falta de humildade: Não aceita críticas e reage com rancor àqueles que ousam
desafiá-lo.
-
Desprezo pela fraternidade: Busca medalhas, títulos e destaque pessoal,
ignorando os valores de liberdade, igualdade e fraternidade.
-
Conduta destrutiva: Sabota a evolução de outros Irmãos, bloqueia debates
significativos e desestimula o crescimento intelectual e moral da Loja.
Impacto na Maçonaria
O
vaidoso arrogante é comparável a um "Cavalo de Tróia", que destrói a
Maçonaria por dentro. Seu comportamento gera desunião, afasta Irmãos
comprometidos e compromete a harmonia da Loja. Ao invés de fomentar debates
enriquecedores e transmitir conhecimentos, ele prioriza a autopromoção e a
censura de ideias divergentes.
Essa
figura torna-se um obstáculo ao progresso maçônico ao:
1.
Impedir a evolução dos Aprendizes e Companheiros.
2.
Reduzir a Maçonaria a uma plataforma de exibição pessoal.
3.
Sabotar iniciativas que poderiam fortalecer a Loja e a Instituição.
A Contradição de Seus Atos
Mesmo enquanto ostenta medalhas e insígnias, o vaidoso arrogante é um desserviço à Maçonaria. Sua presença em Loja é marcada por discursos vazios, ausência de contribuição prática e um comportamento que contradiz os preceitos fundamentais da Ordem.
Em sua busca por reconhecimento, ele ignora a essência do simbolismo maçônico e transforma reuniões em espetáculos de vaidade. Assim, ele personifica o oposto do que deveria ser o maçom exemplar: humilde, dedicado e comprometido com o crescimento mútuo.
Reflexões e Conclusão
A
presença do vaidoso arrogante na Maçonaria é um lembrete dos desafios internos
que a Ordem enfrenta. Combatê-lo exige coragem, união e o compromisso dos
verdadeiros maçons em preservar os princípios e valores da Instituição.
A
Maçonaria é um campo de trabalho espiritual e intelectual, destinado a lapidar
a Pedra Bruta e a construir um templo de virtudes. A figura do vaidoso
arrogante, com sua busca incessante por reconhecimento superficial, é uma
antítese a esse ideal. Cabe a cada Irmão zelar para que a Luz prevaleça sobre
as trevas da vaidade, assegurando que a Maçonaria continue a cumprir sua nobre
missão de transformar o homem e a sociedade.
Baseado
na análise de Rubens Carlos de Oliveira, publicado na Revista Universo
Maçônico. Adaptação: Luiz Sérgio Castro
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