A Maçonaria em Cuba: História, Presença e Singularidades

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Da Redação

A história da Maçonaria em Cuba revela um entrelaçamento peculiar entre a instituição e o contexto político-social da ilha. Desde o início da luta pela independência cubana, a Maçonaria desempenhou um papel notável, sendo uma força motriz na formação dos ideais de liberdade e autodeterminação. Um exemplo emblemático é Carlos Manuel de Céspedes, considerado o "Pai da Pátria" e o primeiro presidente de Cuba, que era maçom. Sua adesão, como a de muitos outros líderes cubanos ao longo dos séculos, sublinha o impacto da Maçonaria nos destinos políticos e sociais do país.

A Loja de 1964 e o Contexto Atual 

Um exemplo singular dessa história é uma loja maçônica fundada em 3 de dezembro de 1964, conforme indicado no estandarte verde de seu ritual. Essa data, marcada na tradição maçônica cubana, é um símbolo da continuidade e adaptação da Ordem dentro de um regime historicamente avesso a instituições independentes.

Embora a Maçonaria em Cuba seja monitorada pelo governo, com agentes e informantes infiltrados nas lojas, o regime geralmente evita intervenções diretas. Esse equilíbrio permite que a Maçonaria mantenha suas práticas, desde que se abstenha de confrontar as políticas do governo. Essa abordagem pragmática assegura a sobrevivência da instituição, ao mesmo tempo em que cria um espaço curioso para a dissidência.

Um Refúgio para a Dissidência 

Apesar de sua neutralidade estratégica, as lojas maçônicas em Cuba acolhem em seus quadros um número significativo de dissidentes. Esse fenômeno reflete a tradição maçônica de promover liberdade de pensamento e valores universais, oferecendo um espaço de diálogo e resistência pacífica em meio às restrições do regime.

A Maçonaria e a Identidade Cubana 

A forte presença maçônica na história cubana demonstra como a Ordem se entrelaça com a identidade nacional. Mesmo sob vigilância constante, a Maçonaria continua sendo uma instituição que transcende as limitações impostas pelo contexto político, funcionando como um elo entre tradições históricas e a luta contemporânea pela liberdade de expressão.