Por João Anatalino
Cabala e alquimia
- Os “universais” de Platão - A Cabala e o tarô - A teoria dos arquétipos - A
simbologia do tarô - A Cabala filosófica - O verdadeiro cientista.
Assim como na Maçonaria, a prática cabalística hospeda uma forma
operativa e uma especulativa. A Cabala operativa, em princípio, congregava
alquimistas e praticantes do ocultismo, na busca de meios para preservar a
saúde, obter riqueza material, sucesso em empreendimentos profanos, ou
simplesmente como processo de conhecimento, com o objetivo de atingir a
Gnose.[1] Essa
forma de Cabala foi desenvolvida pelos rabinos judeus como fórmula de reação ao
rancoroso antissemitismo que se instalou entre os cristãos logo após o
Cristianismo ter se transformado na religião oficial do Império Romano. Mais
tarde foi apropriada pelos adeptos da Arte de Hermes, que nela viram uma
poderosa ferramenta para o estudo e o desenvolvimento do processo alquímico que
conduzia á descoberta da pedra filosofal.[2]
Dessa atividade derivou-se uma técnica que buscava aplicar o
conhecimento esotérico contido nas combinações numéricas e sonoras do alfabeto
sagrado ( o alfabeto hebreu), para a resolução de problemas da vida real. Essa
prática, embora tenha rendido aos seus cultores muitas acusações de
charlatanismo, não obstante, resultou em importantes descobertas e aplicações
resolutivas no campo das ciências e da filosofia, como mostram Pawels e Bergier
em sua obra, ao se referirem ao trabalho realizado pelos alquimistas.[3]
A
partir da análise dos sonhos de seus pacientes, Jung deduziu que certas imagens
e conceitos existentes em nossas mentes eram comuns á todas as pessoas, em
lugares e tempos diferentes. O exemplo veio do sonho de um paciente psicótico
que se referia ao “falo do sol como sendo a origem do vento”.
Pesquisando
o sentido psicológico dessa metáfora ele encontrou o mesmo conteúdo simbólico
em um mito de uma antiga religião persa. Depois de estudar vários casos
semelhantes, ele concluiu que esses símbolos e imagens eram manifestações do
inconsciente coletivo da humanidade, os quais estavam presentes na psique mais
profunda de todos os indivíduos, independente de suas origens e suas crenças.
Foi á essa imagens e símbolos que ele chamou de arquétipos.
O
termo arquétipo foi inspirado na filosofia de Platão. Para esse filósofo, a
mente humana trabalha com duas estruturas conceituais: uma que é a imagem das
coisas particulares, que podem ser conhecidas através dos nossos sentidos, e a
outra a imagem das coisas universais, as quais, segundo ele acreditava, vinham
da mente dos deuses e serviam de base para todos os modelos conceituais
adotados pelos seres humanos.
O
mundo das coisas particulares, diz Platão, é um mundo inferior, do qual
participamos com os sentidos. Nele nos relacionamos com as coisas físicas que
podem ser identificadas no tempo e no espaço pelos atributos que elas têm. Um
animal, uma planta, um ser humano, um elemento químico, um alimento, um
fenômemo da natureza, etc. Mas além desse mundo inferior há outro, superior,
com qual só podemos nos comunicar com a nossa mente: esse é o mundo das ideias,
das formas ideais, um universo composto de essência imaterial e eterna.
Esse,
segundo Platão, é o verdadeiro mundo, pois o meio físico em que vivemos é feito
apenas de cópias desse universo arquetípico. Nesse sentido, alguns conceitos
desenvolvidos pela civilização eram formas incorpóreas, imateriais, pensadas
pelos deuses e transmitidas á consciência humana como “universais”, porque
serviam, indistintamente, a todos os indivíduos e povos como padrões de
pensamento e conduta. Destarte, conceitos como moral, justiça, bondade, beleza,
eram arquétipos compartilhados pela humanidade em geral, assim como as formas
geométricas e os números, as cores e outros padrões comuns de pensamento e
sensibilidade, que são suscetíveis de serem pensados e sentidos por vários
indivíduos, de um modo geral, em todos os lugares e tempos.
Descrever
um arquétipo, segundo o próprio Jung logo descobriu, era praticamente
impossível, porque são muito ricos em conteúdo simbólico. Assim, atribuir um
significado único a um arquétipo faz com que ele perca sua qualidade essencial,
que é a natureza múltipla do seu significado. Por isso a dificuldade de
conceituar o que é moral, beleza, bondade, justiça, etc., pois esses conceitos
variam de pessoa para pessoa e assumem, na mente de cada pessoa, um significado
particular.
Outro
exemplo dessa ambiguidade são os arquétipos materno, paterno, do herói, do
velho, do sábio, do filho, da mulher fatal, da mãe amorosa, da madrasta
terrível, da morte, a bruxa, a fada, o homem mau etc.
Os
arquétipos se manifestam em nossa vida emocional, através dos sonhos,
fantasias, hábitos, crenças e muitas vezes são causas de distúrbios psíquicos e
comportamentos aberrantes como aqueles inspirados por complexos, que Freud e
Jung chamaram de Complexo de Édipo ou de Eletra, respectivamente.[4]
Os
padrões arquetípicos exercem uma grande influência em nossa psique. A grande
maioria dos heróis e dos vilões do cinema e da literatura é inspirada em
figuras arquetípicas. Homens e mulheres sem filhos, por exemplo, ao ter que
tomar conta de um bebê, podem praticar, inconscientemente, os mesmos
comportamentos que uma mãe, ou um pai, teriam em relação á uma criança. Algumas
mães adotivas, mesmo sem ter tido a experiência da maternidade, conseguem
amamentar uma criança por inspiração do arquétipo mãe.
Arquétipos
criam heróis e bandidos. Pode inspirar um santo ou fabricar um demônio. Hitler,
por exemplo, foi extremamente influenciado pelo arquétipo do super-homem,
criado por Nietzsche. César e Napoleão reconheceram publicamente a influência
que receberam do arquétipo do conquistador, simbolizado em Alexandre, o Grande,
da mesma forma que este se inspirava no mito do guerreiro Aquiles .
Como
bem definiu Jung, os arquétipos presentes no inconsciente coletivo da espécie
humana são universais, e isso faz com que sejam compartilhados pela humanidade
em geral, em todos os tempos e lugares. Eles se manifestam de forma simbólica
nas diversas religiões, mitos, contos de fadas e fantasias, que são, mais ou
menos, intuições padronizadas encontráveis na cultura de todos os povos, em
todos os tempos. E surgem, amiúde, em nossos sonhos e fantasias. Alguns
arquétipos são conceitos relacionados com o nascimento, a morte, os poderes do
sol, da lua, do fogo, e os instintos conectados com o pai, a mãe, reis e outras
figuras de poder, e ainda com ideias de ressurreição, medo da morte, etc.
Todos esses arquétipos são imagens preconcebidas que já existem “a
priori” na mente das pessoas desde o seu nascimento. São desenvolvidas e
moldadas conforme as experiências de vida do indivíduo. Assim, por exemplo,
toda menina nasce com um conceito arquetípico da mãe, ou seja, a imagem
préformada de uma mãe, e à medida que esta criança presencia, vê e interage com
a mãe, desenvolvese nela uma imagem definitiva desse arquétipo. Da mesma forma,
o arquétipo “mãe” age no inconsciente da mulher para moldar nela a
característica da maternidade, assim como o arquétipo ”pai” trabalha no homem o
sentimento característico do pai. Outros arquétipos, como casamento, a crença
em um salvador, medo de tempestades, cobras, do escuro, o culto aos mortos,
etc, também constituem parte dessa fauna misteriosa que se hospeda no
inconsciente coletivo da humanidade. Daí essa simbologia estar representada nas
cartas do tarô e as estranha conexões que muitas vezes essas cartas parecem ter
com situações vividas pelas pessoas no mundo real.[5]
Ao
estudar os símbolos contidos nas cartas do Tarô, Jung intuiu que esse, como
muitos outros tipos de jogos e processos adivinhatórios usados pelas antigas
civilizações, estava profundamente ligado aos padrões mais profundos do
Inconsciente Coletivo da Humanidade, e eram usados como símbolos de acesso a
conteúdos inacessíveis á consciência normal dos indivíduos. Eram como pontes
não racionais entre o inconsciente e a consciência, por onde o mundo dos
arquétipos, ou seja, conceitos apriorísticos á própria consciência humana,
podiam entrar para preencher os vazios da mente humana, que os sistemas de
linguagem não conseguiam traduzir. Assim, o tarô, como outros jogos
adivinhatórios, seriam uma forma de ampliação das percepções humanas, através
do símbolo.
Esse também é o pensamento de Eliphas Levi quando escreve que “O tarô é uma verdadeira máquina filosófica que impede a mente de vagar,
embora mantenha sua iniciativa e liberdade; é matemática aplicada ao Absoluto e
aliança entre o positivo e o ideal, uma loteria de pensamentos tão exatos
quanto números, talvêz a mais simples e maior criação do gênio humano (...)” [6]
E
a relação do tarô com a Cabala lhe parece ainda mais próxima já que “a Tétrada
simbólica representada nos mistérios de Menphis e Tebas pelos quatro aspectos
da esfinge homem, águia, leão e touro, correspondia aos quatro elementos do
mundo antigo: água, ar, fogo e terra (...) Agora, estes quatro símbolos com
todas as suas analogias, explicam o mundo único e oculto em todos os santuários
(...) Além do mais, a palavra sagrada que não era pronunciada, era soletrada e
expressa em quatro letras: Iod, He, Vau, He (...) escreve o famoso mago, denotando a estreiteza
dessa identidade simbólica.
Por isso, na linha de Cabala operativa podemos também elencar a
prática de adivinhação do tarô, tipo de prognóstico que um operador, conhecedor
da simbologia arquetípica dessa tradição faz, usando as figuras representadas
nas cartas de um baralho especial. Essas figuras constituem símbolos que são
relacionados a conteúdos inconscientes da mente do consulente, o que
possibilita, por parte de um operador preparado nessa técnica, uma análise da
sua personalidade, e por consequência, um aconselhamento para ele lidar com
seus problemas pessoais.
Esse tipo de atividade cabalística apareceu na Europa no início
do século XIV e nada nos autoriza a buscar qualquer raiz dessa prática na
história de povos antigos, como egípcios e os caldeus, por exemplo, como alguns
autores ocultistas pretendem.[7] Até porque essa prática é baseada em cartas de papel com
iluminuras de símbolos da cultura medieval, e sendo o papel um produto
desconhecido na Europa até o século IX, esse jogo de adivinhar não poderia
existir antes dessa época, na forma como se tornou conhecido.
Nem poderia ter sido inventado por adeptos da religião de
Israel, dada a conhecida aversão desse povo pelos sortilégios dessa arte, que
eles abominavam como sendo uma prática demoníaca, condenada, a priori, por
Deus.[8]
As cartas do tarô representam diferentes conteúdos arquetípicos,
vistos pela ótica medieval. Conforme o conhecemos hoje, parece que esse tipo de
jogo premonitório originou-se na Itália. Há registros de um jogo semelhante
sendo praticado em Veneza já em fins do século IV, onde se usavam setenta e
oito figuras pintadas em tabuinhas de madeira, com iluminuras. Dessas setenta e
oito sobressaíam-se vinte e oito, que eram consideradas arquétipos principais,
ou “trunfos” que cortavam todos os outros, inclusive o poder dos reis. Esses
são os arcanos hoje conhecidos no jogo de tarô moderno, quais sejam, o
Saltimbanco, a Papisa, a Imperatriz, o Imperador, o Papa, o Amoroso, o Carro, a
Justiça, o Eremita, a Roda da Fortuna, a Força, o Enforcado, a Morte, a
Temperança, o Diabo, a Casa de Deus, a Estrela, a Lua, o Sol, o Julgamento, o
Mundo e o Joker, espécie de curinga que cabe em qualquer combinação.[9] O jogo
de tarô, depois dos trabalhos de Jung e das suas descobertas de como o nosso inconsciente
registra as diversas informações que o mundo nos fornece, deixou de ser
considerado como uma mera superstição medieval e passou a ser estudado com mais
cuidado pelos interessados na psicologia do inconsciente. Isso porque cada uma das 22
principais cartas desse baralho representam arquétipos que simbolizam estados
psicológicos que todo ser humano compartilha, pois eles pertencem ao
Inconsciente Coletivo da Humanidade. E nesse sentido, quer queiramos ou não,
todos estamos, de alguma forma, relacionados á esses padrões estruturais da
nossa psique, os quais são comuns a todos os povos e tempos. Assim, aprender o
significado desses arquétipos e observar as relações que a nossa mente trava
com esses símbolos pode ser uma excelente ferramenta para se aprender a lidar
com os desafios que a vida nos coloca, pois a maior parte das nossas crenças e
valores são, de algum modo, influenciadas por esses padrões neurológicos
inconscientes que constituem uma herança da nossa espécie.
O jogo do tarô se tornou uma das aplicações mais conhecidas da
Cabala operativa, e ainda hoje é muito utilizada como técnica de terapia
holística. Um bom operador de tarô pode nos revelar muita coisa sobre a nossa
vida psíquica que, muitas vezes, escapa ao mais competente psicólogo.
A Cabala especulativa também integra a parte dita filosófica,
aplicativo mais moderno dessa doutrina, desenvolvida principalmente após as
incursões de Jung nesse assunto. As concepções doutrinárias que hoje são
trabalhadas nesse tema constituem uma eficiente ferramenta para os psicólogos e
terapeutas holísticos que trabalham com orientação espiritual. É nesse sentido
que a Cabala filosófica, estudando as relações da mente humana com a simbologia
hospedada no inconsciente coletivo da humanidade, procura encontrar caminhos
mais seguros para uma formação moral e ética do homem, levando-o a encontrar o
equilíbrio entre os seus próprios desejos e o ambiente em que ele vive.
Em vista disso uma boa parte da doutrina moral ensinada pela
moderna Cabala também pode ser encontrada nos pressupostos do chamado
pensamento positivo, nos ensinamentos da psicologia gestaltiana e nas fórmulas
utilizadas pelos praticantes da técnica conhecida como programação
neurolinguística (PNL). Isso porque, sendo a Cabala uma disciplina que trabalha
fundamentalmente com informações armazenadas no nosso inconsciente, codificadas
na forma de símbolos, ela abre as portas desse mundo estranho e incompreensível
que se hospeda nas camadas mais profundas da nossa psique e nos trás respostas
mais completas sobre aspectos ligados ás raízes do nosso próprio ego.
Tratando de temas tão caros á nossa vida moderna, como
equilíbrio interior e interação com o meio ambiente, o sentido da vida, o
processo cármico, a reencarnação, a integração entre ciência e religião, a
busca do prazer e a forma de evitar a dor, a Cabala, ao tratar desses assuntos,
nos dá uma visão bastante ampla de um processo onde se podem obter respostas
interessantes para todos esses questionamentos, sem excluir nenhuma crença. Ao contrário,
oferece uma visão integradora de todas as partes envolvidas no processo de
desenvolvimento interno (espiritual) e externo (material) do ser humano e do
mundo em que ele vive, proporcionando um melhor entendimento do nosso papel
nesse processo.
Como já dissemos antes, essa visão da Cabala como ferramenta de
análise psicológica e aperfeiçoamento pessoal é mérito de Jung. Ele analisou a
personalidade dos mais famosos autores e praticantes das ciências ocultas,
especialmente grandes mestres cabalistas, adeptos de alquimia, pensadores
gnósticos, taumaturgos, e concluiu que geralmente a pessoa que atinge um alto
grau de maturidade psíquica tem um lado místico bastante pronunciado. O
verdadeiro cientista, diz Jung, não é, como comumente se pensa, um racionalista
empedernido, que só acredita no que vê e aceita só o que pode provar por meio
de raciocínios lógicos ou laudos científicos. Ele é, antes de tudo, um
visionário, cujo espírito não se contenta em permanecer no território da razão
pura e constantemente se aventura pelo lado sutil das suas experiências,
sentindo que é no mistério que geralmente se encontram as causas fundamentais
dos fenômenos observados.
Einsten chegou á mesma conclusão. Uma de suas frases mais
famosas resume a sua ideia sobre ciência e religião: “a ciência sem religião é coxa, a religião sem ciência é cega”, disse ele. Outra
de suas frases famosas é a que afirma que a coisa mais perfeita que podemos experimentar é o misterioso. O
mistério é a fonte de toda arte e de toda ciência verdadeira.
Assim, a Cabala tem um lado prático que pode muito bem ser
estudado de forma epistemológica, como se fosse, de fato, uma ciência de
comportamento e uma síntese cosmológica. Depois de Jung ela deixou de ser
apenas mais uma aventura metafísica muito a gosto de taumaturgos fantasiosos,
“mistificadores do improvável” como Pawels e Bergier chamam aos falsos mágicos
que iludem a boa fé dos incautos que vivem á procura do maravilhoso em causas
que são apenas naturais.[10]
E depois de Kapra e dos trabalhos dos chamados “novos gnósticos”
de Princeton, as intuições da Cabala passaram a ser vistas pelos cientistas,
senão com respeito, pelo menos, com muito interesse.[11]
[1] Gnose significa iluminação. Aqui o termo é empregado no sentido de
obter o conhecimento necessário para a elevação do espirito á um nível cósmico,
onde as grandes verdades do universo lhe são reveladas.
[2] Consequência dos
evangelhos canônicos, que mostram os judeus como os principais responsáveis
pela condenação e morte de Jesus.
[3] O Despertar dos Mágicos, Ed.Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 26º
Ed.1996. A Cabala, como mostram os autores em questão, emprestou aos
alquimistas uma boa parte do seu simbolismo e da sua linguagem. As mais famosas
obras alquímicas, de uma forma geral, fazem larga utilização desse tipo de
linguagem.
[4] Édipo e Eletra são personagens mitológicas da cultura grega. Ambos
viveram tragédias
pessoais em virtude das inconscientes atrações psicossexuais que
eles sentiam por seus pais.
Édipo com relação á sua mãe, Jocasta, e Eletra, com relação á
Agammenon, seu pai.
[5] Carl Gustav JungObras Completas, citado.
[6] Eliphas LeviDogma e Ritual da Alta Magia, Ed. Pensamento, 1968
[7] O próprio Eliphas
Levi na obra citada acima.
[8] Uma severa condenação da avinhação aparece em Deuteronômio, 18:9.
O papel foi inventado na China por volta do ano 100 a.C, mas só foi trazido
para a Europa pelos árabes no século IX, quando estes invadiram a península Ibérica
[9] Alexandrian, op citado, pg. 240
[10] O Despertar dos Mágicos, op citado, pg. 18.
[11] Referência aos trabalhos de Fritjof Capra, físico teórico que se
propõe, em seus estudos, a fazer uma integração entre o pensamento místico e a
ciência moderna. Seus livros, Pertencendo ao Universo, O Tao da Física,
Sabedoria Incomum e O Ponto de Mutação foram publicados no Brasil pela Ed.
Cultrix, São Paulo. Quanto aos gnósticos de Princeton, esse grupo de cientistas
foi revelado no livro A Gnose de Princeton, nas quais o biólogo
francês Raymond Ruyer (19021987) descreve um grupo não identificado de
cientistas norte-americanos que procura desenvolver uma nova religião com base
na ciência moderna, especialmente na cosmologia (a ciência do Universo como um
todo) e nas novas descobertas da biologia. É a chamada cientologia. Esse livro
foi publicado no Brasil pela Ed. Cultrix em 1989. Em tese, essas especulações
se aproximam muito das ideias defendidas por Teilhard de Chardin e pelos
modernos cabalistas
. João Anatalino
Fonte: Recanto das Letras
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