Por Barbosa Nunes(*)
Tenho
muito que agradecer a Deus por integrar o Grande Oriente do Brasil, ordem
maçônica a qual me dedico e entrego. Privilegiado sou pelos irmãos, cunhadas,
sobrinhos, amigos e amigas que comigo estão todas as semanas no Diário da
Manhã, de Goiás desde 5 de fevereiro de 2011, sem interrupção. O faço, como
fazendo para a família que formei através deste espaço e das redes sociais. Já
é parte da minha vida. Cada artigo é um filho meu.
As
repercussões são as mais diversas, com mensagens incentivadoras e que me
sinalizam sempre o cuidado que devo ter nesses limitados artigos, mas muito me
conforta o bem querer que me chega semanalmente.
Dois
artigos receberam uma manifestação incalculável de retornos com apreciação
positiva. Milhares de leituras e centenas de compartilhamentos. “Sérgio Moro, o
cavaleiro da esperança”, superou 400 compartilhamentos em minha página pessoal,
não relacionando os grupos aos quais pertenço e as leituras, que superam 30 mil
alcançados.
Já
no último, “Santa Casa de Misericórdia de Taquaritinga é exemplo para todo
Brasil”, o cálculo é o mesmo do artigo anterior que estou citando. Milhares de
manifestações, muito elogiosas ao trabalho social da centenária Loja Maçônica
“Líbero Badaró”, daquela cidade paulista, muitos comparando uma gestão
competente e honesta, com os desvios que ocorrem na administração pública
brasileira.
Por
tudo, nestes 5 anos, somente tenho que agradecer, enviando-lhes a minha mensagem.
Recebo de vocês, mais que mereço. E este agradecimento, a um por um, eu o simbolizo
na pessoa do maçom José
Moretzsohn de Castro, membro da Loja “Jacques DeMolay”, integrante
também das Lojas “Fraternidade Acadêmica Piratininga”, “L’Áquila Romana” e
“Jerusalém”, todas da capital paulista. Integra como ministro maçônico, o
Superior Tribunal de Justiça do Grande Oriente do Brasil, na condição atual de
vice-presidente, por diversas vezes atuando no Supremo Tribunal Federal
Maçônico. Casado com Solange Rinaldi, com ela se recolhe todos os finais de
semana à sua “roça”, sítio em que ele se desliga do mundo, pois lá a internet
não chega e o telefone celular não funciona, o que lhe possibilita leituras e
releituras de textos, crônicas e livros.
Profissional
nascido na capital paulista em 1952, onde tem escritório no Centro de São
Paulo. Cursou Direito na Faculdades Metropolitanas Unidas. Já em 1976, passou a
ser advogado do Banco Central, no cargo de procurador da instituição,
aposentando-se em 2010, mas continuando o seu labor jurídico pela sua
competência, convidado sempre pela instituição a assumir liquidações, com 11
atuações. Foi professor universitário durante 10 anos nas faculdades Mackenzie,
UNIP e Pontifícia Universidade Católica.
Seu
pai, José Maria Platt Moretzsohn de Castro, sempre lhe passava escritos que
continuam guardados e relidos. Por volta de 1970, ainda muito jovem, com
especial orientação, seu progenitor lhe entregou “Desiderata” e lhe pediu que
muito meditasse e a lesse e relesse durante sua vida.
“Desiderata”,
do latim "coisas desejadas", poema que foi encontrado num livro da
igreja de Saint Paul, em Baltimore, nos EUA. Muitos o atribuíram a um autor
anônimo, e a data de sua publicação é igualmente considerada por muitos como o
ano de 1692. Na realidade, se trata de um poema do escritor americano Max
Ehrmann (1872–1945), escrito em 1927. O motivo da confusão é que em 1956 o
poema foi inserido numa compilação de textos devocionais pelo reverendo que na
época presidia a igreja de Saint Paul. 1692 é, em realidade, o ano de fundação
desta igreja. Poema grandioso interpretado em gravações com muita emoção pelo
jornalista Cid Moreira, que a eternizou em sua voz.
Dedico
e ofereço-lhes, irmãos, cunhadas, sobrinhos, amigos e amigas, como uma
oportunidade de juntos absorvermos todas as sábias e santas orientações
contidas em “Desiderata”. Meus agradecimentos ao irmão e amigo, leitor de todas
as semanas, José
Moretzsohn de Castro.
“Vá
placidamente por entre o barulho e a pressa e lembre-se da paz que pode haver
no silêncio. Tanto quanto possível, sem sacrificar seus princípios, conviva bem
com todas as pessoas.
Diga
a sua verdade calma e claramente e ouça os outros, mesmo os estúpidos e
ignorantes, pois eles também têm sua história. Evite as pessoas vulgares e
agressivas, elas são um tormento para o espírito.
Se
você se comparar aos outros, pode tornar-se vaidoso ou amargo, porque sempre
existirão pessoas superiores e inferiores a você. Usufrua suas conquistas,
assim como seus planos. Manter-se interessado em sua própria carreira, mesmo
que humilde, é um bem verdadeiro na sorte incerta dos tempos.
Tenha
cautela em seus negócios, pois o mundo é cheio de artifícios, mas não deixe
isso te cegar à virtude que existe. Muitos lutam por ideais nobres e por toda
parte a vida é cheia de heroísmo. Seja você mesmo. Sobretudo, não finja
afeições. Não seja cínico sobre o amor, porque, apesar de toda aridez e
desencantamento, ele é tão perene quanto a relva.
Aceite
gentilmente o conselho dos anos, renunciando com benevolência às coisas da
juventude. Alimente a força do espírito para ter proteção em um súbito
infortúnio. Mas não se torture com temores imaginários. Muitos medos nascem da
solidão e do cansaço.
Adote
uma disciplina sadia, mas não seja exigente demais. Seja gentil consigo mesmo. Você
é filho do Universo, assim como as árvores e as estrelas. Você tem o direito de
estar aqui. E mesmo que não lhe pareça claro, o Universo, com certeza, está
evoluindo como deveria. Portanto, esteja em paz com Deus, não importa como você
O conceba.
E,
quaisquer que sejam as suas lutas e aspirações no ruidoso tumulto da vida,
mantenha a paz em sua alma. Apesar de todas as falsidades, maldades e sonhos
desfeitos, este ainda é um belo mundo. Alegre-se. Empenhe-se em ser feliz!”
Só
tenho a agradecer pelos 5 anos de honrosa e fraternal convivência, a se completar
no próximo dia 5 de fevereiro.
(*) Barbosa Nunes é Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil
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