A reportagem de O Malhete entrou em contato com a
direção do Hospital Oftalmológico de Sorocaba-SP para obter um esclarecimento
definitivo sobre notícias que circulam desde 2002 na internet dando conta que “no
hospital da Maçonaria de Sorocaba”, córneas estavam sendo jogadas no lixo.
A assessoria de impressa do BOS enviou-nos a seguinte resposta:
O
Banco de Olhos de Sorocaba - BOS é uma instituição filantrópica, sem fins
lucrativos, fundado em 1979. Está qualificado como Organização Social da Saúde
- OSS dispõe de diretores voluntários que aliam sólida base à experiência
empresarial, o que permite que sejam praticados seus valores institucionais,
todos esses diretores fazem parte da Maçonaria Sorocabana.
A
cidade de Sorocaba tem uma grande tradição na Maçonaria, existem várias obras
administradas por irmãos e, com isso, o BOS ganha grande força na Comunidade.
BOS não joga córneas no lixo
Em
outubro de 2002 o Jornal Bom Dia, da TV Globo, fez ampla reportagem sobre
transplantes de córnea realizados pelo Hospital Oftalmológico do BOS - Banco de
Olhos de Sorocaba. Nela, a instituição filantrópica explicou que todas as
córneas doadas são analisadas em exames de laboratório e preparadas para o
transplante. As córneas não indicadas, evidentemente, são descartadas e
utilizadas para pesquisas no próprio Hospital Oftalmológico que possui
residência médica (é hospital escola). Contudo, o médico do trabalho Eduardo
Bezerra ouviu a notícia e interpretou a palavra descarte de outra forma. Como
estava informado sobre filas de espera para transplante em todo país, publicou
uma nota na Internet alertando aos pacientes que procurassem o hospital
sorocabano “onde córneas estavam sendo jogadas no lixo”. Na época, houve um
escândalo nacional. Toda a imprensa esclareceu a farsa, a fim de colaborar com
a doação de tecidos, pois ninguém faz doações para serem jogadas ao lixo.
O
próprio Eduardo Bezerra publicou uma segunda informação, pedindo desculpas pelo
seu erro ao BOS e à população. A sua boa intenção foi um tiro na culatra. Ele
queria ajudar as pessoas que precisavam de transplante, mas interpretou a
reportagem da TV Globo de forma errada.
Contudo,
ainda hoje, depois de oito anos, alguns jornais e revistas publicam a primeira
informação do médico. Porque ela também está na Internet e, principalmente,
alguns internautas leigos acabam reeditando a matéria “no intuito de ajudar os
pacientes”.
Para
amenizar o problema, o BOS mantém em seu site (http://www.bos.org.br/ )
o esclarecimento. Porém você também pode colaborar. Quando alguém comentar a
farsa, preste a informação verdadeira. Afinal, no “Google” quando é acionado o
nome do médico Eduardo Bezerra aparecem milhares de acessos, o que representa
que a notícia errada ainda vai assustar muitas pessoas. O seu esclarecimento
vai estimular as doações e proporcionar a muitas pessoas a oportunidade de
enxergar.
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