Por
Ir.’. Alfredo Roberto Netto M.'. M.'.
A
palavra Egrégora: Esta palavra traz em seu bojo uma peculiar representação
plenamente compreendida e assimilada por diferentes linhas esotéricas e/ou
espiritualista, inclusive pela Maç.’.
Observa-se,
no entanto, alguns IIr\ a questionar a origem desta
nomina, refutando sua existência apenas por não a encontrarem nos dicionários
de referência da língua portuguesa.
Motivados
pela celeuma, optamos por pesquisa mais acurada trazendo para a prancha o
resultado deste estudo.
A
eminente professora de Português Maria Tereza de Queiroz Piacentini informa a
origem do termo Egrégora com sendo a mesma de “gregário”: “que faz parte da
grei, ou seja, rebanho, congregação, sociedade, conjunto de pessoas. No plano
da espiritualidade usa-se o nome Egrégora para designar um grupo vibracional,
um campo de energia sutil em que se congregam forças, pensamentos ou vibrações
com um determinado fim ou direcionamento espiritual”.
No
Dicionário Maçônico Completo, informa-se que a palavra Egrégora deriva do grego
“egrogorien”, com o significado de “vigiar”. Há ainda uma terceira
interpretação, como sendo a origem da palavra etimologicamente semelhante a
“egregius” ou “egrégio”, com o significado de “distinto”, “ilustre”.
No
entendimento do autor, das informações pesquisadas sobre a origem da palavra, a
de Piacentini é a correta. Por outro lado, observamos que nos grandes
compêndios da língua, a palavra Egrégora não consta do Novo Aurélio – Século
XXI, tampouco no dicionário Houaiss, fato este que, no nosso entender, em nada
invalida sua existência ou mesmo sua representação.
Isto
nos leva a hipótese da criação de um neologismo – Egrégora – para representar
uma idiossincrasia maçônica. Neologismo quer dizer palavra ou expressão nova,
ou antiga com sentido novo; nova doutrina, sobretudo em teologia.
Idiossincrasia quer dizer “disposição do temperamento do indivíduo, que o faz
reagir de maneira pessoal à ação dos agentes externos”. Em outras palavras, é
uma peculiaridade da pessoa, uma maneira diferente de ser, um modo próprio de
sentir, ver a vida, reagir às coisas. Assim como todos nós temos nossas
idiossincrasias, também podem tê-las as instituições, os países etc.
Desta
forma, o pensamento maçônico sobre a Egrégora, representando a unificação dos
objetivos e pensamentos durante o exercício do seu ritual no Templo Maçônico, é
apenas uma questão de semântica.
A
compreensão destes fatos nos permitiu validar a existência da palavra Egrégora,
tão comum e tão pouco compreendida nos trabalhos maçônicos, independentemente
de seu reconhecimento, ainda, pelos tradicionais dicionários da língua.
Alguns
IIr.’. são resistentes às explicações transcendentais sobre os trabalhos da
Maç\ , debitando a isto a tentativa de impingir à Or\conceitos externos
incompatíveis com os princípios maçônicos. Ainda que respeitemos as opiniões
discordantes, dentro dos preceitos da legítima Fraternidade, reservamos o
direito de discordar, no pleno exercício da Liberdade que apregoamos.
O
Conhecimento é um só, ainda que venha travestido de diferentes roupagens… “O
Homem apenas inicia sua escalada na montanha do Conhecimento e, enquanto não
alcançar seu ápice, não poderá afirmar que possui a visão completa que ela o
permite. Mas qual é o limite deste Conhecimento? Quem pode defini-lo?”
Toda
contribuição que possa auxiliar um Ir\ a alcançar sua elevação iniciática… Que
o auxilie em sua reforma íntima, no trabalho de seu próprio Vitriol, é válida e
bem-vinda…
“Aprendemos
que a Ciência busca a Verdade e é livre, tal qual o pensamento filosófico; ela
não privilegia e tão pouco é estática. A verdade conceitual de hoje pode não o
ser amanhã, cabendo a nós estudá-la e desvendá-la até alcançarmos a sua origem;
conceitos serão mutáveis até alcançarmos “a causa primária de todas as coisas”.
Os
campos de estudos maçônicos são numerosos, incluindo diferentes propostas
ocultistas, onde a realidade destes campos energéticos é demonstrada e
ensinada, ainda que expressos por nomes diferentes.
Muitos
IIr\ preocupados com a grande obra que cabe à Maçonaria, em sua representação
material, influenciando política e materialmente a nossa sociedade, objetivos
válidos indiscutivelmente, se esquecem, ou desconhecem, que a maior obra de
nossa Or\ esta no seu trabalho sócio espiritual, que edifica no Conhecimento,
transmutando o Homem em “Espírito Livre” ou “Livre Pensador”, no interior de
seu próprio “Templo Íntimo”.
O
Pensamento: para melhor compreendermos o significado do que se intitula como
“Egrégora”, necessário se faz, inicialmente, a compreensão do pensamento humano
como elemento “construtor” de formas.
O
Homem ainda não se deu conta do que representa o Pensamento e qual é o seu
poder, poder de criar, edificar, modificar ou destruir. Informam os sábios
ocultistas, que a energia sempre segue o Pensamento. “Como pensa o homem, assim
ele é” informam os tratados de diferentes linhas esotéricas ou espirituais.
O
Homem verdadeiro, o “Pensador”, está envolto em um corpo composto de
inumeráveis combinações da matéria sutil dos planos que o cercam.
Expandido
de acordo com o seu grau evolutivo, ele pode apresentar-se, ou não, com a
aparência de uma luz viva e intensa e, quanto mais desenvolvida a inteligência
do Ser, num sentido puro e desinteressado, maior sua fulguração.
Quando
emite um pensamento, dá origem a uma série de vibrações que imediatamente atuam
na matéria extracorpórea, projetando para o exterior uma porção vibrante de si
mesmo, assumindo forma determinada condizente com as vibrações emitidas,
revestindo-as com a “matéria espiritual” do plano em que se situa, ou de onde o
poder vibratório de seu pensamento alcança.
Desta
maneira, temos uma “Forma-Pensamento Mental” pura e simples, uma entidade
vivente temporária, criada e corporificada pela ideia que lhe deu nascimento.
O
Corpo Mental e o Emocional estão diretamente relacionados, no Homem, ao que é
chamada de “Formas-Pensamento”, uma consequência de seu ato de pensar.
Mas
qual seria o interesse, no presente estudo, neste tipo de fenômeno espiritual?
Emitindo
uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para
logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em
sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os
que nos esposem o modo de sentir. Quando um determinado número de pessoas se
reúne com um objetivo em comum, seus pensamentos, unificados pelo mesmo ideal,
produzem, consequentemente, uma “Forma-Pensamento” maior e mais poderosa.
É
o que ocorre em uma Loja Maçônica, em seus trabalhos regulares, onde dezenas de
IIr\ se reúnem envoltos em um só pensamento e ideal.
O
Templo Maçônico: temos que entender, também, o Templo Maçônico como um Centro
de Magnetismo.
Qualquer
lugar onde se haja repetidas vezes celebrado uma cerimônia, sobretudo se
instituída com vistas a um ideal elevado, ele está sempre impregnado de uma
vibração especial.
Todos
os elementos utilizados na edificação de um edifício, madeira, ferro, pedra,
etc, emitem suas irradiações próprias, mas, o aspecto que desejamos destacar é
que todos estes elementos são capazes de absorver a influência humana, e depois
retransmiti-la.
Quanto
maior o tempo de exposição destes elementos a uma mesma irradiação, maior seu
potencial de retransmissão; quanto mais velho o local de uso para as reuniões
de uma Loja, mais impregnadas estarão suas estruturas físicas da energia
emitida pela “Forma-Pensamento” do ritual maçônico.
Ao
adentrar a este “centro magnético”, envoltos em suas emanações, os seus
frequentadores serão estimulados ao respeito e seriedade compatíveis com o
momento do trabalho, como também permitirá mais rápido acesso à corrente
vibratória dos planos transcendentais que regem a nossa Ord.’. .
Participam
deste “centro magnético”, potencializando seu poder energético, a sua
arquitetura, seus símbolos, suas pinturas, etc, cada qual cumprindo um objetivo
bem definido na condução do pensamento humano aos planos mais elevados.
Desta
forma, o Templo Maçônico não representa apenas um lugar de culto ao G A D U ,
mas também um centro de magnetismo através do qual fluem forças espirituais,
tanto a benefício de seus frequentadores como para áreas circunvizinhas, até
onde sua vibração alcance.
A
Egrégora é a soma destes elementos: a comunhão de pensamentos dirigidos a um
ideal elevado, o Templo, sua arquitetura, seus símbolos e seus rituais, irão
constituir o que conhecemos por “Egrégora”. Uma grande “Forma-Pensamento” que
traz Luz ao escuro plano material em que vivemos. Beneficia e desenvolve seus
adeptos, elevando-os e transformando-os na alquimia de sua magia oculta, assim
como, silenciosamente, estimula os neófitos ao alcance de suas vibrações, a uma
vida mais fraterna e condizente com os princípios universais do Bem e da
Verdade.
Tão
potente será, quanto maior for a seriedade e o respeito com que seus membros
conduzam seus trabalhos, dentro de um legítimo sentimento de devoção e
religiosidade… Para tal, é fundamental que tenham o Conhecimento Maçônico,
tanto quanto a consciência da extensão de suas responsabilidades.
O
Homem transformado no Bem e na Verdade modifica a sociedade em que vive, assim
como Homens transformados no Bem e na Verdade unidos, geram uma belíssima e
potente “Egrégora”, Perfeita e Justa.
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