Por Barbosa Nunes (*)
Ribeirão
Preto, cidade hoje com aproximadamente 650 mil habitantes. Histórica sobretudo
pela força e labuta na interiorização de
São Paulo e do Brasil. Me trazia grandes recordações, apesar de vir a
conhecê-la recentemente entre os dias 7 a 10 de outubro. Meu pai, Juvenal
Nunes, paulista da região de Ituverava e Miguelópolis, marcou em minha mente
belas narrativas sobre Ribeirão Preto. Encantava com as músicas sertanejas “Rei
do Gado” e “Rei do Café”.
“Foi
uma salva de palmas gritaram viva pro fazendeiro, Que tem um milhão de pés de
café por este rico chão brasileiro, O seu nome é conhecido até no mercado dos
estrangeiros, Por tanto veja que este ambiente não é pra qualquer tipo
rampeiro. Num modo muito cortês respondeu o peão pra rapaziada, Esta riqueza
não me assusta topo em aposta qualquer parada. Cada pé do seu café eu amarro um
boi da minha boiada, E pra vocês todos isso eu garanto que ainda sobra boi na
invernada”.
Em
“Rei do Café”, eis a resposta: ” Quando eu vejo um cafezal e um poeirão de uma
boiada, Me orgulho ser imigrante nessa terra abençoada, Também já tomei cachaça
tirando boi de arribada, Se a balança do Brasil por café for ameaçada, Eu corto
meus cafezais, transformo tudo em invernada”.
Agora a vejo de perto, em período muito curto,
pela honra de ter presidido sessão histórica do Ilustre Conselho Federal do
Grande Oriente do Brasil, tendo como vice-presidente e secretário Raimundo
Regner de Oliveira Filho e Antônio José Rigueira, respectivamente. Sessão
naquela cidade, pela dedicação, organização, esforço e acolhida dos Conselheiros
Federais Rogério Antônio Ferreira, Sidnei Conceição Sudano, Iracildo Gonçalves
do Nascimento e suporte antes e durante todo o evento, dos maçons Sinval
Danielli, José Humberto Fagionatto e Julio Cesar de Oliveira.
A
eles, com gratidão, dedico este artigo em nome dos 20 Conselheiros Federais
estiveram na sessão, inclusive recebendo por iniciativa do maçom e vereador
Genivaldo Gomes, o título de Hospedes Oficiais do município, conselheiros que
identifico nominalmente; Antônio José Rigueira, Bento Oliveira Silva, Eduardo
Ferreira Telles, Hélio Moreira, Hélio Pereira Leite, Iracildo Gonçalves do
Nascimento, Iran Velasco Nascimento, José Emílio Coelho Chierighini, José
Evaristo dos Santos, José Walter Marques Faria, Lindemberg Castorino da Costa,
Mauro Alves Ferreira, Márcio César de Castro Morais, Milton Carlos Paixão,
Olavo Junqueira de Andrade, Raymundo Regner de Oliveira Filho, Renilson Ribeiro
Pereira, Rogério Antônio Pereira, Sidnei Conceição Sudano e Vicente de Paula
Azevedo.
Sessão
muito prestigiada, assistida por cerca de 80 maçons convidados, contando com o
Grão-Mestre Honorário do GOB, Laelso Rodrigues, Grão-Mestre Estadual Benedito
Marques Ballouk Filho e seu Adjunto Kamel Aref Saab. Assuntos de grande
importância para a maçonaria brasileira foram discutidos e aprovados.
Foi-nos
oportunizada a visita à centenária Santa Casa de Misericórdia de Taquaritinga,
cidade muito próxima de Ribeirão Preto. Uma das poucas com atendimento de alto
nível e com saúde financeira positiva e grande reserva de recursos. Desde seu
nascimento, administrada por maçons, tendo hoje como presidente, o Conselheiro
Federal Sidnei Conceição Sudano e presidente do Conselho Deliberativo, o maçom
Valdemar Antônio Peria. Na oportunidade, visitamos também a Loja “Líbero
Badaró”, presidida pelo Venerável Mestre, administrador da Santa Casa, Wilson
José Davoglio.
Maçons
de Taquaritinga ainda integram e conduzem com a mesma linha administrativa, a
APAE e Associação Comercial, ao lado de um extraordinário trabalho social do
maçom Almeida em prol da juventude. A centenária Santa Casa de Misericórdia de
Taquaritinga será assunto de um dos próximos artigos.
Foi
também feliz a oportunidade estar presente ao encerramento social da sessão de
Ribeirão Preto, conhecendo e visualizando a apresentação de um grupo de
crianças e jovens que são assistidos pelos Instituto Mascote de Ribeirão Preto.
A frente o maçom “Waltinho”, hoje mestre do Rito Adonhiramita, que venceu na
vida, venceu a droga. Atualmente encaminha a juventude de Ribeirão Preto. Também
será tema de um dos nossos artigos.
Tive
a honra e o prazer de estar presente nas sessões maçônicas das Lojas
“Templários do 7º Milênio” e “Consciência, Justiça e Perfeição''. São seus
Veneráveis Mestres Amauri Fernando Pinto e Luis Carlos Broca.
Minhas
imagens saudosas de Ribeirão Preto foram confirmadas in loco, por ver um Grande
Oriente do Brasil solidificado e participativo na cidade e região construída
com os frutos da terra. Ribeirão Preto, de terra roxa, feita capital do mundo
pelo café. Tudo começando por volta de 1811, com os fazendeiros doando terras
para a criação do patrimônio de São Sebastião. O nome Ribeirão Preto veio do
córrego que atravessava o então povoado, chamado de Preto. São Sebastião é o
padroeiro do município. Primeira atividade agrícola a produção do café, em uma
nova e potencial frente, com terra de qualidade e clima apropriado. Em 1900, o
café produzido no município era conhecido principalmente na Europa.
Ribeirão
Preto. Destino para imigrantes italianos, japoneses, alemães entre tantos.
Grande momento foi a instalação da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro. O
café impulsionou o progresso, mas a crise econômica mundial de 1929, encerrou a
fase. Outro ciclo surgiu com culturas de algodão, frutas, com a cana de açúcar
sendo introduzida.
Ribeirão
Preto com a sua água pura novamente foi projetado no cenário nacional com a
Companhia Cervejaria Paulista. Local turístico e histórico é a “Choperia
Pinguim”, em épocas passadas frequentada pela elite do café. Continua como
atração para os visitantes até hoje. Dizem que o chopp de Ribeirão Preto usa
água pura do Aquífero Guarani. A partir de 1960 a região transformou-se em “mar
de cana”. Ribeirão reconquistou a liderança com a ascensão do açúcar e do
álcool mundial, experimentando também grande crescimento em outros setores da
economia, com as receitas do agronegócio convergindo para a cidade, surgindo
então em 1980, a denominação de “Califórnia Brasileira” no relato do jornalista
do Jornal do Brasil, Ricardo Kotscho.
Homenageando
os filhos, habitantes e maçons de Ribeirão Preto, orgulhosos de sua cidade,
registro estrofes de seu hino.
“A
minha terra é um coração, aberto ao sol pelas enxadas, sangrando amor e
tradição, no despertar das madrugadas. História exemplo, amor e fé, Assim
traçamos teu perfil, Ribeirão Preto, terra do café, Orgulho de São Paulo e do
Brasil.
Nasceste
do destino nacional, Das caminhadas rumo ao Oeste, E ainda guardas o belo
ideal, Dessa epopéia em que nasceste. Ribeirão Preto esse destino, Que
consagrou a tua gente,
É
do trabalho o grande hino, Que há de viver eternamente. És linda jóia no
veludo, Dos nossos verdes infinitos cafezais, E se em ti amada terra temos
tudo, Ainda procuramos dar-te mais. História exemplo, amor e fé, Assim traçamos
teu perfil, Ribeirão Preto, terra do café, Orgulho de São Paulo e do Brasil”.
Ribeirão
Preto no ensino, cultura, ciência é destaque mundial, com suas faculdades e
instituições de alto nível de reconhecimento.
Saudades
de Ribeirão Preto são saudades de uma sessão do Conselho Federal do GOB, muito
histórica e prestigiada, com os agradecimentos aqui pelo Diário da Manhã,
Caderno Opinião Pública, aos maçons Rogério Antônio Ferreira, Sidnei Conceição
Sudano, Iracildo Gonçalves do Nascimento, Sinval Danielli, José Humberto
Fagionatto e Julio Cesar de Oliveira, pelo esmero na programação em todos os
pontos.
(*)
Barbosa Nunes é Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil
lmd_source="33937861";
lmd_si="33805529";
lmd_pu="22686546";
lmd_c="BR";
lmd_wi="728";
lmd_he="90";
0 Comentários