A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA AMERICANA

*Por Irmão Hélio Moreira
Os eventos que culminaram com a Guerra da Independência Americana tiveram a participação de um grande numero de organizações,; dentre elas destacam-se a Maçonaria e uma outra que era denominada “Irmãos da Liberdade”.
Embora a Declaração da Independência Americana não possa ser considerada como um documento maçônico, pode-se observar, nas suas entrelinhas, alguma retórica e frases maçônicas.
Já a Constituição dos EE.UU. é, realmente, um documento maçônico; quando se convocou a Assembléia Constituinte para elaborá-la, a maçonaria teve uma influência extraordinária, dominando completamente os debates por intermédio de alguns de seus membros, todos eles líderes incontestes.


Por ocasião da Assembléia Constituinte a maçonaria era a única organização, das que participaram ativamente dos eventos que levaram à Independência, a se manter ativa e funcionando normalmente; outras, que também tiveram participação no desenrolar dos acontecimentos, como a já citada “Irmãos da Liberdade”, já haviam sido dissolvidas, por julgarem já terem cumprido seus propósitos.

É claro que a Constituição Americana acabou sendo um produto elaborado por muitas mentes e muitas mãos, não somente por maçons; embora a liderança de todas as discussões coubesse a Thomas Jefferson e ele, possivelmente, não tenha sido um maçom, como muitos imaginam, estava sempre acompanhado, como a historia registra, por quatro espíritos altivos e lideres incontestes: Washington, Franklin, Randolph e John Adams.

Foram estes quatro homens quem, realmente, escreveram a Constituição

Americana,; os três primeiros eram maçons, seguidores fiéis da filosofia e da ritualística da Ordem, e Adams, embora não fosse maçom, tinha os mesmos ideais dos outros três líderes.

Os apontamentos históricos confirmam esta assertiva: em todos os debates e discussões surgidas para a redação da Constituição Americana, Adams esteve, sempre, de acordo com Washington, Franklin e Randolph; a nova republica que emergiu, apresentava, portanto, uma imagem que refletia os ideais maçônicos; quando Adams, mais tarde, se tornou Presidente dos EE.UU., indicou um proeminente maçom, John Marshal, para ser o primeiro Chefe de Justiça da Suprema Corte dos EE.UU. e, foi Marshall quem estabeleceu que a Suprema Corte deveria se posicionar em pé de igualdade com o Legislativo e o Executivo, como ocorre até os dias atuais.

No dia 4 de fevereiro de 1789, Washington foi eleito o primeiro Presidente dos EE.UU. e John Adams seu Vice-Presidente e a cerimônia de juramento de posse do Presidente eleito foi comandada por Robert Livingston, Grão Mestre da Grande Loja de Nova York; o comandante da tropa da Guarda do dia foi outro maçom, O General Jacob Morton e um outro maçom, O General Morgan Lewis foi o Comandante da escolta de Washington.

A Biblia utilizada para o juramento foi a da Loja maçônica São João, de Nova York; George Washington, quando tomou posse na Presidência, era Venerável da Loja Maçônica Alexandria, de Virginia.

No dia 14 de dezembro daquele ano foi fundado o Banco Nacional dos EE.UU. e, nas notas de “um dólar” foi colocado o “Grande Selo”, que é mantido nestas cédulas nos dias atuais. Trata-se de uma simbologia maçônica “Vê-se um olho no triângulo colocado acima de uma pirâmide de 13 degraus e com quatro lados; logo abaixo da pirâmide, vê-se escrito em pergaminho a proclamação: Novos Ordo seclorum – Nova Ordem Secular, um dos sonhos maçônicos”.

A cerimônia de colocação da pedra fundamental do Capitólio foi comandada pela Loja Maçônica, à qual George Washington pertencia; o malhete, a colher de pedreiro, utilizados na colocação do cimento estão hoje em poder da Loja maçônica Potomac, no distrito de Columbia, em Washington, e o avental e a faixa maçônica que foram utilizadas por Washington estão em poder da loja onde ele iniciou-se na Ordem.

Como sabemos, o Capitólio e a Casa Branca tornaram-se pontos focais da política americana;, o traçado destas duas áreas, como pretenderam Washington e Jefferson, é o desenho de duas octogonais, incorporando, por conseguinte, a cruz dos templos maçônicos ao mapa da cidade.

George Washington morreu em dezembro de 1799, tendo sido enterrado em Mont Vermont, com todas as honrarias maçônicas, com a presença de todos os Irmãos da sua Loja fazendo guarda de honra e depois transportando o seu caixão para a sepultura e ao encontro do Grande Arquiteto do Universo no Oriente Eterno.


*O Irmão Hélio Moreira é membro da Academia Goiana de Letras, Academia Goiana de Medicina Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e do Conselho Federal da Ordem do Grande Oriente do Brasil

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