Embargo dos EUA contra Cuba completa 50 anos sem sinais de ceder

O embargo dos EUA sobre Cuba completou 50 anos nesta sexta-feira (3) debaixo de promessas de endurecimento por parte dos candidatos republicanos à presidência norte-americana. “Mil novecentos e sessenta e dois. O então presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, emite a Proclamação Presidencial 3447, que impõe o bloqueio econômico total desse país a Cuba”, lembrou o jornal oficial Granma em sua coluna “Hoje na história”.

A medida, originalmente uma represália legal às nacionalizações de propriedades dos EUA logo após a chegada de Fidel Castro ao poder, já foi apontada como “injusta” pelo papa João Paulo II e vem sendo condenada sistematicamente pela ONU desde 1992. A última condenação, de 2011, teve 186 votos a favor, dois contra (Estados Unidos e Israel) e três abstenções (Ilhas Marshall, Micronésia e Palau). Segundo Havana, até 2010 as perdas pelo embargo superavam os US$ 104 bilhões, mais que o triplo do Produto Interno Bruto (PIB) da ilha.

O atual governante de Cuba, Raúl Castro, tem feito declarações no sentido de que as lideranças do país deixem de “colocar a culpa no bloqueio” e já adotou cerca de 300 reformas destinadas a renovar o modelo econômico da ilha – sempre levando em conta a permanência em vigor do embargo. De qualquer modo, o governo de Cuba também realça os efeitos negativos do embargo (reforçado pelas leis Torricelli, de 1992, e Helms-Burton, de 1996) sobre setores como saúde, educação e alimentação.
Com informações de Reuters e AFP

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