Papa Leão XIV e os Maçons: Um Pontificado de Continuidade ou Possível Abertura?


Da Redação

Em 8 de maio de 2025, a fumaça branca se elevou da Capela Sistina às 18h08, anunciando ao mundo que o conclave havia escolhido o novo líder da Igreja Católica. O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, tornou-se o 267º papa da história, adotando o nome de Leão XIV. Além de marcar a eleição do primeiro papa americano, o momento foi também uma oportunidade para sinalizar os rumos do novo pontificado. Em sua primeira aparição pública, às 19h31, o novo pontífice lançou um veemente “apelo pela paz a todos os povos”, ecoando a mensagem de universalidade e reconciliação de seu antecessor, o Papa Francisco.

 Mas em meio a essa atmosfera de esperança e unidade, uma pergunta ressurge com força nos bastidores da Igreja e nos círculos maçônicos: o Papa Leão XIV reconhecerá os maçons ou abrirá espaço para um novo tipo de diálogo entre a Igreja e a Maçonaria?

 Uma herança carregada de tensões

 A relação entre a Igreja Católica e a Maçonaria permanece, há séculos, marcada por tensões e condenações. Desde a bula In Eminenti Apostolatus Specula, de 1738, a Santa Sé considera a Maçonaria incompatível com a fé cristã. Essa posição foi reiterada em documentos posteriores, especialmente na encíclica Humanum Genus (1884), de Leão XIII — curiosamente, o mesmo papa que inspirou o nome escolhido por Leão XIV.

Em 2023, sob a liderança do Papa Francisco, o então Dicastério para a Doutrina da Fé reafirmou a proibição expressa de participação de católicos em lojas maçônicas, sob pena de pecado grave e exclusão da comunhão. Essa diretriz, baseada na acusação de que a Maçonaria promove uma visão naturalista e racionalista do mundo, permanece vigente até hoje.

 Leão XIV: continuidade ou nuance?

O novo papa é um religioso com forte vínculo com a espiritualidade de Santo Agostinho, membro da Ordem de Santo Agostinho e profundo conhecedor da teologia clássica. No entanto, sua trajetória missionária no Peru e seu envolvimento com a sinodalidade e as reformas pastorais de Francisco indicam um perfil sensível ao diálogo e à diversidade cultural.

Mesmo assim, nada em sua biografia sugere qualquer simpatia explícita pela Maçonaria. Como prefeito do Dicastério para os Bispos antes de ser eleito papa, Prevost foi um dos responsáveis pela nomeação de bispos alinhados à doutrina tradicional, mantendo firmeza nas diretrizes da Igreja. Isso torna improvável qualquer ruptura com a posição vigente sobre a Maçonaria.

 A escolha do nome: um presságio?

A escolha do nome Leão XIV carrega peso simbólico. Ao homenagear Leão XIII, Papa Prevost aponta para um pontificado que, embora aberto ao diálogo social — como sugere a referência à encíclica Rerum Novarum —, não deixará de lado os pilares doutrinários da fé católica. Isso inclui, muito provavelmente, a postura firme em relação à Maçonaria.

No entanto, como um papa relativamente jovem (69 anos) e pragmático, Leão XIV pode adotar uma abordagem mais pastoral do que confrontativa. Ele pode optar por promover uma catequese mais profunda sobre as razões da incompatibilidade entre fé católica e práticas maçônicas, como já sugerido por autoridades vaticanas, em vez de excomunhões públicas ou condenações frontais.

 Contextos locais, desafios globais

A própria diversidade cultural da Igreja Católica e a influência regional da Maçonaria em países como França, Itália e Filipinas tornam a questão mais sensível em certas geografias. O evento recente em Nápoles, em 7 de maio de 2025, demonstrou que o debate continua vivo em contextos onde a Maçonaria ainda é percebida como poderosa e politicamente ativa.

No entanto, Leão XIV parece estar mais preocupado com outras urgências do mundo eclesial, como a crise dos abusos sexuais, os caminhos da sinodalidade e o compromisso com os pobres e migrantes. A questão maçônica, apesar de doutrinariamente importante, pode continuar relegada a segundo plano, exceto quando surgirem tensões regionais específicas.

 Um pontificado para além da Maçonaria?

Apesar das esperanças de parte da comunidade maçônica em torno de um possível gesto de reconciliação, tudo indica que Leão XIV manterá a linha tradicional da Igreja. Isso não significa uma cruzada contra os maçons, mas sim uma reafirmação da separação doutrinal, com a provável adoção de estratégias pastorais suaves, que visem o esclarecimento e o respeito mútuo, sem aproximações institucionais.

O papa pode muito bem acolher publicamente as iniciativas de transparência e filantropia de algumas obediências maçônicas — especialmente nos Estados Unidos, onde essas instituições são mais abertas —, mas isso não implicará, necessariamente, uma reabilitação oficial.

 Conclusão: a Maçonaria no horizonte de Leão XIV

O novo papa Leão XIV dificilmente romperá com os fundamentos doutrinários herdados de séculos de condenações à Maçonaria. Contudo, sua abordagem pastoral, mais voltada ao diálogo e à inclusão, poderá suavizar o tratamento pastoral dos católicos que, por razões culturais ou familiares, se relacionam com o universo maçônico.

Diante de desafios muito mais prementes, como escândalos internos, renovação pastoral e tensões geopolíticas, a Maçonaria não parece ocupar o centro de suas preocupações iniciais. O tempo, no entanto, revelará se Leão XIV pretende apenas repetir a tradição ou se ousará reinterpretá-la sob nova luz.

Deseja que eu crie uma imagem ilustrativa realista para acompanhar este artigo, por exemplo com o Papa Leão XIV discursando da sacada de São Pedro ou em um encontro simbólico com representantes de diversas tradições?



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1 Comentários

  1. O artigo parece feito por IA, perdendo a originalidade autoral. O último parágrafo aponta claramente isso e poderiam ter excluído. Por mais que se use IA para a estruturação de idéias, é fundamental a leitura e reescrita.

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