10 de Maio: General Osório e a Perseguição à Maçonaria em Portugal

 


No dia 10 de maio, celebramos dois marcos significativos na história da Maçonaria e do mundo lusófono: o nascimento do ilustre maçom brasileiro Manoel Luís Osório e a instauração, por D. Miguel, de uma comissão repressiva contra os maçons em Portugal.

1808 – Nasce Manoel Luís Osório, o General Osório

Em 10 de maio de 1808, nasceu na então Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual cidade de Osório (RS), o marechal-de-exército Manoel Luís Osório, figura monumental na história militar e política do Brasil imperial. Conhecido como Marquês do Herval, foi também Barão e Visconde do mesmo título, distinções concedidas por seu destacado serviço à nação durante o Império.


Militar de carreira brilhante, Osório combateu na Guerra da Cisplatina, na Revolução Farroupilha (embora tenha permanecido fiel ao Império), na Guerra contra Oribe e Rosas, e foi um dos principais comandantes brasileiros na Guerra do Paraguai. Seu legado o consagrou como Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro.

Além de suas contribuições militares, Osório foi senador do Império e fiel defensor da monarquia constitucional. Como maçom, pertenceu à Loja Honra e Humanidade, de Pelotas (RS), atuando com firmeza nos ideais de liberdade, fraternidade e progresso, tão caros à Maçonaria brasileira do século XIX.

Em sua homenagem, foi criado o Parque Histórico Marechal Manoel Luís Osório, localizado na cidade que hoje leva seu nome.

1824 – D. Miguel Reprime a Maçonaria em Portugal

Também em 10 de maio, mas do ano de 1824, um episódio sombrio marcaria a história da Maçonaria lusitana: o infante D. Miguel, autointitulado defensor do absolutismo e usurpador do trono português, instituiu uma comissão especial com o objetivo de identificar e punir oficiais que fossem maçons.

Esse ato foi parte de uma série de medidas repressivas que visavam conter a influência das ideias liberais e maçônicas, vistas como ameaças à ordem monárquica absolutista. D. Miguel, apoiado por setores conservadores e pelo clero, tornou-se um símbolo do anticomunismo liberal e antimaçônico, conduzindo Portugal a um período de violenta repressão política e religiosa.

A perseguição aos maçons nesse período refletia a tensão entre os ideais do Iluminismo e a rigidez do absolutismo tradicional, demonstrando como a Maçonaria, em suas diversas expressões, sempre esteve na linha de frente das transformações políticas e sociais do Ocidente.

Conclusão

O 10 de maio une, em suas efemérides maçônicas, o nascimento de um herói nacional brasileiro – o General Osório – e a memória de um período de intolerância e obscurantismo em Portugal. De um lado, celebra-se o exemplo de coragem, lealdade e progresso; de outro, relembra-se a resistência maçônica frente à opressão. Ambos os episódios nos convidam a refletir sobre os valores perenes da Maçonaria e sua contribuição para a construção de sociedades mais justas e livres.


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