02 de Maio - Nicola Aslan: O Guardião da História Maçônica Brasileira


Por Luiz Sérgio Castro

2 de maio de 1980 – Falece aos 73 anos, no Rio de Janeiro, o respeitado escritor, pesquisador e maçom Nicola Aslan, pioneiro da chamada "escola histórica ou autêntica" da Maçonaria no Brasil. Nascido em 8 de junho de 1906, na ilha de Quio, na Grécia, Aslan imortalizou-se como um dos maiores estudiosos do simbolismo, da história e das doutrinas maçônicas no país.

Radicado no Brasil, Nicola Aslan dedicou grande parte de sua vida à pesquisa e à difusão do conhecimento maçônico. Foi um dos fundadores da Academia Maçônica de Letras do Rio de Janeiro, onde ocupou a 6ª cadeira. Também ajudou a fundar a Academia Brasileira Maçônica de Letras, da qual passou a ocupar a cadeira nº 38.

Um pesquisador de espírito enciclopédico

Sua obra extensa e profunda fez dele um referencial da historiografia maçônica nacional. Longe das interpretações fantasiosas ou esotéricas sem base documental, Aslan buscava fundamentar-se em registros, atas, constituições e documentos primários. Seu estilo, rigoroso e acessível, contribuiu para consolidar uma corrente de estudos séria e comprometida com a verdade histórica da Maçonaria.

Iniciado no Grande Oriente do Brasil

Nicola Aslan foi iniciado na Loja Evolução nº 002, em Niterói (RJ), jurisdicionada ao Grande Oriente do Brasil (GOB). Com o passar dos anos, galgou os altos graus da Instituição, atingindo o 33º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA). No seio do GOB, ocupou diversos cargos administrativos e de representação, sempre destacando-se por seu empenho intelectual e sua lealdade à tradição.

Legado duradouro

Entre suas obras mais notáveis estão estudos sobre os rituais simbólicos, o desenvolvimento histórico da Maçonaria no Brasil e o simbolismo das ferramentas maçônicas. Seus escritos continuam sendo referência para pesquisadores, oradores e estudiosos de todo o mundo lusófono.

A memória de Nicola Aslan permanece viva entre aqueles que reconhecem na Maçonaria um campo legítimo de estudo histórico, filosófico e simbólico. Seu legado é uma luz que ainda ilumina o caminho de quantos buscam compreender as origens e os fundamentos da Arte Real.

CLIQUE AQUI PARA LER A EDIÇÃO 193 - MAIO DE 2025 - DA REVISTA O MALHETE

 

Postar um comentário

0 Comentários