Conclave 2025: Igreja Católica Inicia Escolha do Sucessor de Francisco

Da Redação

Às 11h30, teve início um dos ritos mais solenes e misteriosos do mundo religioso: o Conclave, que escolherá o novo Papa após a morte do Papa Francisco. O processo, que combina tradição, espiritualidade e estratégia política, é realizado no coração do Vaticano, com um impacto que transcende os limites da fé católica.

O Conclave: tradição e sigilo

O Conclave só ocorre em duas situações: renúncia ou falecimento do Sumo Pontífice. Com a morte de Francisco, cardeais de todo o mundo foram convocados para se reunirem na Capela Sistina, onde se isolarão completamente do mundo exterior. Nada de celulares, internet ou qualquer forma de comunicação com o público. Lá dentro, apenas orações, deliberações e votos.

Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos participam da escolha. Destes, 108 foram nomeados pelo próprio Francisco, o que aumenta a expectativa de que o novo líder da Igreja mantenha o rumo mais progressista e pastoral adotado por ele: um papado menos dogmático, com ênfase em temas sociais, justiça, pobreza e meio ambiente.

Como é feita a escolha do Papa?

O processo de votação é carregado de simbolismo e rigor. Para ser eleito, o candidato precisa de pelo menos 2/3 dos votos — o que significa 89 votos na atual configuração. Os cardeais escrevem, em latim, a frase “Eligo in Summum Pontificem” (“Escolho como Sumo Pontífice”), junto ao nome do escolhido.

Após cada votação, os votos são queimados. A cor da fumaça que sai pela chaminé da Capela Sistina informa ao mundo o resultado:

Fumaça preta (): nenhum consenso.

Fumaça branca (): Habemus Papam! — temos um novo Papa.

São permitidas até quatro votações por dia. A expectativa é de um processo rápido, como o que elegeu Francisco em 2013. Mas há precedentes históricos mais longos: em 1268, por exemplo, o Conclave durou quase três anos.

O impacto global da decisão

A eleição do Papa não é apenas um momento de fé. Ela tem repercussões globais. A Igreja Católica conta com mais de 1,4 bilhão de fiéis, está presente diplomaticamente em mais de 180 países e possui voz ativa em questões sociais, políticas e ambientais. Seu líder influencia desde pautas sobre migração até discussões sobre guerra, pobreza e mudanças climáticas.

A escolha do próximo Papa, portanto, vai além dos muros da Cidade do Vaticano: é uma decisão que pode moldar o rumo da Igreja e do mundo nos próximos anos.

 


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