Meus amados Irmãos.
Hoje eu trouxe uma reflexão
no sentido organizacional, para os empresários, empreendedores ou profissionais
liberais que estão vivendo o momento de incerteza na economia mundial por causa
do Covid19.
A ciência econômica afirma que no momento
atual não é hora de empreender, desperdiçar dinheiro, mas é a hora de melhorar
o que os empresários fazem nas organizações.
Estamos vivemos um tempo de crise mundial na
economia e na saúde. Muitos empresários estão vivendo a síndrome do salvador
(não é Jesus Cristo a quem me refiro), mas quando irão inventar a vacina? Quem
inventará? Qual país? Quem será o nosso salvador que irá acabar com o Coronavius?
Nessa turbulência mental de interrogações e
de acordo com o paradoxo economia e saúde, perguntamos: como o cérebro está
agindo?
Faço uma inferência na saúde, trazendo à
compreensão que o nosso cérebro tem no centro as amídalas (central), que reage
quando somos ameaçados, quando temos medo, rancor e raiva, e na parte frontal,
tem o córtex cerebral que é o responsável de armar o “relê da ansiedade” que provoca
a insegurança, o pavor, o pânico, vindo da amídala central.
As zonas ativas cerebrais entre as
terminações nervosas e outras terminações chamam-se de “sinapse”, que é o
caminho mais curto quando recebemos uma “ameaça” (qualquer tipo de ameaça). Por isso, devemos aumentar
a dopamina, que é o hormônio da motivação e diminuir o cortisol que é o
hormônio do estresse e se for preciso fazer a técnica da resiliência que é a
capacidade de lidar com os problemas e de adaptar as mudanças e de resistir a
pressão.
Quanto à economia, no mercado há estudos que apontam
que 1/3 das empresas mundiais poderão ter problemas financeiros nos próximos 5
meses caso não tenham reservas econômicas suficientes para sobreviverem nesse
período, isso é, se não tiverem capital de giro.
Dessa forma meus amados Irmãos, é evidente
que os empresários precisam entender o contexto da sobrecarga na economia
advindo da saúde e fazerem a atividade do custo operacional da sua empresa, ou
seja, saber o tem que a se pagar nos momentos de incertezas financeiras, como:
tributos, água, energia, colaboradores, fornecedores, impostos etc, enxugando
tudo o que for possível, e devem saber também qual é o seu custo de impacto, ou
seja, qual valor que irão precisar para pagar o custo operacional para sobreviverem
nos pós 5 meses.
Assim com esse cenário, eles (empresários)
vivem com 3 medos: o medo da perda do controle organizacional; o medo de serem
preteridos e humilhados e o medo de perderem o status quo.
Nessa linha, muitos empresários entram em
pânico, pois são ameaçados de falirem, estão preocupados e não sabem o que
fazer e como fazer nesse momento de crise econômica provocada pelo sistema
sanitário mundial.
Quando ansiosos, a sinapse, digamos que fica
da cor “amarela” e dessa forma, a sinapse do córtex cerebral está chamando a atenção
que está na hora deles agirem.
Nesse momento, devem usar as técnicas ou
ferramentas da gestão dos processos que os auxiliarão como gerenciar os riscos.
Devem usar as ferramentas como a Matriz GUT, SWOT/FOFA, 5W2H, Ciclo PDCA entre
outras ferramentas.
É aí que os empresários precisam se reinventar.
É a partir daqui meus Irmãos, que os chamo para a reflexão.
Os empresários têm que elevar seus padrões e assim elevarem a qualidade dos seus resultados.
Existem empresários que trabalham duro, muitas horas por dia, mas nem sempre
esse esforço se reflete em resultado.
Devem trabalhar e duro, mas
de maneira inteligente. Novamente, elevar seus padrões e é isso que fará a
diferença para sobreviverem.
O trabalho tem de ser de alto
padrão, ter foco e objetivo. Não existe progresso onde não existe compromisso.
O baixo padrão, a mesmice, a mediocridade faz com que os empresários aceitem
que seu trabalho seja de baixo padrão, incompleto e mal feito.
Duas horas de trabalho com
foco pode produzir mais do que 10 horas de trabalho de baixo padrão. Rompam o
relacionamento com a mediocridade, pois não existe progresso onde não há
comprometimento. Tenham foco nos resultados, mas com valor.
Eles devem desenvolver a
técnica japonesa chamada kaizen (buscando a melhoria contínua). Ao invés de serem
perfeitos, busquem a melhoria. Tenham certeza que o ideal é inalcançável,
porém, sejam humildes, pois no reino dos homens nada será perfeito, tudo pode
ser melhorado, então hoje pode ser melhor do que ontem e o amanhã pode ser melhor
do que hoje.
Devem trabalhar com
inteligência e com foco, e eliminar a distração. No Japão a ideia de kaizen é
ligada a renovação de cada dia. É diferente de mudança revolucionária que acha
que vai mudar de uma hora pra outra. O kaizen é uma melhoria contínua e incremental.
Então eu pergunto: Como
podem melhorar? Elevando seus padrões (de educação, treinamento associado às
forças de outros profissionais que também buscam a excelência). Busquem novas
ferramentas, novas tecnologias, mas o valor maior está na dimensão humana, nas
pessoas, na qualidade das pessoas que fazem parte dos seus projetos.
Quando todos viverem a filosofia
da melhoria contínua, os resultados vão se acumulando e o progresso acontecerá,
e devem abandonar a ideia de revolucionar a vida, pois é mais prático realizar
a próxima ação, mas com qualidade.
Assim, os empresários que
nesse momento de incerteza, trabalharem com achismos, intuições ou “feeling” (sentimentos)
e não se utilizarem de dados ou das ferramentas pode ter sucesso no futuro?
Claro que não meus Irmãos. Uma
das informações mais utilizadas é chamada de Business Intelligence (BI) ou inteligência
de negócios. Mas, o que vem a ser Business Intelligence?
Devido a grande
competitividade organizacional e a exigência do mercado com as empresas mais
preparadas para disputarem o mercado entre si, o (BI) entra em ação como forma inteligente de otimizar as falhas
e manter o negócio em destaque.
Os empresários têm que
conhecer o seu “Budget”, que significa seu orçamento, ou seja, conhecer o seu planejamento
financeiro, a estimativa das receitas e das despesas e dos investimentos da sua
empresa.
Realizar o Budget meus Irmãos é importante porque traça o objetivos da
empresa, permitindo que sejam tomadas medidas de ajuste para o alcance das
metas estipuladas, além de conhecer o seu Break-Even-Point que se refere ao ponto de equilíbrio de sua empresa, isto é, o exato momento em que não há prejuízos e
nem lucros.
Mesmo assim fazendo esses
exercícios e se o momento não for convincente, não demorem em fazer um Downsizing, ou seja, realizar uma reestruturação administrativa
com o intuito de potencializar
as atividades de sua empresa (econômica e financeira) e eliminando os processos
burocráticos.
Por fim, de uma coisa
eu tenho certeza. As empresas devem ter duas figuras importantíssimas: a
primeira é o CEO –
Chief Executiver Officer, ou seja, um diretor executivo, que é a pessoa com autoridade na hierarquia operacional
da organização, que é o responsável pelas estratégias e pela visão da empresa;
e a segunda é o seu Coaching,
ou seja, o seu líder organizacional que deve trabalhar em conjunto com seus seus
colaboradores.
Então meus Irmãos, as
duas figuras devem fortalecer a equipe organizacional de colaboradores fazendo
o Team Building para poder melhorar as relações humanas, momento em que a
equipe deve refletir sobre as mesmas, sobre as organizações, perceberem os
desafios atuais e entenderem como o grupo pode trabalhar cada vez mais e melhor
para a empresa, que deverá prosperar certo num momento de incerteza, e assim,
fazendo esse exercício, o hoje poderá ser melhor do
que o ontem, e o amanhã poderá ser melhor do que o hoje em cenários complexos.
Por: Charleston Sperandio de Souza* - CIM nº 304.753
MM. Loja Fraternidade Guanduense de Baixo
Guandu/ES.
Mestre em Administração e Professor
Universitário.
0 Comentários