(*) Por Barbosa Nunes
Antes de abordar o tema deste
sábado, 26 de setembro, registro que a presidente da Fraternidade Feminina do
Grande Oriente do Brasil - Pará, é a cunhada Marlene Fernandes Vieira, jovem e
dinâmica, que por um desencontro de informação, deixou de ser relacionada em
nosso último artigo, "As mulheres e os homens da Maçonaria", o que
faço agora, com a certeza de que a Fraternidade Feminina Estadual do Pará, terá
um período de mobilização e grandes realizações.
Vivemos em um período de
desencontros, violência, família desnorteada, imoralidade, drogas campeando e a
corrupção como regra. Falamos muito de amor. Mas onde está o amor? Onde está a
crença, a fé em um ser superior, independentemente da linha religiosa? Será que
estes homens e mulheres que dirigem o nosso país amam a Deus? Será que eles têm
momentos de reflexão para se curvar perante o Mestre dos Mestres, que é Jesus?
Será que aqueles que usam e se lucram vendendo a fé e os milagres são homens
que tem amor? Estamos em momento de ganância, em luta pelo poder. Machado de Assis
disse: "O poder corrompe". Estão corrompidos de corpo e alma.
Falsamente pregam amor e honestidade.
Cora Coralina, falando sobre o
sentido do amor assim escreveu: "Não sei... se a vida é curta ou longa
demais pra nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocamos o
coração das pessoas". Se não cuidarmos de nossa parte interior, iremos
absorver este ciclo negativo, pois as notícias que nos chegam durante as 24
horas do dia, são de um mundo perdido pela fome, guerra, corrupção e falta de
amor. Mobilizemo-nos para percorrer outros caminhos em busca de mudanças. Como
estes homens que conduzem o Brasil nos setores políticos, administrativos,
empresariais, praticantes da justiça, religiosos estão tocando o nosso coração?
Compartilho com os irmãos,
cunhadas, sobrinhos e amigos de todos os sábados a "Carta de Einstein à
sua filha Lieserl". Einstein, que viveu de 1879 a 1955, foi o físico
alemão que desenvolveu a "Teoria da relatividade", laureado como Prêmio
Nobel de Física, em 1922. Na infância, católico, posteriormente agnóstico e um
ano antes de morrer, ateu. Inspira até hoje multidões de pessoas a refletir
sobre suas vidas e a ultrapassarem suas limitações em busca de novos desafios.
Escreveu carta à sua filha Lieserl, a que deu o título de "O amor",
que transcrevo na íntegra.
"Quando propus a teoria
da relatividade, muito poucos me entenderam e o que vou agora revelar a você,
para que transmita à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão
e preconceitos. Peço ainda que aguarde todo o tempo necessário, anos, décadas,
até que a sociedade tenha avançado o suficiente para aceitar o que explicarei
em seguida para você. Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência
até agora não
encontrou uma explicação
formal.
É uma força que inclui e governa todas as
outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que
ainda não foi identificada por nós. Esta força universal é o AMOR.
Quando os cientistas estavam
procurando uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e
poderosa de todas as forças. O Amor é Luz, dado que ilumina aquele que dá e o
que recebe. O Amor é gravidade, porque faz com que as pessoas se sintam
atraídas umas pelas outras. O Amor é potência, pois multiplica (potência) o
melhor que temos, permitindo assim que a humanidade não se extinga em seu
egoísmo cego. O Amor revela e desvela. Por amor, vivemos e morremos. O Amor é
Deus e Deus é Amor. Esta força tudo explica e dá sentido à vida.
Esta é a variável que temos
ignorado por muito tempo, talvez porque o amor provoca medo, sendo o único
poder no universo que o homem ainda não aprendeu a dirigir a seu favor. Para
dar visibilidade ao amor, eu fiz uma substituição simples na minha equação mais
famosa.
Se em vez de E = mc²,
aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtida através do amor
multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado (energia de cura = amor x
velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais
poderosa que existe, porque não tem limites.
Após o fracasso da humanidade
no uso e controle das outras forças do universo, que se voltaram contra nós, é
urgente que nos alimentemos de outro tipo de energia. Se queremos que a nossa
espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida, se queremos salvar o
mundo e todos os seres sensíveis que nele habitam, o amor é a única e a
resposta última.
Talvez ainda não estejamos
preparados para fabricar uma bomba de amor, uma criação suficientemente
poderosa para destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o
planeta.
No entanto, cada indivíduo
carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor, cuja energia
aguarda para ser libertada. Quando aprendemos a dar e receber esta energia
universal, Lieserl querida, provaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e
tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.
Lamento profundamente não ter
sido capaz de expressar mais cedo o que vai dentro do meu coração, que toda a
minha vida tem batido silenciosamente por você. Talvez seja tarde demais para
pedir desculpa, mas como o tempo é relativo, preciso dizer que te amo e que a
graças a você, obtive a última resposta. Seu pai, Albert Einstein".
A carta remete à importância
de colocar amor, mesmo que pouco, em tudo o que vivemos, fazemos, lutamos.
Temos potencial dentro de nós, aqui na planície do povo, da população,
lamentando e cada vez mais indignados com o potencial daqueles que estão
exclusivamente a serviço dos seus interesses pessoais e de grupos.
É preciso mudar, e já!
(*) Barbosa Nunes é
Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil -
barbosanunes@terra.com.br.
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