Desde
a sua formação, quando a Música Popular Brasileira sofreu grande influência de
ritmos europeus e africanos, os ideais maçônicos já se faziam representar por
intermédio da criação artística decompositores maçons ou mesmo de profanos. Em
1969, os compositores e sambistas Silas de Oliveira e Mano Décio escreveram o
samba-enredo “Heróis da Liberdade”, para a escola de samba Império Serrano, que
não poderia ter sido lançado em momento mais propício. Afinal, o Brasil acabara
de entrar no período de maior repressão da ditadura militar com a promulgação
do AI-5. Os militares chamaram os autores Silas de Oliveira, Mano Décio da
Viola e Manoel Ferreira e exigiram que a palavra "revolução",
presente na letra do samba, fosse trocada por "evolução". E assim
teve que ser feito. Esse belo samba, no entanto, já estava fadado a entrar para
a história. A letra do samba conta a saga da libertação dos escravos, que teve
participação decisiva da Maçonaria, que lutava pela liberdade e o fim da escravidão.
Em 1995, João Bosco regravaria “Heróis da Liberdade” em seu disco de intérprete, "Dá Licença, Meu Senhor". E com a letra certa, onde podemos sentir claramente a força e a influência da Ordem maçônica neste que é, sem dúvida alguma, um dos eventos mais grandiosos da história do Brasil, o fim da escravidão.
Outro
compositor e cantor que lutou bravamente pela bandeira da liberdade,
desfraldada pela Maçonaria, é Luiz Gonzaga, criador do xote e do baião, ritmos
que viriam a influenciar outros artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Gonzagão,
como era conhecido, foi iniciado em 3 de abril de 1971, na Loja Paranapuan, nº
1477, na Ilha do Governador (RJ), que trabalhava no Rito Moderno ou Francês. A
música
“Acácia
Amarela” tão executada nos trabalhos em nossa loja – foi composta em 1981.
Luiz
Gonzaga faleceu em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos de idade.
Em
24 de julho de 1859, o maestro e compositor Antônio Carlos Gomes, foi iniciado
na Loja Amizade, fundada em 1832, a primeira da capital paulista. Nascido em
Campinas em 11 de julho de 1836, o papel de Carlos Gomes que se tornou o mais
importante compositor de óperas brasileiro e transcendeu o campo artístico.
De
acordo com o professor campineiro Cesário Hossri, seu entusiasmo pelo Brasil e
sua música, executada na época em toda a Itália, despertaram nos italianos o
desejo de vir para cá. O professor Hossri assegura que esta foi uma iniciativa
consciente do compositor campineiro, fundamentada em pesquisas realizadas
durante três anos nos arquivos do Centro de Ciências Letras e Artes de
Campinas. Entre suas principais obras, destacam as óperas Fosca, Salvador Rosa,
Maria Tudor e o Guarani.
Na
extensa lista de músicos brasileiros maçons, não poderíamos deixar de citar o
compositor, multi-instrumentista, cantor, publicitário e escritor, o irmão Zé
Rodrix, que partiu para o Oriente Eterno recentemente e que nos deixou a obra “Diário de um Construtor de Templo”,
uma trilogia sobre as origens da Maçonaria, uma das obras mais ricas e densas
sobre o universo maçônico.
Em
uma justa e perfeita homenagem e sem a pretensão de esgotar o tema, fechamos
esta Peça de Arquitetura, ouvindo a música “Casa
no Campo”, que fez sucesso com Elis Regina, e que agora ouvimos na voz do
próprio Zé Rodrix.
Bibliografia
Site
internacional sobre compositores clássicos maçons
http://www.masonmusic.org
Histórias
Pitorescas de Maçons Célebres
José
Castellani – Editora A Trolha 1997
Jazz and Freemasonry, Two Years After –
Tuncel Gulsoy e Alan J. Hutchison
Autoria
A.’.
R.’. L.’. S.’. 9 DE JULHO – Oriente de Campinas
Peça
de Arquitetura elaborada por: Ir.’. Eric Nunes Iamarino Ap.’. M.’.
Em 9
de junho de 2009 E.’. V.’. A
FONTE: http://blog.msmacom.com.br/
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