O governador da Bahia, Jaques Wagner (foto), disse na quinta-feira (18) que a presidente Dilma Rousseff é mais "dura" que o ex-presidente Lula, "mais tolerante" e "palanqueiro".
A comparação entre os estilos foi feita pelo governador durante uma entrevista à Rádio Tudo FM, de Salvador.
"O Lula é um grande comunicador, uma liderança de massa, um grande palanqueiro. A Dilma tem uma formação diferenciada, vem muito mais da gestão, é boa de condução, é dura", comparou o governador. Leia Mais
"O sistema dela pode ser que seja um pouco mais bruto do que o sistema do presidente Lula, que, até por ter uma construção mais da política, talvez seja mais tolerante com as coisas e pondere mais", disse Wagner.
Ao citar o "sistema bruto", o governador fazia menção a um dos bordões do apresentador do programa.
Wagner também fez a defesa das trocas no primeiro escalão da Esplanada depois de acusações de corrupção.
Ele atribuiu as quedas de ministros ao fato de a presidente Dilma ser "absolutamente intolerante com qualquer coisa malfeita com dinheiro público".
O governador baiano citou o "faturamento acima do normal" da consultoria que levou Antonio Palocci a pedir demissão da Casa Civil.
Em maio, quando o ex-ministro tentava se manter no cargo, Wagner se disse surpreso com os R$ 20 milhões faturados pela empresa de Palocci.
Sobre Nelson Jobim, único ministro a cair por divergências com a presidente Dilma, Wagner criticou o fato de ele ter declarado o voto no tucano José Serra.
CANDIDATA
Em Belo Horizonte, o ex-presidente Lula disse na quinta-feira que Dilma só não será candidata à reeleição em 2014 se não quiser.
Lula afirmou ainda que "não existe a hipótese" de ela "perder o controle da base aliada", que dá sustentação ao governo.
"Tenho conversado com muita gente e não vejo nenhum estremecimento na base", disse Lula, que negou que as conversas tenham o propósito de ajudar a presidente nesse momento. "Ela não precisa disso."
O ex-presidente negou haver crise política no governo federal e minimizou a queda de quatro ministros em sete meses e meio de governo.
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