O CARNAVAL E A MAÇONARIA


Por Julio Cesar C. dos Santos

Estudos apontam que o carnaval teve provavelmente sua origem em celebrações de festas pagãs, como os realizados em honra de Baco, o deus do vinho, e as saturnais romanas e as Lupercalia, ou aqueles que tiveram lugar em homenagem ao touro Ápis, no Egito.

Segundo alguns historiadores, as origens das festividades do carnaval remontam à antiga Suméria e Egito (onde teve sua primeira concentração carnavalesca) a mais de 5.000 anos, com celebrações similares no Império Romano, onde o costume se espalhou por toda a Europa, sendo trazido para a América pelos navegantes espanhóis e portugueses que nos colonizaram a partir do século XV.

O carnaval remonta além das festas pagãs as Celtas, a festividade contemporânea conhecida como o Carnaval pode ter tido sua origem na necessidade de comer todas as carnes e produtos animais como ovos e manteiga antes de iniciar o período da Quaresma. Segundo a tradição católica durante a Quaresma não se deve comer carne, mas somente peixes e legumes.  No entanto, as verdadeiras origens do Carnaval são ainda desconhecidas. Não há como verificar onde e quando nasceu o carnaval.  A data do carnaval varia de ano para ano. Muitas pessoas perguntam como calcular a data do Carnaval?

O calendário é marcado pela Igreja Católica (que no início era contra tal festança). A data da Páscoa começa (Domingo de Ramos) é calculada pelo mês lunar (28 dias) e domingo para a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera (21 de março). Em outras palavras, a Páscoa só pode começar o mais tardar em 22 de Março e até 18 de abril. Portanto varia de ano para ano.  Assim, o costume foi levado para calcular as datas do Carnaval, só em contagem decrescente, 40 dias entre o Domingo de Ramos. Esse dia será quarta-feira, e é o dia que começa a Quaresma.

Mas, como em qualquer etapa de nossa história, a Maçonaria tem uma importância especial no carnaval, não como peça fundamental de um xadrez como visto em outras ocasiões importantes ao longo da história brasileira e mundial, mas agora como homenagens às conquistas alcançadas. Diversas escolas de Samba trazem suas homenagens na letra de samba de enredo e nas suas Alas e fantasias, homenagens essas justas e perfeitas, uma forma encontrada pelos carnavalescos em transmitir ao mundo nossas maravilhosas conquistas. Porém, exposições dessa natureza fazem mal, porque afastam e expõem à crítica dos detratores que nelas encontram causas fundadas para chacota sob todos os aspectos. Querem motivos mais justos que estes para que reprovemos a participação de Irmãos expondo seus paramentos, desfilando em carros alegóricos, num espetáculo mesmo de amor nacional. Fosse o carnaval festejado com música e danças, fantasias e desfiles, seria uma bela festa tão inocente como a comemoração de um aniversário. Mas não é isso o que acontece, é sem dúvida uma festa para alguns e um bacanal para outros. A bruxa fica solta, a bebida e a droga rolam como nunca, mulheres ficam grávidas, e nem sempre estão dispostas a levar até o fim a gravides, gerando uma corrente de abortos. Os próprios governantes, com a distribuição de preservativos, estimulam a baderna, porque o sexo está vulgarizado. Gastam o dinheiro dos impostos para subvencionar os prazeres dos irresponsáveis.

A Maçonaria não pode ser exposta dessa tal forma. Tudo bem que a população não saiba dos grandes feitos da Maçonaria em nossa história, mas acho que o carnaval não é o meio mais adequado para isso. Os “foliões” sob o efeito do álcool não darão a devida importância ao enredo e logo esquecerão o que foi dito, principalmente se a escola que o escolheu não for a campeã. Nossas alusões a datas, personagens, eventos da natureza sempre ocorreram dentro de nossos Templos e às portas fechadas.

Devemos sempre levantar templos a virtude e cavar masmorras ao vício. 


DOAR POR  PIX: 27999685641

Postar um comentário

9 Comentários

  1. Essa exposição profana, literalmente falando, de nossa Ordem, não trás nenhum benefício, ao contrário, fornece munição aos detratores e contribui à vulgarização da Maçonaria de maneira nefasta, portanto, desprezível sob todos os aspectos. Lamentável.

    ResponderExcluir
  2. Comento aqui os erros gráficos de português, além de concordar com o texto. Foi usado o termo trás quando deveria ser traz do verbo trazer. Usaram o artigo a: "a mais de 5.000 anos", qdo deveria ser "há mais de 5.000 anos", do verbo haver. Gravides ao invés de gravidez. Erros crassos de concordância nominal e verbal e descrição confusa com parêntesis desnecessários. Me perdoem a crítica mas há que haver maior cuidado em nossa escrita que passa pela leitura de professores, médicos, filósofos, etc. O tema e a retórica estão bem compreendidos e não ha muito a acrescentar.

    ResponderExcluir
  3. Há sim o que incrementar .

    O autor diz que no carnaval a bruxa fica solta, como analogia às festas celtas, citada pouco acima em seu texto, e sita exemplos de condutas. Contudo, a única bruxa dessa história é aquela dos próprios pensamentos, os vícios da consciência, o preconceito e a ignorância.

    A maçonaria estimula e ensina os conceitos morais ao homem, valoriza e estimula as virtudes, a compreensão e o conhecimento, além disso combate incessantemente essa ignorância e preconceito.

    O carnaval é uma festa popular, é a comemoração da liberdade, e a resposta àqueles que se acham no direito de dizer o que é certo ou errado na vida humana. Então, sabendo que não é possível reprimir tal manifestação popular, porque cada um tem seu próprio entendimento da vida, os governos precisam cuidar dos problemas sócias que podem se agravar por consequência dessas festividades e, então, promover políticas públicas de combate as doenças causadas a uma parcela, apenas uma parcela desse público que comemora o carnaval. Não basta fechar os olhos, segundo Mahatma Gandhi: "Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados".

    Hoje, a maçonaria foi homenageada por sua participação em uma parte da história de uma comunidade, de uma parcela da sociedade. Esses maçons do passado e os de hoje, conduzem um símbolo, o de informar que os homens, onde quer que eles estejam, podem se unir em harmonia, sem guerras e sem confrontos, porque somos todos irmãos, filhos de um único pai criador.

    Fé, Esperança e Caridade, para que possamos aperfeiçoar os costumes, pelo amor.

    ResponderExcluir
  4. Há sim o que incrementar .

    O autor diz que no carnaval a bruxa fica solta, como analogia às festas celtas, citada pouco acima em seu texto, e cita exemplos de condutas. Contudo, a única bruxa dessa história é aquela dos próprios pensamentos, os vícios da consciência, o preconceito e a ignorância.

    A maçonaria estimula e ensina os conceitos morais ao homem, valoriza e estimula as virtudes, a compreensão e o conhecimento, além disso combate incessantemente essa ignorância e preconceito.

    O carnaval é uma festa popular, é a comemoração da liberdade, e a resposta àqueles que se acham no direito de dizer o que é certo ou errado na vida humana. Então, sabendo que não é possível reprimir tal manifestação popular, porque cada um tem seu próprio entendimento da vida, os governos precisam cuidar dos problemas sociais que podem se agravar por consequência dessas festividades e, então, promover políticas públicas de combate às doenças causadas a uma parcela, apenas uma parcela desse público que comemora o carnaval. Não basta fechar os olhos, segundo Mahatma Gandhi: "Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados".

    Hoje, a maçonaria foi homenageada por sua participação em uma parte da história de uma comunidade, de uma parcela da sociedade. Esses maçons do passado e os de hoje, conduzem um símbolo, o de informar que os homens, onde quer que eles estejam, podem se unir em harmonia, sem guerras e sem confrontos, porque somos todos irmãos, filhos de um único pai criador.

    Fé, Esperança e Caridade, para que possamos aperfeiçoar os costumes, pelo amor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não vamos romantizar. O carnaval já de algumas décadas não é mais aquele Carnaval de antigamente. Não há como não associar o Carnaval dos tempos atuais com a nudez, com consumo de drogas e demais vícios que nossa Instituição pugna por combater. A Maçonaria é progressista, mas também conservadora em seus usos e costumes. E não, não pega bem associar a Maçonaria a esse Carnaval praticado hoje em dia. Há várias formas de instruir a sociedade sobre o que seja a Maçonaria, sua história, seus feitos, seus objetivos e filosofia. Não creio que uma dessas formas seja essa exposição no Carnaval, ainda que a intenção da escola de samba seja nobre. Vamos parar de invencionismo e de achar graça em tudo ou de ver o belo em tudo, senão, daqui a pouco, vai ser bonito ver símbolos e alegorias maçônicas dentro de prostíbulos e bares da vida.

      Excluir
    2. Dessa forma te pergunto meu irmão, são os vícios ou o evento o causador do problema? Em uma roda de samba há muita bebida, talvez muitos sejam alcoólatras, talvez alguns até estejam drogados, e novamente te pergunto, o problema é o samba ou o vício? Na praia há muitos banhistas quase nus, o problema é o mar ou a moda atual? A maçonaria preza pela liberdade de expressão do homem, e por isso, à manifestação popular, não cabe tal julgamento. Mas é de certo que se um maçom for ali flagrado em vício, esse será expurgado da nossa ordem. Um maçom deve ser maçom em qualquer ambiente que estiver, na construção de uma sociedade melhor.

      Excluir
    3. Mas os vícios estão no evento e estão intimamente ligados. Quando o Carnaval não tiver essas correlações e voltar a ser algo sadio para o ser humano, aí não verei problemas. A maçonaria prega pela liberdade de expressão, mas a expressão mal empregada gera consequências. Por fim, um maçom deve ser maçom onde quer que esteja, inclusive na festa carnavalesca. O maçom no Carnaval deve agir de acordo com o que aprende na maçonaria. Se ele debandar para o vício lá, que aguente as consequências. Mas, sem desviar do foco, aqui não estamos falando da atuação do maçom e, sim, da exposição da Ordem por maçons e não maçons.

      Excluir