O SANTO GRAAL

Autor: Mario Cabrera

Santo Graal, nome pelo qual é conhecido o cálice que foi usado por Jesus Cristo durante a celebração da Última Ceia com seus apóstolos. Segundo alguns autores, como Robert de Boron, o Santo Graal tem uma relação especial com José de Arimatéia, pois com base em suas histórias, após a ressurreição de Jesus, 3 dias após sua morte, ele apareceu a José de Arimatéia e a ele Ele entregou o cálice e deu-lhe a tarefa de levá-lo para a Grã-Bretanha.

Segundo a história, José de Arimathea, após ter recolhido o sangue que emanava do corpo de Jesus, escondeu o cálice na ilha da Britannia, naquele local fundou a primeira igreja cristã em homenagem à Virgem Maria e também fundou uma ordem secreta para proteger o Santo Graal chamado O Priorado de Sion

Quanto ao seu simbolismo, pode variar dependendo do autor, sendo um dos mais difundidos o exibido pelo artista e inventor Leonardo Da Vinci, segundo ele o Santo Graal é uma metáfora de Maria Madalena, que foi responsável por carregar com ele o filho de Jesus e com ele sua linhagem, porém isso é considerado pela igreja como uma teoria da conspiração que visa manchar a imagem de Jesus.

Existem outros autores que afirmam que o Santo Graal é a taça que repousa na Catedral de Valência. O certo é que a história do Santo Graal é característica da mitologia cristã medieval, por isso não há dados sobre este objeto nas sagradas escrituras.

 


OS TEMPLARES, A MAÇONARIA E A BUSCA DO SAGRADO GRAAL.

O Santo Graal simboliza a aspiração à plenitude interior do ser, à autorrealização pessoal e à união com o divino, visto que esta necessidade espiritual se torna um objetivo que todo Iniciado considera ao buscar seu lugar no mundo.

Essa busca do iniciado, como a própria história da alma, surge num momento em que o ideal cavalheiresco se torna independente da virtude clerical, mas sem deixar de se apropriar de um certo tipo de misticismo latente. Portanto, da perspectiva esotérica da Ordem do Templo, a relação da Ordem com a busca lendária do Santo Graal é de vital importância.

Por isso, é bom lembrar a escolha que cada um de nós fez ao entrar na Maçonaria: Aceitar a existência do mistério e empreender a busca do conhecimento para revelá-lo. Este é o caminho iniciático, o caminho do aperfeiçoamento espiritual. É disso que trata o mistério do Santo Graal.

A iniciação requer, além da transmissão da influência espiritual pela Maçonaria, a transmissão de um ensinamento tradicional e simbólico. Nesse sentido, tanto a Ordem do Templo quanto o Santo Graal são fontes importantes de ensino tradicional e simbólico. Este ensinamento é muito necessário como suporte externo no caminho do caminho iniciático, do qual se baseia o trabalho interno essencial de esculpir a pedra bruta.

O Santo Graal é identificado na representação cristã, com a imagem do cálice. O Santo Graal é a taça que contém o sangue de Cristo. Esta ideia tem uma dualidade marcante, se levarmos em conta que primeiro serviu como cálice da Última Ceia, mas logo depois também serviu como um recipiente no qual José de Arimatéia coletou o sangue do Cristo crucificado.

Por fim, é importante destacar que, dentro da simbologia do Santo Graal, é possível encontrar vestígios de outras tradições. À primeira vista, há um sotaque marcante que vem da mitologia celta, ligada principalmente ao ciclo arturiano, mas também mostra elementos alquímicos e árabes, justamente, com tradições sufis, bastante relacionadas à maçonaria.

Seis curiosidades sobre o Santo Graal.

1) José de Arimatéia, um rico e honesto comerciante judeu que era seguidor de Jesus Cristo e que comprou a tumba na qual o corpo de Jesus de Nazaré foi enterrado quando ele foi retirado da cruz, teria guardado o Santo Graal, bem como com a Lança Sagrada, a arma que feriu o lado do Senhor Jesus Cristo.

José de Arimatéia teria levado a taça sagrada e a lança para Albion, o antigo nome da Grã-Bretanha, onde estabeleceu sua residência, construindo uma pequena capela em Glastonbury, onde as duas relíquias teriam sido mantidas, as quais seriam mantidas nos próximos séculos por vários Cavalheiros britânicos, como Sir Pells e Sir Galahad, o mais sagrado dos Cavaleiros da Távola Redonda.

2) Nem a Bíblia, nem qualquer um dos textos apócrifos e evangelhos se referem em detalhes ao Santo Graal em suas páginas. Curiosamente, Só no Evangelho de Mateus se comenta que, durante a Última Ceia, Jesus bebeu de um cálice com seus discípulos: “Da mesma forma, tomou o cálice e o deu aos seus discípulos dizendo: 'Tomai e bebei todo ele'.

3) A primeira grande referência conhecida ao Santo Graal data de cerca de 1.100 anos depois de Cristo, quando o autor francês Chrétien de Troyes publicou em 1776 sua obra épica "Perceval ou o conto do Graal". Essa obra, a mais enigmática da produção literária deste autor e que ficou inacabada, contém a primeira menção escrita do Santo Graal e fala da visita de Perceval - que aspira a ser cavaleiro do Rei Artur - ao castelo do Rei Pescador, no qual uma xícara ou Graal é mostrado. Dentro dela está uma espécie de hóstia sagrada que alimenta milagrosamente o pai ferido do rei.

4) Embora tradicionalmente o Santo Graal esteja associado ao cálice, copo ou copo que Cristo usou na Última Ceia e mais tarde José de Arimatéia para coletar o sangue de Jesus na Cruz, outras interpretações posteriores apareceriam que relacionavam o Santo Graal como a pedra filósofo alquimista e até mesmo com a suposta linhagem de Jesus Cristo.

Os autores Peter Redgrove e Penelope Shuttle, por exemplo, argumentam que a imagem do Graal na verdade esconde um símbolo do útero feminino e do ciclo menstrual. Para eles, o termo “Santo Graal” deve ser entendido no sentido de Santo Sangue, ou seja, como a suposta descida física de Jesus, que se mudou para a Gália e lá continuou. O Santo Graal, para esses autores, seria então o portador do sangue de Cristo, mas não no sentido simbólico de um recipiente, mas de seus descendentes, ou seja, os portadores de sua linhagem ou sangue.

5) Durante séculos, os caçadores do Santo Graal especularam que uma das relíquias mais importantes do Cristianismo poderia corresponder a um dos cálices que hoje existem em igrejas e museus ao redor do mundo.

Entre os “candidatos” a taça sagrada de Jesus Cristo está o Santo Cálice de Valência, atualmente preservado em um relicário da catedral daquela cidade espanhola. Curiosamente, o próprio site do templo afirma que “tanto a partir dos dados arqueológicos como do testemunho da tradição e dos documentos que possuem, é completamente plausível que este belo vaso estivesse nas mãos do Senhor na véspera de sua Paixão".

6) O historiador e escritor inglês Grigor Fedan lançou uma curiosa teoria sobre o Santo Graal, afirmando que, em vez de ser a humilde taça de um carpinteiro, seria na verdade o único evangelho escrito pelo próprio filho de Deus.

“O copo é apenas um símbolo dos ensinamentos reais de Jesus, escritos por ele mesmo. Foi batizado para evitar a perseguição sofrida pelos cristãos na época. Esses ensinamentos foram inicialmente escondidos na Biblioteca de Alexandria, no Egito, o maior acervo de conhecimento da antiguidade. No século 4 DC, esse evangelho foi transferido para um local secreto nas montanhas de Tibesti, a maior do Saara, no Chade. Mais tarde, os Cavaleiros Templários fizeram cópias deste Evangelho, que foi escondido antes de a ordem ser dissolvida no século XIV. Provavelmente há uma cópia enterrada sob a pequena Capela Rosslyn, a apenas 15 quilômetros de Edimburgo, Escócia, e os maçons poderiam ter outra cópia. O original, escrito por Jesus,

A busca pelo Graal, do meu ponto de vista, é uma jornada para a iluminação. Simboliza o anseio do homem pela perfeição espiritual que nos transporta de um estado de ignorância para um estado de graça e purificação. O homem, em busca de seu Criador, tenta trazer o Céu à Terra, integrando as ideias de redenção e salvação por meio da transformação do indivíduo.

Fonte: https://masoneriaglobal.com


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