A GRAVIDADE DO MOMENTO ATUAL, NO BRASIL E NA MAÇONARIA

José Maurício Guimarães

Trata-se de assunto de outra Potência ‒ eu sei disso ‒, mas num momento grave como este por que passa o Brasil, é preciso voltarmos à essência da Ordem e considerarmos as boas intenções como as havidas no último encontro das três Potência (4 a 8 de julho de 2018, XLVII Assembleia Geral da Confederação Maçônica do Brasil – CMSB 2018 – Vitória-ES) https://www.youtube.com/watch?v=tbGLgOE7MWo

É urgente estarmos TODOS bem informados sobre TUDO o que acontece na República Brasileira, na Maçonaria Brasileira e nos bastidores de ambas.

Os vínculos que existem entre o patriotismo Brasileiro e os ideais da Maçonaria são indissolúveis: sempre que a Pátria nos convocou a defende-la com braço forte, nunca fugimos à luta. Em muitas vezes, durante a História, maçons enfrentaram a própria morte para bem cumprirem a missão que lhes fora dada.

É com esse olhar que contemplo o Brasil de hoje e a “nossa Maçonaria”!

A primeira definição de Maçom é a palavra “livre” (pedreiro livre, freemasons em inglês, francs-maçons em francês) e, quando o homem limpo e puro bate nos portais da Loja, pedindo Iniciação, é porque ele não aceita mais o jugo dos prepotentes, nem submissão ou obediência cega aos que abusam da confiança dos povos.

O homem iniciado na Maçonaria não saiu de uma gaiola para entrar numa outra, mesmo que seja uma gaiola dourada.

Não pode haver na Ordem Maçônica uma canga coletiva ‒ objeto símbolo que representa aquela peça de madeira usada para prender a junta de bois no arado. Trabalhamos sim, fortes como touros, mas no combate aos inimigos da humanidade ‒ e entre esses muitos inimigos da própria Maçonaria permanecem em nossas fileiras como hipócritas, tentando nos enganar com palavras melífluas, defraudando nossa busca da verdade em ambiciosos projetos nunca levados a termo, falsas literaturas e, junto a isso, a castração de nosso entusiasmo. “A ESSES NÃO SE COMBATE SEM PERIGOS!”

Vislumbro nessa “pirataria”, que nos ataca DE DENTRO para fora, o alimento de facções no mundo profano que se levantam contra nós com gravíssimas e infundadas acusações. Não preciso citar o recente noticiário...  

Somos acima de tudo MAÇONS e, livres como tal, devemos respeitar todos os Irmãos, estejam eles em quaisquer Lojas ou Potências, desde que igualmente livres, e suas Lojas regulares e legais. Em todo lugar e a toda hora, tais maçons, essas Lojas e Potências merecem nosso apoio e nosso socorro ‒ seja material, seja moral.

Quanto aos últimos acontecimentos, pude apurar informações ainda muito incompletas de que cerca de 367 lojas se fizeram representar na Assembleia de 15 de setembro de 2018, do Grande Oriente de São Paulo – GOSP.

Uma decisão extremamente importante para aquela Potência começara a ser desenhada no direito de intervisitação com o Grande Oriente Paulista, (por sua vez originário de outra cisão, a de 1973) e com a Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, (do mesmo modo originária da tumultuosa cisão de 1927 liderada por Mário Bhering).

É a História se fazendo repetir  - seja pela falta de leitura, seja falta de estudos, mas principalmente pela diversidade de “visões pessoais” dos Maçons sobre o que é a Maçonaria ‒ visões essas que eles transformam em canhestras “instruções” que servem apenas de incenso aos seus exacerbados egos.

Ouvi dizer que o GOSP passaria a integrar a COMAB ‒ mas não posso sustentar essa informação. Fiquei sabendo ainda que na referida Assembleia de 15 de setembro, 306 lojas votaram a favor da desvinculação, isto é, 83% dos associados presentes.

Não quero confundir os Irmãos, nem agir como aqueles que pretendem distraí-los dos graves acontecimentos atuais, acenando-lhes com brinquedinhos, doces, balas e fitinhas multicoloridas, como se fossemos crianças. Já passou da hora de reagirmos como POVO MAÇÔNICO e gente adulta. Perguntem!, QUESTIONEM sempre! ‒ em todo lugar e hora, busquem no noticiário, comparem as informações e analisem QUEM está falando, QUEM está escrevendo e quais as reais intenções subjacentes ao noticiário.

Sei que não é fácil; reconheço que são perseguidos ou legados ao esquecimento nas periferias do “poder” aqueles que perguntam ou questionam sempre. É o preço que pagamos por voarmos alto, solitários e livres como a águia. Outras são as aves que se contentam com voo baixo, confinadas em bandos.

Grande é a MAÇONARIA; grande é o Espírito da MAÇONARIA!