Por Barbosa Nunes (*)
Melhor uma simples ceia regada pela
lembrança do Mestre dos Mestres, que é Jesus, a um farto banquete com as mais
saborosas comidas e bebidas de altos graus. Mas isto acontece rotineiramente,
especialmente na época das grandes comemorações pessoais e do nascimento de
Jesus. O momento do mundo é de guerra, desequilíbrios familiares, estresse,
competições pessoais e outras disputas. Isto leva a um esquecimento do amor,
deixando o homem sem paz e muitas vezes com ódio no coração.
O que é a felicidade? Dizem que temos
apenas momentos de felicidade, mas como disse Madre Teresa de Calcutá: “A
felicidade não está no fim da jornada, mas sim em cada curva do caminho que
percorremos para a encontrar”. Não podemos sucumbir ao ódio, ao materialismo
que escraviza. Busco um belíssimo texto que me inspira e que leio repetidas
vezes, no caminhar peregrino que faço em prol de um Grande Oriente do Brasil
unido e respeitoso entre os seus integrantes.
Mário Quintana se expõe com a sua alma
para definir e sinalizar sobre a felicidade.
"A
princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável,
mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem
febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos
a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao
amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir
uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR,
todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser
surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de
velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser
felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente
esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro
constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz
solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem
nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de
amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo,
usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente
para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente
tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que
saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de
criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o
improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o
estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o
relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o
que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não
é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos
vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais,
reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu
próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se
esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e
deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não
sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade".
O grande
orador espírita, Divaldo Franco, em página psicografada, de Joana de Ângelis,
transmite: “Felicidade é conquista íntima. Se
desejas ser feliz, vive, cada momento, de forma integral, reunindo as cotas de
alegria, de esperança, de sonho, de bênção, num painel plenificador. As
ocorrências de dor são experiências para as de saúde e de paz. A felicidade
não são coisas: é um estado interno, uma emoção. Abençoa os acidentes de
percurso, que denominas como desdita, segue na direção das metas, e verás
quantas concessões de felicidade pela frente, aguardando por ti”.
Nos últimos
anos, cientistas sociais têm chegado a várias conclusões sobre a felicidade.
Eles identificam comportamentos, hábitos e maneiras de enxergar o mundo que são
mais observados em gente que se declara mais feliz e que desencadeiam
sentimentos relacionados à felicidade. Dos muitos alguns itens são: Mexa-se,
medite, descanse, seja grato, solidário e por fim, ame!
(*) Barbosa Nunes, advogado,
ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e
Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br
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