Hercule Spoladore |
Qual
foi a pior situação que a Ordem enfrentou durante a sua existência?
Dá
para se enumerar muitas, tais como perseguições de ordem religiosas, politicas,
sociais, pessoais que até hoje ainda existem, calúnias, mentiras, difamações,
enfim uma série de epítetos que as pessoas que não gostam de nós, nos impingem,
nos combatem, e querem nos destruir.
Existem
famosos livros escritos por antimaçons que se contam aos milhares que ainda circulam
pelo mundo. Porem todos fantasiosos e falam muito do segredo dos maçons.
Entres
os clássicos temos a primeira publicação que realmente tocou o público, ávido
de conhecer o segredo dos maçons, que foi a Maçonaria Dissecada do maçom que
abalou a Ordem, Samuel Prichard publicada em cinco edições num jornal de
Londres em 1730. Nela Prichard revelou todos os chamados segredos da Maçonaria
da época do primeiro ao terceiro grau. Este livro sofreu desde então, um
considerável número de plágios. Hoje é considerado como uma fonte de estudos,
porque quando Prichard escreveu para o jornal inglês a Maçonaria não tinha
rituais ou catecismos impressos. Nada se escrevia. Tudo era decorado e passado
de maçom para maçom. Ele querendo ou não, sua traição hoje é considerada como
uma fonte primária de estudos modernos na Quatuor Coronati nº 2076 da Maçonaria
como ela era praticada na época. Leia mais
Tivemos
também os livros de Leo Taxil que no final do século XIX jogou muita infâmia
sobre a Ordem. No final a mentira era tanto fantasiosa que se perdeu por si e o
autor foi desmoralizado e se retratou. Paul Rosen outro maçom que se desligou
da Maçonaria escreveu um livro revelando quase tudo sobre a Ordem sendo o seu
livro principal “Satan & Cia”. Só mentiras, fantasias e invenções.
Mas
de qualquer forma a Ordem vai cumprindo sua missão. Está viva, apesar da
extensa bibliografia antimaçônica e da perseguição que já sofreu até a presente
e que continua...
Mas
talvez uma das piores situações que a Ordem enfrentou e ainda enfrenta com
intervalos de tempo e em determinadas épocas da história moderna do mundo, foi
seguramente as consequências de um livro vazio de conteúdo, mentiroso, por
sinal repetitivo e além do mais uma grande fraude, mas que lançou uma ideia de
uma conspiração mundial da Maçonaria contra a humanidade, nos associando ao
semitismo. E isso foi muito bem usado e ainda é pelos antimaçons.
Trata-se
do livro chamado vulgarmente de “ Os Protocolos dos Sábios do Sião”.
Como
começou esta história? Como se conceituou a teoria conspiratória?
O
que diziam a respeito da Maçonaria? Diziam e propagavam muitas coisas como, por
exemplo, que os maçons juntamente com outras sociedades conspiravam
secretamente para criar uma sociedade mundial baseada nos ideais
revolucionários como liberdade, igualdade e fraternidade, separando o estado da
religião, que a Maçonaria teria uma frente judaica para dominar o mundo, ou
seja, ela seria controlada pelos judeus Ainda diziam que a Maçonaria praticava
missas negras, que sacrificavam crianças em seus cultos, que tinha parte como
Demônio etc.
O
Padre Augustinho Barruel (1741-1820), francês escreveu livro com o título muito
extenso “Memórias para servir a história do Jacobinismo e as provas de uma
conspiração contra as religiões e todos os governos as Europa, que existe nas
reuniões secretas dos maçons, dos Iluminados e das Sociedades de Leitura”.
Sintetizando: Memórias para servir a história do Jacobinismo”
Barruel
é considerado o pai da Antimaçonaria moderna. Ele difundiu a ideia falsa que a
Revolução Francesa era filha da Maçonaria e assim lançou uma ideia, a qual foi
tomada como dogma pelos antimaçons, ou seja, da famosa Teoria da Conspiração.
Alguns maçons da época inocentes úteis se ufanaram desta situação chamando para
si uma revolução que não somente não a prepararam e nem a fizeram. Ainda hoje
em nossos templos alguns irmãos menos avisados e menos estudiosos, acreditam
que a Maçonaria foi a mãe da Revolução Francesa. A história da Revolução
Francesa é outra. Barruel e outros conseguiram envenenar o mundo com a ideia da
conspiração maçônica. Seu livro espalhou-se pela Europa. Mas ele não estava só,
tinha mais pessoas que defendiam os seus conceitos.
“A
Revolução Francesa é um processo de engenharia social, quando um grupo pretende
destruir uma sociedade antiga na Primeira Realidade e criar uma sociedade nova
tendo por base uma Segunda Realidade para substitui-la como foi o caso dos
jacobinos, de Lenin, o caso da ONU e do atual governo brasileiro” ( Anatoli
Oliynik).
Os maçons daquela época nada tiveram a ver com
o processo histórico da Revolução Francesa.
Um
contemporâneo de Barruel, Jonh Robinson (1739-1895), maçom escocês físico e
inventor dedicou os últimos anos de sua vida à teoria conspiratória. Em 1797
publicou um livro de título extenso, praticamente igual ao de Barruel alegando
um conchavo entre os Iluminatti e a Maçonaria. Robison e Barruel desenvolveram
de forma independente um do outro, mas de ideia igual, dizendo que os
Iluminatti haviam se infiltrado na Maçonaria e isso teria levado a acontecer a
Revolução Francesa. Barruel publicou seu livro cerca de dez anos depois de
terminada a Revolução.
Outro
autor desta mesma época Johan August Starck (1741-1816) alemão, teólogo
luterano maçom, com muitos anos de filiação, resolveu romper com a Ordem após
revisar seus conceitos, se voltou frontalmente contra as organizações secretas
como a Maçonaria, também defendendo a teoria conspiratória.
Em
1797 Leopold Alois Hoffmann, austríaco, maçom renegado publicou um livro onde
afirmava que a unidade europeia estava ameaçada por uma conspiração que teve
origem entre os Iluministas e maçons que se agregavam em sociedades secretas e
que se tratava de um plano previamente deliberado para destruir os fundamentos
dos poderes legais das monarquias europeias e da Igreja Católica.
Enfim
a teoria da conspiração já perdurava há algum tempo na mente de escritores que
eram contra as chamadas sociedades secretas. Estes autores citados foram
importantes para a divulgação de tal teoria.
A
obra que serviu de plágio em 1901 para Sergei Aleksandrovick Nillus (1862-1929)
escritor religioso russo e autodenominado de místico e agente da Polícia
Secreta do Czar, a Okhrana tido como autor plagiário de um livro escrito em
1864 quando Nillus tinha dois anos de idade, mais as teorias conspiratórias
desenvolvidas até então, e o antissemitismo que existia há mais de dois mil
anos, foram a base desta literatura mentirosa, desta verdadeira fraude à qual
foram colocados os maçons como caronas, como passageiros convidados à força,
praticamente sequestrados intelectualmente falando. E ressalte-se que a
Maçonaria não é de origem judaica. Apenas tem influência judaica em seus
rituais, mas uma influência só de nomes bíblicos adotados. Organização e
finalidade completamente diferentes. As religiões ditas cristãs também caminham
da mesma forma, baseadas na Bíblia, sem serem judaicas. A Maçonaria tem Irmãos
de todos os credos, raças e cor e, por conseguinte, têm também no seu seio
irmãos judeus independentes de suas crenças. Diz-se que o Conselho de Ministros
da Rússia determinou uma investigação secreta a respeito da autoria dos “Os
Protocolos dos Sábios do Sião” e foi averiguado que o livro foi escrito em 1897
em Paris por agentes russos resultado não divulgado para não comprometer o
Chefe da Polícia Secreta russa.
É
interessante mencionar que Sergei Nillus em 1903 já havia publicado uma obra “O
Grande no Pequeno. A vinda do Anticristo e Domínio do Satanás na Terra”. Ele
retocou a obra que já era plagiada, colocou mais um apêndice e nominou o livro
de “Os Protocólos dos Sábios do Sião”.
Bem,
Nillus escreveu cinicamente que em 1901
havia conseguido de uma pessoa conhecida, um manuscrito que foi posto à sua
disposição o qual com uma precisão e verdade extraordinárias denunciavam um
complô judaico maçônico mundial que conduziria o mundo naquele momento
corrompido á uma inevitável ruina.
Nillus
em 1905 sustentou que os Protocolos foram lidos em sessões secretas durante um
Congresso Sionista realizado na cidade de Basiléia – Suíça em 1897 e que por
iniciativa de Theodor Heril conheceram o plano que culminaria com a conquista
do mundo pelos judeus e que um espião do Czar infiltrado no Congresso conseguiu
uma cópia dos planos, que foi entregue a ele, Nillus. Afirma ainda que houveram
24 sessões secretas onde foram elaborados os planos de destruição do mundo. Que
mentira mais deslavada. Que imaginação tinha este Nillus!
Em
realidade houve um Congresso Sionista em 1897, quando foram por eles avisados
todos os países, autoridades, todos os jornais que este congresso nada mais era
que para se examinar as possibilidades de um movimento sionista. Os judeus
dispersos no mundo queriam ser um povo. Que não eram contra qualquer pais, que
continuariam respeitando as leis do pais onde estivessem vivendo. Nada que ali
discutiriam estariam contrariando as leis e princípios do pais. No entanto
Nillus mentiu que foram realizadas sessões secretas, onde foram estabelecidos
os planos de dominação do mundo.
Nillus
reeditou o livro em 1911, 1912 e 1917 em russo. Em 1919 o livro foi traduzido
para o
alemão, Esta edição foi patrocinada pela nobreza alemã. Foi até editado livro
de bolso. Em 1920 traduzida para o polonês e partir dai três edições em Nova
York, Escandinávia, Itália, Japão e França. Em 1925 uma tradução árabe difundiu
o teor do livro para todo o Oriente Médio. Em 1927 uma edição traduzida pelo
monsenhor espanhol Jovin surgiu com o nome “Os Perigos Judaicos Maçônicos” E
assim este livro se disseminou pelo mundo. Desde então as edições tem sido
numerosas sendo as últimas conhecidas na Espanha as de Barcelona de 1963 e
1975. Mas sempre existe uma nova edição
clandestina. No Brasil em 1935, quando o país já quase estava sob o jugo
integralista, sob os moldes fascistas de Plinio Salgado, mas que foi em 1937
foi considerado como partido político contrário ao caudilho presidente Getúlio
Vargas e este terminou com a farra integralista, que entre outras coisas
seguiam as diretrizes de Hitler e Mussolini e Franco contra os maçons. Foi
considerado como partido proibido e Plinio Salgado deportado para Portugal.
Getúlio Vargas filho de maçom, apesar de ser outro déspota, prestou á Maçonaria
Brasileira um imenso favor. Não que ele assim o quisesse, mas foram as
circunstâncias do momento. A Maçonaria Brasileira ficou livre do Integralismo,
que odiava judeus e maçons.
Em
1987 a embaixada do Irã no Brasil começou a disseminar o livro gratuitamente
pelo país. O assunto foi imediata e diplomaticamente resolvido. O Itamaraty
transmitiu aos iranianos a sua insatisfação. Citou o artigo 153 da Constituição
de 1967, emendada em 1969 como propaganda racista. Cessou o despejo deste livro
mentiroso em terras brasileiras pelos iranianos o que não significa que não
existam muitos exemplares espalhados pelo país editados de forma clandestina.
Para
se ter uma ideia de como evoluiu esta suposta corrente conspiratória, o jornal
Times de Londres do dia 08/05/1920 publicou um artigo alarmista onde culpava
judeus e maçons. O Morning Post publicou semelhante matéria, atacando judeus e
maçons.
Henri
Ford, maçom (que espécie de maçom???), dono de um império automobilístico
fundou uma revista especial para publicar os Protocolos, conseguindo
imediatamente mais de 30.000 assinaturas. Em 1922 a obra de Ford já estava na
sua 21ª edição. Posteriormente os artigos publicados no Morning Post foram
reunidos em um só volume e vendidos milhões de exemplares.
.A
fraude dos Protocolos foi conhecida oficialmente desde agosto de 1921 (dias 16
e 17 e 18) quando o Times de Londres publicou toda a epopeia do plágio,
inserindo que os Protocolos não passavam de um “truque grosseiro executado por
um plagiário negligente e cínico” O correspondente do Times em Constantinopla
(hoje Istambul) havia encontrado numa livraria de livros velhos (sebinho) um
livro abandonado por um antigo oficial da OKhrana – Policia Secreta do Czar um
volume escrito em francês, sendo que as primeiras páginas estavam faltando. Ao
lê-lo o jornalista percebeu que o livro continha uma série de coincidências,
comparados a um outro livro escrito quase sessenta anos antes, e aí não foi
difícil o jornalista descobrir de onde Nillus plagiou o seu famoso “ Os
Protocolos dos Sábios do Sião”.
Em
1864 um advogado parisiense de nome Maurice July escreveu um livro de ficção
dirigida, publicado em Bruxelas: “Os Diálogos no Inferno entre Maquiavel e
Montesquieu” ou a “Política de Maquiavel no século XIX”. Tinha 337 páginas e
mais uma advertência de 3 páginas.
O
motivo desta publicação era uma violenta sátira contra a política de Napoleão
III, o qual era um déspota, daqueles que finge muito bem como se o regime fosse
liberal, mas no entanto, não era. O autor escreveu sua obra não mencionando
sequer uma vez o nome de Napoleão. É Maquiavel quem fala por ele, e Montesquieu
representa o homem honesto e ingênuo que fica perplexo e escandalizado com o
que seu interlocutor fala de forma fria, cínica e hipócrita, uma das características
de Maquiavel quando escreveu seu tempo o livro “O Príncipe”.
Evidentemente
Nillus ou agentes da Polícia Secreta russa fizeram as devidas alterações
incluindo os maçons ao lado dos judeus no suposto complô que dominaria o mundo
segundo eles.
Apesar
de ter sido posteriormente descoberta toda a fraude, esta ganhou vida própria
como se fosse verdadeira para porque o mundo acredita no que quer acreditar.
Nem sempre na verdade. E ainda o mundo quer ser enganado, já dizia um provérbio
latino. A história deste livro é um exemplo clássico do que se acaba de
afirmar. Como dizia Goebles, Ministro da Propaganda de Hitler “uma mentira mil
vezes repetida acaba se transformando em verdade”.
Os
judeus e maçons ainda sofreriam muito, mesmo após descoberta desta fraude, pois
os apologistas dela, a tinham-na como verdadeira principalmente os antissemitas
e antimaçons europeus, das décadas de 1930 e 1940, quando os chamados países
fortes da Europa foram dominados por ditadores sanguinários, e que continuaram
seguindo a cartilha da falsa conspiração, para executar seus planos macabros.
O
primeiro déspota tirano a usar os ditames dos Protocolos foi Benito Mussolini
na Itália tratando da mesma forma comunistas, judeus e maçons. Muitos maçons
foram fuzilados. As lojas maçônicas foram invadidas, sequestradas. Símbolos,
joias, rituais paramentos e móveis foram incendiados em praça pública.
Logo
em seguida, outro ditador fascista Francisco Franco da Espanha, tomando o poder
em 1936, com o apoio do clero católico espanhol, mandou executar mais de dez
mil maçons, quando na Espanha havia cerca de cinquenta mil Irmãos dos quais
milhares deles conseguiram refugiar-se. Ressalte-se que o Irmão Lázaro
Cardenas, Presidente do México, recebeu e protegeu todos estes refugiados até
que um dia eles pudessem voltar á sua pátria, quando lá houvesse liberdade.
Uma
pesquisa realizada pelo Padre Jesuíta espanhol Benimeli, historiador e
maçonólogo sério, aceito como tal pela Maçonaria mundial, realizada nos
Arquivos de Salamanca menciona que:
“Da
Loja “Helmantia” foram fuzilados 30 Irmãos e entre eles outro pastor
protestante do Triângulo maçônico “Zurban”, de Logronõ foram fuzilados 15
maçons, do Triângulo “Libertador de Burgos” foram fuzilados 7 maçons, do
Triângulo “Joaquim Costa” de Huesca foram fuzilados outros 7. Da Loja ‘Hijos de
la Madre Viuda” de Ceuta foram mortos 17, da Loja “Trafalgar” de Algericas
foram fuzilados 24. Da Loja “Réssurección” de la Línea foram assassinados 9
Irmãos, mas outros 7 foram condenados a trabalhos forçados e 17 se refugiaram
em Gibraltar. De La Corûna, todos os
maçons foram fuzilados, inclusive o chefe de Segurança, Comandante do Exército
Quesada e o capitão Irmão Tejero; Todos os Irmãos da Loja “Locus” foram
fuzilados. Todos os Irmãos de Zamora e Cadiz de Granada num total de 54 foram
fuzilados e entre eles o famoso oftalmologista Rafael Garcia Duarte, professor
da Escola de Medicina. inclusive seu filho médico foi também executado.
Igualmente foram fuzilados todos os maçons de várias Lojas de Sevilha, entre eles
Dom Fermin Zayas, ilustre militar e membro do Supremo Conselho e seu filho. Em
Valladolid foram fuzilados 30 Irmãos da Loja “Constancia”, entre eles o
governador civil que era maçom e um viajante, um maçom chamado Hoya que havia
chegado no dia 19 de junho à noite sem saber o que estava se passando. Tudo
isso em 1936. Em outubro de 1937 foram fuzilados 80 maçons em Málaga. Muito
mais se tem para falar sobre estes crimes hediondos”.
Esta
é a história parcial da Espanha nesta época de terror. Os maçons sofreram
muito.
A
vitória do Nacional-Socialismo alemão com a ascenção total do Partido Nazista
em 1938, Adolf Hitler se encarregou de eliminar do país, maçons e judeus, tendo
os Protocolos como inspiração neste verdadeiro genocídio engendrado pelo grande
psicopata, talvez um dos maiores da História.
Adolf
Hitler em seu livro Mein Kempf, menciona os “Os Protocolos dos Sábios do Sião”
para justificar medidas de exceção contra judeus e maçons. E isso custou a vida
de milhares de maçons, que dirá a vida de milhões de judeus.
Ainda
mais depois que descobriu que Lenin e Engels, comunistas, haviam sido iniciados
na Maçonaria. Todos foram considerados inimigos iguais, representando para
Alemanha nazista o mesmo perigo. Os templos maçônicos na Alemanha foram
pilhados e confiscados todos os documentos. Exposições foram realizadas na
Alemanha e França e demais países ocupados mostrando ao povo o “perigo
maçônico” que esta Instituição representava para o mundo.
Enquanto
isso maçons eram levados aos campos de concentração onde eram inicialmente
fuzilados, depois com a construção das câmaras de gás letal eles eram levados
diretamente para estes locais de extermínio juntamente com os judeus e
terminavam em fornos crematórios.
Em
1944 numa edição oficial do Serviço do Exercito Nazista mencionava que a
Maçonaria era uma união internacional com uma direção secreta, procurando
oficialmente fins humanitários, e que fato tratava-se de uma organização
secreta, através da qual o judaísmo internacional, influencia de forma decisiva
a politica mundial. Eis aí a influência direta dos Protocolos os quais já
haviam sido provados desde 1921 que eram apócrifos, mas mesmo assim eram
considerados como verdadeiros pelo regime nazista.
Quando
após ocupação da França, o Ministro do Reich para os Territórios Ocupados o
ideólogo nazista amigo íntimo de Hitler, Alfred Rosenberg em 28/11/1940
pronunciou um discurso na Câmara dos Deputados em Paris, onde historiou a
Revolução Francesa afirmando que fora obra de maçons. Eis aí a mentira do Padre
Barruel produzindo frutos negativos muitos anos após ter sido inventada.
Rosenberg afirmou também que a 1ª Grande Guerra Mundial (1914-1918) deveu-se à
Maçonaria mundial a qual subsidiou ajuda financeira aos países inimigos dos
alemães e austro-hungaros. Goering em 1942 elogiou a decisão de Rosenberg em
criar em todos os países subjugados uma missão de pilhar todas as lojas e
colocar em lugar seguro toda a documentação, a qual seria levada para Berlim.
Rosenberg também teve uma atuação importante no plano da criação da Solução
Final para o extermínio total dos judeus o que custou a vida de seis milhões
deles.
Hitler
autorizou Heydrich, chefe da SS a realizar a missão nos países ocupados,
especialmente na França, Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Este oficial nazista
foi eficiente, por exemplo, na Holanda, saqueou e destruiu 77 lojas maçônicas,
inclusive 15 clubes de Rotary. Até o Rotary entrou neste entrevero, que nada
tinha a ver com isso.
Entre
os maçons havia colaboradores nazistas que denunciaram seus Irmãos. Apenas para
citar um deles um francês de nome Bernard Fay denunciava seus Irmãos à Gestapo,
publicando mensalmente um periódico chamado “Documento Maçônico” onde publicava
os endereços dos Irmãos para facilitar o trabalho da Gestapo. Infelizmente
existiram maçons traidores, talvez
alguns, quem sabe, para salvar a própria vida ou a vida de seus
familiares, ou por serem falsos maçons por índole, os quais ainda existem até a
presente data pululando dentro de lojas maçônicas pelo mundo.
Está
se dando uma noção superficial sobre as consequências do livro “Os Protocolos
dos Sábios do Sião” em relação à Maçonaria. Porque uma quantidade maior maçons
morreram, por causa das mentiras de Barruel e seus seguidores. A Maçonaria
nunca participou de uma conspiração mundial para deter o poder temporal. Ela
participou e participa de ideias que tornem o mundo melhor.
Infelizmente
os antimaçons conseguiram através de um livro apócrifo, o pior deles “Os
Protocolos dos Sábios do Sião” causar grandes males á Ordem no século XX e
ainda existem resquícios, cicatrizes abertas. Muitos maçons morreram por causa
deste livro. A Maçonaria continua de pé e não está livre de que outros livros
malditos apareçam distorcendo a verdade e formando conceitos errôneos a
respeito da Ordem
A
Ordem sobreviveu firme e forte e tem aumentado atualmente o número de adeptos.
Continuam os antimaçons a nos atacar sem resultados práticos importantes. Mas, parafraseando o sábio Irmão José
Castellani de saudosa memória, pode se afirmar que o maior inimigo do Maçom é o
próprio Maçom. Entendam como quiserem, mas reflitam profundamente sobre esta
afirmação.
HERCULE
SPOLADORE – LOJA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS “BRASIL” –LONDRINA- PR.
REFERÊNCIAS
BENIMELI,
J.A.F. Pde “El Conturbenio Judeu”-
Masonico – Comunista
Espanha, 1982
CARVALHO,
Assis O Avental Maçônico e Outros
Estudos
Editora “A Trolha” Ltda.
Londrina, 1989
- Os Protocolos dos Sábios do Sião
Edição Jupiter
São Paulo, sem data
Trabalho: A Ação Integralista
Brasileira e a Maçonaria Paranaense
Autor: Hercule Spoladore
- Pesquisas
complementares realizadas através do GOOGLE
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