Por Marcos Coimbra
Prof. Marcos Coimbra |
Antes
de entrarmos em férias, findas no início de maio, participamos do XI Congresso
Maçônico do Grande Oriente do Brasil – Paraná, realizado em Maringá, na
qualidade de palestrante e membro coadjuvante de elaboração de importante
documento, a Carta de Maringá, assinada pelas autoridades maçônicas
responsáveis pelo evento, que divulgamos abaixo,
“Nós,
maçons do Grande Oriente do Brasil – Paraná, reunidos no XI Congresso Maçônico
do GOB-PR, na cidade de Maringá, nos dias 4 a 6 de abril de 2014, nos dirigimos
ao povo maçônico em particular e à sociedade em geral, considerando: Leia mais
1.
A reafirmação do nosso compromisso com a democracia e a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna, com a minimização das desigualdades e o acesso
igualitário à educação, saúde e segurança, objetivando a consecução da paz
social;
2.
A manifestação da nossa preocupação com os graves problemas vivenciados por
nosso País, especialmente a corrupção que se espalhou de forma endêmica,
deixando a sociedade em estado de perplexidade e tomada por grande sensação de
impotência na reversão de tal quadro;
3.
O sentimento de que o sistema político partidário perdeu sua independência e
não tem dado respostas aos conflitos econômicos, sociais e políticos que estão
lentamente corroendo as bases de sustentação de nossa sociedade, ressaltando-se
o crescimento da inflação e a falta de um projeto nacional de desenvolvimento,
o que resultam na desnacionalização e desindustrialização da atividade
econômica, transformando o país em mero fornecedor mundial de matérias-primas;
4.
Que o crescimento dos índices de criminalidade, capitaneados pelo sistema de
tráfico de drogas, torna os cidadãos reféns do crime, enjaulados em casas,
enquanto os marginais agem livremente;
5.
Que grupos radicais tentam desvirtuar manifestações legítimas mostrando ao
mundo uma imagem distorcida de uma sociedade desestabilizada, em conflito, como
se todo brasileiro concordasse com depredações, agressões ao patrimônio público
e às forças de segurança, em completo desacordo com nossa percepção, nossos princípios
e nossos sentimentos;
Declaramos
que
6.
Os maçons do GOB-PR assumem o compromisso pela manutenção da paz social e por
uma reforma política efetiva, o que exigirá consciência e cuidado de cada um de
seus membros na escolha de nossos representantes nas eleições que se aproximam;
7.
Os maçons do GOB-PR não aceitam mais que a maioria omissa e silenciosa da
sociedade brasileira permaneça apática e indiferente a tudo que está
acontecendo no país, pois a continuar este estado de coisas, estaremos caminhando
para o caos que já tomou conta de alguns dos países latino-americanos;
8.
Os maçons do GOB-PR propugnam o fim da corrupção, o fim da omissão, o fim da
indiferença, a manutenção dos valores e dos princípios de nossos antepassados,
que estão presentes e não se omitirão diante das dificuldades por que passa o
país e estarão vigilantes diante dos próximos momentos político e econômico que
se sucederão para a construção do próximo cenário, mesmo que tenhamos que
reinventar a indignação.
Dado
e traçado no Oriente de Maringá, em 6 de abril de 2014.
Dalmo
Wilson Louzada – Grão-mestre do GOB-PR; Carlos Ronaldo Lalla – V.M. da ARLS
Maringá, nº 3336; José Plínio Silva Filho – Coordenador do XI Congresso
Maçônico.”
*Marcos Coimbra é Professor,
membro do Conselho Diretor do Cebres, titular da Academia Brasileira de Defesa
e autor do livro Brasil Soberano.
mcoimbra@antares.com.br
Fonte: http://www.monitormercantil.com.br/
1 Comentários
Considerando que estamos sobre a égide de um Capitalismo Selvagem e Espropriador que sem ética, moral e diabolicamente, corrói as mentes dos indivíduos, transformando-os em meros consumidores de produtos cada dia mais supérfluos e descartáveis. Achar que as maselas que enfrentamos hoje seja fruto da corrupção, da omissão, da indiferença, e da perda dos valores e dos princípios de nossos antepassados, é não conhecer as culturas e tradições de cada povo. Após a globalização todos esses valores individuais e universais que, sejam das famílias, suas religiões, instituições civis ou políticas, estão apenas vendendo os seus produtos nesse mercado consumidor, inclusive "deus", o produto mais comercializado nos dias atuais.
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