Por Deo Mário Siqueira
Coreto montado
era mote para festa e enxurrada de promessas quase sempre inviáveis ou, pior, inexequíveis.
Mas o povo sempre ali no gargarejo,
afinal, depois vinha sempre show superfaturadamente popular para fazer
apoteótica a promessa de pão para delírio no circo...
Onde foi que erramos? De onde nos veio a
ilusão delirante que garantia uma democracia libertária e ordeira?
Escrevemos torto por linhas retas ou escrevemos reto por linhas tortas?
Lutar em busca de dias melhores e menos plúmbeos foi um erro?
Entendamos essas perguntas como
"abertas" para que se faça franco o diálogo e no fundo do túnel surja a resposta isenta que consiga devolver a certeza de que minha
geração não se expôs em vão, sonhando com um amanhã possível de acontecer
alinhado com perspectivas menos frustrantes e repletas de decepção.
Afinal, ja que da discussão nasce a luz resta-nos continuar entrincheirados
e praticando a arte de ser pássaro Dodo numa pátria pseudo futurista que
abre espaço para heresias do tipo quebrar a noção básica da
invariabilidade do advérbio, por quem deveria estar se ocupando para
honrar e valorizar àqueles que essa regra ensinam e estranhamente impõe o
inverso, apoiado(a) por antes respeitáveis formadores de opinião que para
se eximir escondem-se atrás do neologismo "neologismo",
gramática falada e muitas outras firulas.
Saprófitas e irresponsáveis por
intere$$e$ obscuros, esbaldam-se os veículos de comunicação atropelando a
última flor do lácio via disléxicos e taquararrachadistas cujos revisores
e/ou orientadores com toda a certeza chamam numa boa Jesus de Genésio.
Nem apagar a luz do aeroporto posso
sugerir ao último a sair: o acendimento é automático, como convém aos
preguiçosos de plantão.
Aos aqueles, quero antecipar que a
sinonímia, retóricas e concordância empregadas nestes alfarrábios o
foram deliberadamente.
Amplexos a todos
e sejam parcimoniosos na crítica...
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