Divaldo Franco "Semeador de Estrelas"


Por Barbosa Nunes
Barbosa Nunes
Mais uma vez fui premiado em ouvir Divaldo Franco, nascido em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia. Completará 86 anos, em pleno vigor físico, consciência rara e espiritualidade irradiante. É um verdadeiro apóstolo, maior orador espírita de todos os tempos.
Em sua palestra proferida no Centro de Convenções de Goiânia, por ocasião do 29° Congresso Espírita do Estado de Goiás, em que ele se faz presente todos os anos, ao ouvi-lo, tomei-me de uma sensação especial. Parecia-me que ele ligou o piloto automático da sabedoria, da oratória, da bondade, com as palavras fluindo como se fossem notas musicais, vindas de espaços onde existem somente bondade e pureza. 
Na tribuna, muito sereno expressando-se por horas, na mesma linha de equilíbrio, no mesmo tom de voz, sem consulta a apontamentos, sem tropeçar em uma palavra sequer. E ao acompanhá-lo, você caminha pelo mundo através de uma oratória em que há entrelaçamento lógico entre início, meio e fim. Leia mais

65 anos devotados à causa espírita. Em 1943 recebeu diploma de professor primário na Escola Normal Rural, de Feira de Santana. Quando jovem, foi abalado pela morte de seus dois irmãos mais velhos, o que o deixou traumatizado e enfermo. Nessa época, encontrou Ana Ribeiro Borges, que o conduziu à Doutrina Espírita, que o libertou do trauma e trouxe  consolações, tanto para ele, como para toda sua família.
Dedicou-se, então, ao estudo do espiritismo, transferindo residência para Salvador em 1946, onde fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 1947. Sua mentora espiritual é Joanna de Ângelis, que através de suas obras, possibilitou a Divaldo alcançar o reconhecimento não apenas entre os religiosos, espíritas e espiritualistas, mas também em outras linhas de conhecimento, como a psicologia e a parapsicologia, principalmente em função dos livros publicados na “Série Psicológica”, quando trata dos malefícios das fugas da realidade e enfatiza a importância do autoconhecimento e do autoenfrentamento, escrita à luz do pensamento de Alan Kardec e de pesquisadores como Carl Jung.
Como orador, iniciou fazendo palestras em 1947 e hoje é recordista no Brasil e no exterior, sempre atraindo multidões, com sua palavra inspirada e esclarecedora, acerca de diferentes temas sobre os problemas humanos e espirituais.
Nas milhares de publicações expostas na organizada Feira de Livros, disponibilizada pela Federação Espírita do Estado de Goiás, adquiri “Divaldo Franco responde”, organizado por Cláudia Saegusa, “A Jornada Numinosa de Divaldo Franco”, escrito por Sérgio Sinotti, que narra a vida, a obra e o ideário do maior médium e comunicador espírita da atualidade, completando com “Liberta-te do Mal”, este pelo espírito Joanna de Ângelis, em que Divaldo Franco é qualificado como “eminente educador de almas, um dos mais respeitados oradores e médiuns da atualidade”, com homenagens internacionais.
Recebeu o título de Embaixador da Paz no Mundo e Título de Embaixador da Bondade. Centenas de produtos audiovisuais em vários idiomas, mais de 220 livros com mais de 10 milhões de exemplares vendidos. Direitos autorais para instituições filantrópicas, como a Mansão do Caminho, em Salvador. “Fiel mensageiro da palavra de Cristo, mantém intensa atividade de divulgação do Evangelho, superando a marca de 13 mil conferências em mais de 2 mil cidades, de 64 países nos 5 continentes”.
“Joanna de Ângelis, sua mentora espiritual, é autora de importantes obras mediúnicas que abordam temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais, objetivando a autoiluminação do indivíduo.
Além de se tornarem best-seller, as obras de Joanna de Ângelis alcançaram grande reconhecimento entre religiosos, espiritualistas, psicólogos, parapsicólogos e demais estudiosos do comportamento. Sua escrita é bela e profunda, expressão pura do amor evangélico e ensinamento prático para se alcançar alegria, paz e crescimento interior.
Destacam-se dentre suas reencarnações anteriores: Joana de Cusa (uma das mulheres que acompanharam Jesus durante e crucificação), Juana Inês de la Cruz (1651 – 1691), mexicana, sóror, pseudônimo da ilustre letrada Juana Inês de Asbaje Y Ramírez de Santillana e Joana Angélica de Jesus (1761 – 1822), baiana, sóror e depois abadessa que protagonizou o doloroso drama no processo de Independência da Bahia”.
Divaldo Franco tem uma abordagem caracterizada pela beleza da forma e profundidade do conteúdo. Cada palavra dele é sempre uma mensagem musical para despertar simpatia e amizade. Do livro “Liberta-te do Mal”, editora EBM, que indico como fonte abençoada pelos iluminados textos, retiro este:
“Infelizmente, não tem havido lugar na sociedade imediatista para o amor e a paz, para os ideais de enobrecimento e de solidariedade que não encontram espaço na grande mídia, conforme desfrutam a sexolatria, os crimes hediondos e as futilidades rotuladas de condutas ideais.
A família, desagregada, cede lugar a um grupamento de pessoas vinculadas pela consanguinidade e separados pelos sentimentos de amizade e de dever, facultando os desvios para os sites e blogs de convivência virtual que facilitam o intercâmbio doentio e cruel, com psicopatas e atormentados, que se ocultam atrás da tela dos computadores, assim como de outros instrumentos de comunicação do mesmo gênero...
Em consequência, a deserção moral é volumosa e profundamente lamentável, permitindo todos os tipos de condutas desastrosas com graves prejuízos para o indivíduo em si mesmo e para a sociedade em geral”.
Sobre a maçonaria, Ordem que presido em Goiás, em segundo mandato e que pleiteio junto com Marcos José da Silva a vice-presidência a nível nacional, Divaldo Franco que já foi homenageado diversas vezes pelos maçons sobre a instituição assim se expressa:
“A maçonaria é uma instituição filosófica, filantrópica, que tem por base a crença em Deus e por consequência da imortalidade da alma e da solidariedade humana. Das suas reuniões, consagra-se o direito da liberdade e proclama-se a necessidade altruística da fé, objetivando-se, essencialmente, a dignificação da criatura ideal. A maçonaria trabalha seus discípulos lapidando a pedra bruta até tornar uma pedra lisa, trabalhada. Tem como meta fazer que um aprendiz aprimore o caráter, que ele, através do tronco da solidariedade, atenda às viúvas, aos órfãos, aos sofredores, que seja uma pessoa de ideal e que esteja à frente dos momentos dignificantes da humanidade.
A proposta da maçonaria, trabalhando o homem desde os recuados tempos do Mar Morto, em Israel, até a atualidade é a transformação moral do pedreiro, do discípulo que se transforma em mestre. A proposta da maçonaria é da construção de uma nova sociedade através do indivíduo no Landmark 19, em que ele tem o direito de agir, mas não tem o direito de se equivocar, não lhe é permitido o direito de manter uma atitude que não diga dentro dos cânones estabelecidos dentro da Ordem Maçônica Francesa. A proposta da maçonaria é dignificante, é de que a sociedade será feliz porque estamos saindo da treva para a luz, da sombra para a claridade, da meia noite para o amanhecer.” 
A você, que me distingue com sua qualificada leitura, independente de sua simpatia, sugiro, leia pelo menos um livro de Divaldo Franco.

*Barbosa Nunes e Grão-Mestre da Maçonaria Grande Oriente do Estado de Goiás – barbosanunes@terra.com.br.

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