Da Redação
Celebrado anualmente em 16 de novembro, o Dia
Internacional da Tolerância não é apenas uma data no calendário: é um convite —
e hoje, mais do que nunca, uma necessidade urgente. Vivemos em um tempo em que
as diferenças, em vez de servirem de ponte para o diálogo, muitas vezes se
tornam trincheiras que alimentam a intolerância, o preconceito e a indiferença.
Diante desse cenário, refletir sobre o verdadeiro significado de tolerância é
essencial para a saúde das relações humanas e para a construção de sociedades
justas e pacíficas.
Tolerância
é prática, não discurso
Falar sobre tolerância tornou-se comum, mas
vivê-la é um desafio diário. Ela exige mais do que palavras bonitas: demanda
postura, empatia e o compromisso real de enxergar no outro a mesma dignidade
que reivindicamos para nós mesmos.
Desenvolver diálogos honestos — e
verdadeiramente igualitários — implica reconhecer que cada indivíduo carrega
uma história, uma identidade e uma visão de mundo que merecem respeito.
Tolerância não é concordância automática, e
muito menos submissão a ideias contrárias. É, antes, a capacidade de conviver
com a diferença sem transformá-la em ameaça.
A
fronteira necessária: não se tolera o intolerável
Há, porém, um limite ético inegociável.
Tolerar não significa permitir que a dignidade
humana seja violada. Não significa aceitar discursos de ódio, violência,
discriminação ou qualquer forma de ataque aos direitos humanos.
Como já se afirmou tantas vezes ao longo da
história, não se deve tolerar o intolerável.
O respeito deve ser um valor universal. Já a
violência — seja física, verbal, institucional ou simbólica — precisa ser
reconhecida e enfrentada como aquilo que é: uma ameaça à vida em sociedade.
Construir
o futuro exige maturidade moral
Promover a tolerância começa em gestos
pequenos: ouvir antes de reagir, reconhecer o valor das diferenças, abrir
espaço para a expressão do outro. Mas se fortalece na educação, na cultura de
paz e na atuação responsável de todos os setores da sociedade.
A maturidade moral de um povo se mede pela
forma como trata quem pensa diferente — e pela coragem com que defende os
direitos fundamentais quando eles são ameaçados.
Mais
do que um ideal: uma urgência do nosso tempo
O Dia Internacional da Tolerância nos lembra
que coexistir exige esforço contínuo. Exige coragem para dialogar e firmeza
para proteger quem sofre injustiça.
A tolerância é a base da convivência pacífica;
a defesa da dignidade humana é o seu alicerce.
Que essa data nos inspire a cultivar uma
convivência mais humana, mais justa e mais consciente — onde o respeito seja
regra, a empatia seja prática e a dignidade humana seja sempre inegociável.



0 Comentários