Da Redação
A Grande Loja de Cuba vive uma crise sem
precedentes após denúncias de corrupção contra antigos líderes da instituição.
O ex-Grão-Mestre Mario Urquía Carreño e o ex-Grão-Tesoureiro Airam Cervera
Reigosa devolveram 1 milhão de pesos cubanos (CUP) nesta sexta-feira (5), após
acusações de desvio de mais de US$ 40 mil.
A devolução ocorreu na presença de
representantes do Ministério do Interior, do Ministério da Justiça, do Banco
Nacional de Cuba e da própria Grande Loja.
Segundo a imprensa independente Cubanet, os
ex-dirigentes desviaram ao menos 2,1 milhões de pesos por meio de manipulação
de extratos bancários e falsificação de faturas. Há também suspeitas de que
cerca de US$ 19 mil pertencentes ao Asilo Maçônico Nacional tenham
desaparecido.
O atual Grão-Mestre, Mayker Filema Duarte,
afirmou que outros 3 milhões de pesos poderão ser devolvidos nos próximos dias.
Ele destacou que a denúncia apresentada em setembro de 2024 impediu a fuga dos
acusados para o exterior.
Apesar da devolução parcial, a indignação entre
os maçons continua. O escritor e maçom Ángel Santiesteban-Prats questionou por
que os acusados ainda estão em liberdade, criticando o apoio inicial do
Ministério da Justiça.
O escândalo abalou a credibilidade da Maçonaria
cubana e expôs tensões com o governo. Agora, a instituição busca recuperar sua
imagem, reforçar mecanismos de controle financeiro e reafirmar sua autonomia
diante da crise.
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