Líder da Grande Loja Maçônica do
Estado de Mato Grosso alerta sobre a ação de estelionatários especializados em
golpes com o nome da instituição.
Vários internautas pelo Brasil já foram
vítimas do chamado “golpe da Maçonaria virtual”, onde pessoas acabam seduzidas
por propagandas de internet, com a promessa de iniciação e ingresso facilitados
na organização, de forma virtual, vendendo ainda a promessa de crescimento
pessoal, profissional e financeiro.
Todavia, Pedro Calazans,
grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso (GLEMT), afirmou
em entrevista ao podcast Política & Política, do
portal TV Única, que a instituição não faz recrutamento de
membros via internet.
“Não existe maçonaria pela
internet. A maçonaria é feita dentro de templos, a iniciação é física, ela é
feita pessoalmente com o candidato”, destacou.
“Vem se difundindo isso, mas não
passa de Maçonaria ‘fake’”, completou
O grão-mestre destacou ainda que, para o
ingresso na Maçonaria existe uma série de ‘filtros’, que vão desde a indicação
até a investigação social do pretenso candidato.
“Para iniciar na instituição, é
necessário ter, no mínimo, 21 anos e ser indicado por um maçom de um grau
específico. Então, esse maçom indica o candidato, que passa por um processo de
votação, de análise, de investigação da vida pregressa, até chegar a derradeira
fase, que é a iniciação propriamente dita. Ou seja, demanda um bom tempo”, ressaltou o
grão-mestre.
Calazans explica ainda que a instituição
busca formas de combater a desinformação acerca da Maçonaria e a disseminação
da “maçonaria virtual”.
“Não é fácil, porque hoje na
internet as informações se propagam com muita velocidade. Estamos buscando
formas de coibir esse tipo de ação, e a melhor forma é o esclarecimento”, pontuou.
O GOLPE
O golpe teve seu auge em 2022, quando
uma série de vídeos em que supostos mestres maçons convidavam internautas para
fazer parte da “ordem maçônica”.
Entretanto, a adesão só era feita mediante
o depósito de uma certa quantia em dinheiro.
O golpe, inclusive, virou caso de
polícia naquele ano, na cidade do Rio de Janeiro, onde um grupo de pessoas
foram vítimas de falsos maçons, sendo atraídas pela internet com a falsa
promessa de lucrar muito em aplicações financeiras.
Em um dos casos, uma das vítimas chegou
a depositar a soma de R$ 90 mil para os golpistas.
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