Considerado por alguns um símbolo da
onisciência divina e para outros uma influência sinistra, o olho da providência
ou olho que tudo vê, como também é conhecido, é sem duvida um dos símbolos mais
poderosos e utilizados do mundo. Entretanto, embora possua uma representação
simples, devemos conhecer quais são os significados e história associados a
este símbolo.
Acredita-se que o olho que tudo vê, nasceu há
milhares de anos e se dispersou entre as antigas culturas, embora em quase
todas elas com um significado semelhante, evocando uma força ou deidade
vigilante que nos protege e ajuda; ou uma clara alusão ao despertar do espírito
humano.
Não obstante, uma das primeiras referências
conhecidas deste símbolo aparece no Rigveda, um dos mais antigos textos da humanidade,
que data do ano 3000 antes de Cristo. Nele se faz referência a deidades
oculares como Shiva, deus hindu que possui um terceiro olho no meio da
testa em representação do conhecimento ilimitado, que ao se abrir, é capaz de
destruir o mal. O terceiro olho também é relacionado com o despertar espiritual
das pessoas
Conforme a cultura egípcia, sua origem é
atribuída ao mito do olho de Hórus, o qual relata que depois de
batalhar com o deus Seth, este haveria recebido um olho com poderes mágicos,
com o que reviveria a seu pai, Osíris, se convertendo assim em um
símbolo de vida e ressurreição. Embora uma interpretação mais atual, sugere que
o olho de Hórus representa um mapa da certeza cerebral, onde representa o
tálamo, a glândula pituitária e pineal. Esta última conhecida como o centro da
consciência divina.
No oriente médio este símbolo pode
encontrar-se na forma de uma mão, normalmente direita com um olho em
seu interior, que é conhecida como Hamsa. Um talismã que protege do
mau-olhado, cuja origem se encontra em outro símbolo da proteção divina, a mão
da deusa Ishtar.
Para o cristianismo, o olho da
providência data do século XVI e se compõe de um olho dentro de um triângulo,
rodeado por raios de luz brilhantes. Figura geométrica que representa
a Santíssima Trindade que em seu conjunto significa a omnipresença de Deus e
sua observação constante da criação.
Do mesmo modo, embora não começou a ser usado
desde 1797, este símbolo se tornou em um dos mais usados dentro da
Maçonaria, onde por sua similitude com a letra grega delta, se conhece como
delta luminoso e representa ao grande arquiteto do universo.
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