Por Pierre Mollier - Tradução José Filardo
Com as duas décadas que precederam a
Revolução e a Terceira República, o Império foi, sem dúvida, uma época de ouro
para a Maçonaria. O Grande Oriente reunia 300 Lojas em 1804, mais de 600 em
1808 e 1200 nos 130 departamentos franceses do Grande Império no início de
1812! Além disso, com Cambacérès, Murat, Masséna, Lacépède, Kellerman, Lannes,
Regnault de Saint-Jean d’Angely, etc. a direção da obediência quase se confunde
com o governo de Napoleão.
No entanto, esta presença maçônica maciça no
Primeiro Império foi muitas vezes subestimada. Por muito tempo, os
historiadores maçônicos ou aqueles do Primeiro Império queriam ver apenas um
fenômeno superficial, sem significado real. Ou eles apresentavam a Maçonaria
imperial como a fantasia de uma burguesia que finalmente surgira sem grande
importância política, e citavam esta frase de Napoleão, provavelmente apócrifa,
ironizando sobre a chanceler presidindo os banquetes maçônicos com a mesma
seriedade que as sessões do Conselho de Estado. Ou eles pintavam o retrato de
uma Maçonaria rigidamente controlada pela temível polícia de Fouché e o período
napoleônico representava então na história santa da República, apenas os anos
em que a mola se comprimia na aurora do século das Revoluções.
De fato, os historiadores são também cidadãos
com a sua sensibilidade política e a prosperidade insolente da Maçonaria
imperial incomodava a todos: os maçons de uma Terceira República, que foi
construída contra Napoleão III, mas também os apologistas do império que tinham
finalmente se reunido em um campo conservador marcado pelo antimaçonismo. Se as
lojas se engajaram com prazer na pompa do aparato “Império”, e se, naturalmente,
a polícia mantivesse um olho neles – como toda a sociedade! – estas categorias
interpretativas pareciam, no entanto, redutoras e simplistas. Quando se tenta
estudar objetivamente o lugar da Maçonaria sob o Império, descobrimos que as
Lojas estão no coração do regime napoleônico.
Pai proteja-se à direita; Pai
proteja-se à esquerda
Em 1799, o burguês do Iluminismo que fez a
Revolução se reúne sem escrúpulos ao general Bonaparte. O Primeiro Cônsul e
depois Imperador lhe aparece como garante das conquistas de 1789 sobre os
planos jurídico e econômico. Napoleão é um baluarte, tanto contra o retorno dos
Bourbons, do “partido padre” e dos Emigrados – que ameaçam o enriquecimento
devido à venda dos “patrimônio público” – mas também contra os excessos de 1793
e a pressão das classes populares. Como o filho de Jean, le Bon, a burguesia
implora ao Imperador: “Pai, proteja-se à direita; Pai proteja-se à esquerda. ”
As classes médias que enchiam as Lojas na década de 1780 recomeçam a praticar a
maçonaria a partir de 1800-1802. A partir de 1805, o Grande Oriente testemunha
um crescimento considerável. Nos departamentos, a Maçonaria reúne a elite
administrativa e a burguesia local. Não é incomum vê-las presididas pelo
prefeito do departamento, assistido pelo diretor geral de finanças e pelo
presidente do tribunal! Muitas vezes, estes são, de fato, o Venerável, o
Primeiro e o Segundo Vigilantes da Loja da capital, a maior parte do efetivo é
constituída por funcionários e comerciantes, empresários, juristas… O ministro
de Assuntos Religiosos, Irmão Portalis, descreve claramente a situação: “Foi
infinitamente sábio dirigir as sociedades maçônicas, uma vez que não as
poderíamos proibir. O verdadeiro caminho para impedi-las de degenerar em
assembleias ilegais e desastrosas era dar-lhes uma proteção tácita, deixando
que fossem presididas pelos primeiros dignitários do Estado … “Assim, Joseph
Bonaparte, irmão do imperador iniciado em 1793, tornou-se Grão-Mestre do Grande
Oriente. Mas ele deixa muito rapidamente a França para assumir os tronos das
Duas Sicílias e depois da Espanha. A direção da obediência é então assumida por
Cambacérès, eleito e depois instalado como Primeiro Grão-Mestre Adjunto em
1805. Velho maçom experiente – ele fora iniciado em 1773, com a idade de 20
anos – o Primeiro-ministro de Napoleão assume sua tarefa com convicção e boa
vontade. Entre 1805 e 1813, participou pessoalmente de São João de Inverno e
São João de Verão, que são, então, as assembleias gerais da obediência. Ele
segue de perto os negócios maçônicos e é especialmente ele aquele que, a pedido
de Napoleão, organiza a integração da nova e efêmera Grande Loja Geral Escocesa
e seu Supremo Conselho no Grande Oriente.
Dos grandes do Império até os
auxiliares de escritório
Este lugar importante das lojas no seio do
Primeiro Império não é uma descoberta dos historiadores. Os contemporâneos
tinham muito bem percebido, conforme mostra, entre outros, dois testemunhos.
Depoimentos muito mais interessante que trazem um olhar critico que não emanava
de Maçons convencidos. Jovem sueco instalado em Paris, o cavaleiro d’Harmensen
escreve com humor em 1806: “Tudo é moda em Paris, desde as borlas até a Maç
\[…]. As lojas são assim abertas; as grandes personagens trouxeram dali placas
e cordões que receberam de todos os países, e nessa confusão de condecorações
(porque elas não faltam aos maçons de Paris) é difícil distinguir o que é civil
destes penduricalhos aos quais os senhores servidores do Grande Oriente
atribuem um preço tão alto. Logo só ouvimos falar que Maç\ e depois os grandes
do Império até os auxiliares de escritório, todos se precipitaram em massa nas
lojas”. Quanto ao Irmão Massé de Cormeilles, ele pertencia a uma das Lojas mais
próximas de Cambacérès e do poder – Saint- Alexandre d’Ecosse – uma vez
extintos os fogos da festa imperial, ele relatou: Com frequência, as lojas
recebiam pessoas que ali não deviam admitidas, muitas vezes ouvíamos coisas que
ali não deviam ser ditas: os grandes recebiam o incenso da adulação; a polidez
havia tomado o lugar da franqueza, muitos vinham para ver e serem vistos, os
templos eram um local de encontro e a maçonaria um meio de ali estar, havia ali
multidões, mas os maçons eram raros”. Entre 1804 e 1814, a Maçonaria constitui
uma rede que cobre todo o território. Em cidades grandes, médias ou pequenas,
as Lojas reuniam a elite da classe média em torno dos quadros do regime. O
Grande Oriente organiza um circuito de informação e de contatos contínuos entre
Paris e as províncias. Do centro para a periferia, todos os meses ele envia circulares
às oficinas. Além das questões de administração maçônicas, eles podem descobrir
quantos grandes nomes do regime estão presentes na obediência. Da periferia
para o centro, as assembleias do Grande Oriente permitem aos delegados das
Lojas – muitas vezes um Irmão do Oriente vivendo em Paris – de informar a
Paris, os sentimentos dessas “massas de granito” – como Napoleão os tinha
designado – que são os mais seguros sustentáculos do Império.
Sob o Primeiro Império, a Maçonaria
“equivalia a um partido bonapartista”, analisa Jacques-Olivier Boudon. Na
atmosfera venenosa que segue ao complô de Malet e quando o Grande Exército
conhece suas primeiras derrotas, Cambacérès não hesitará – nem uma vez! – em
passar do implícito ao explícito e declarar em plena assembleia do Grande
Oriente: “Se o Estado estivesse em perigo, eu chamaria ao meu lado todos os
filhos da viúva; e com este batalhão sagrado, marchando contra os facciosos, eu
provaria ao mundo inteiro que o Imperador não tem súditos mais leais que os maçons
franceses”. Depois da Revolução, toda uma parte da burguesia, seduzida pelo
Iluminismo e os princípios do liberalismo filosófico, não podia mais ser
integrada no sistema político através do catolicismo restabelecido pela
Concordata. As Lojas, então, substituem as paróquias para inserir a burguesia
Voltairiana no estado napoleônico.
Maçons e membros do Governo Imperial
Quase todos os dignitários do Império eram
maçons. Para alguns, como Cambacérès, Junot Lacepède, MacDonald, Masséna,
Regnault de Saint Jean d’Angely, Ségur … este compromisso era até mesmo um
elemento de formação em sua juventude. Amizades, sensibilidades informais
dentro do governo, são parcialmente explicadas por uma frequentação comum de
Lojas antes da Revolução, quando estes futuros quadros do Império ainda eram
apenas jovens que procuram seu caminho na sociedade do Ancien Regime. Um rápido
olhar sobre o anuário do Grande Oriente de França entre 1804 e 1815 é
suficiente para ilustrar estas ligações estreitas entre o regime napoleônico e
a Maçonaria. É difícil encontrar quais membros do governo imperial, não
pertenciam paralelamente ao estado-maior maçônico
Quadro Geral de Oficiais do Grande Oriente de
França
GG Pers Dignitaires (extratos)
Grão-Mestre:
S.M. Joseph Napoléon, rei de Nápoles, e da
Sicília, Grande Eleitor do Império.
Grão-mestres Adjuntos
Sua A.S. o príncipe Cambacérès,
Arquichanceler do Império, Grande Cordão da Legião de Honra, Grã-Cruz das
Ordens da Águia Negra e da Águia Vermelha da Prússia.
Sua A.S o príncipe Murat, Grão-Duque de Berg,
Grande Almirante da França.
Grande Administrador Geral
O T R F Kellermann, Senador, Marechal do
Império, Membro do Grande Conselho da Legião de Honra e Cavaleiro das Ordens do
Rei de Württemberg.
Grandes Conservadores Gerais
Os MM RR II Masséna, Marechal do Império, G
Cordon Grande Oficial da Legião de Honra. N … Grande Representante do
Grão-Mestre, O T R F Valence, Senador, General de Divisão, um dos comandantes
da Legião de Honra, Presidente do Colégio Eleitoral do departamento de Marne, e
do cantão de Vesy.
Grande Loja de Administração
Grandes Administradores
Os RF De Lacépède, Senador, Grande Chanceler
e Grande Cordão da Legião de Honra. Gantheaume, Conselheiro de Estado,
Vice-Almirante da França, o Grande Cordão da Legião de Honra. Lannes, Marechal
do Império, G. Off. da Legião de Honra.
Grandes Conservadores
Muraire, Conselheiro de Estado, Primeiro
Presidente do Supremo Tribunal, G. Off. da Legião de Honra. Maret, Ministro e
Secretário de Estado. Simeon, conselheiro de Estado, um dos Comandantes
da Legião de Honra
(…)
Mas também encontramos Miot e Clemente de Ris
Na Grande Loja Simbólica:
Choiseul-Praslin, Beurnonville, MacDonald,
Fouché, Mareschalchi Beauharnais, Augereau, Jaucourt, Lefevre, Luynes …
No Grande Capítulo :
Serrurier, Brune, Regnier, Perignon, Soult,
Chaptal, La Tour d’Auvergne, Laplace, Regnault de St. Jean d’Angely, Ysembourg,
Chasset, Fabre de l’Aude …
Ideias e Cultura na Maçonaria Imperial
Ao contrário do que se costuma afirmar, a
Maçonaria napoleônica não se limitou ao esplendor de ritos e pompa do império.
Alguns círculos maçônicos tiveram uma verdadeira atividade intelectual e de
pesquisa. Assim, na continuação da Revolução, os maçons desempenharam um grande
papel nos primórdios da proteção ao patrimônio cultural. Foi, aliás, o irmão
Aubin Millin que criou a ideia de “monumentos históricos”. Em Paris, Alexandre
Lenoir desenvolveu o seu Museu de Monumentos Franceses, Denon e Lavallée
implementam o Museu do Louvre. Em Toulouse, Alexandre Dumège preserva os
“monumentos góticos” da região do apetite dos comerciantes de materiais e reúne
as primeiras coleções arqueológicas. O grande lugar da reflexão maçônica é a
Academia Celta que – ao lado de concepções celtomaníacas pitorescas, mas
marginais de alguns de seus membros – configurará todos os fundamentos da
etnologia francesa com o grande levantamento 1806 sobre a vida no campo. Além
disso, desde que se procure um pouco, encontram-se trabalhos muito
interessantes em certas oficinas, como as coleções Teosóficas concebidas por
François-Nicolas Natal na Loja Le Creuset Moral de Orleans ou as sessões de
instrução maçônicas organizadas pelo grande filósofo Maine de Biran na Loja de
Bergerac.
Joseph Fouché, “o olho que tudo vê”
Talvez não seja por razões exclusivamente
maçônicas que Joseph Fouché foi nomeado Oficial do Grande Oriente da França em
05 de dezembro de 1804 … e permanece até 1814. Ministro da Polícia, durante 6
meses ele tem assim um olho sobre um ambiente onde os quadros do novo regime
são numerosos, mas onde ainda se tolera, a coberto, opiniões as mais
relutantes. Ele permanece nas lojas de republicanos não realmente convencidos
pelo imperador e alguns monarquistas, tantas razões para restar atento a uma
Maçonaria que assume um papel importante no funcionamento do Império,
especialmente nas províncias. Golpe de sorte, o ex-seminarista também é também
um velho Maçom. Ele fora iniciado alguns meses antes da Revolução, em 1788, na
loja Sophie Madeleine Reine de Suède, em Arras, quando ele era professor ali,
no colégio do Oratório. Na esteira da Maçonaria depois do Terror, ele se filiou
à Loja de Melun Les Citoyens Unis … que se torna sob o Império Les Coeurs Unis
de que permaneceu um membro até a queda de Napoleão.
A Maçonaria – Auxiliar da Europa
Imperial
Seja na Itália, na Holanda, na Westphalia ou
na Espanha, a Maçonaria desempenha um grande papel nos diferentes “regimes
franceses”. Ela reúne a elite da burguesia nacional e liberal sobre a qual
queriam se apoiar os novos reinos e os associa aos quadros franceses vindos de
Paris. No plano político, as lojas manifestariam apoio incondicional a Joseph-Napoleon,
Louis-Napoleon, Joachim-Napoleon e Jerome-Napoleon. Mas, paralelamente, no
plano filosófico, elas contribuiriam para difundir as ideias do Iluminismo
nessas regiões. Por exemplo, pela primeira vez na Alemanha, eles acolheram
judeus em suas fileiras. Após a queda de Napoleão e seus irmãos, a Maçonaria
foi meio proibida por toda a Europa como abrigos de ativismo liberal.
O Rito Escocês Antigo e Aceito em
Majestade
A idade do ouro da Maçonaria, o Império é
também um período de esplendor para os altos graus. A partir de 1800, as
Capítulos Rosa Cruz se multiplicaram. O sistema de “quatro Ordens” definido
pelo Grande Oriente pouco antes da Revolução é globalmente bem aceito. No
entanto, alguns Irmãos lamentam os graus que não foram retidos pela reforma do
Grande Capítulo e particularmente aqueles “além do Rosacruz”. Isto é, sem
dúvida, o que explica o sucesso do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e
Aceito. Este retoma uma antiga escala de altos graus clássica fixada na França
na década de 1760. Depois de um desvio pelos Estados Unidos, onde este “Rito de
Perfeição” em 25 graus foi aumentado em alguns graus – para chegar a 33 – e
dotado de uma estrutura piramidal, ele se implanta em Paris em 1804. Os Irmãos,
portanto, poderiam voltar a praticar os graus de Grande Escocês de Santo André
da Escócia, Cavaleiro do Sol ou Cavaleiro Kadosh. O Rito Escocês Antigo e
Aceito é provavelmente o rito maçônico que foi mais marcado pelo espírito do
Império e é o que mais floresceu em sua pompa. Herdeiro dessa Maçonaria
escocesa do Sul na qual se banhara Cambacérès em sua juventude, ele será
beneficiado com os favores do arqui-chanceler. Um documento raro e valioso
recentemente encontrado nos permite levantar o véu e ser quase testemunhas
diretas de um dos grandes eventos maçônicos do Império: a instalação de
Cambacérès como Grande Comandante do “Supremo Conselho do grau 33 na França”.
Eis-nos no coração da Maçonaria do Império!
Em sua reunião do 8° dia do 5º mês de 5806 (8
de julho de 1806):
O Supremo Conselho foi aberto sob a
presidência pro tempore do Ill Soberano Inspetor Geral, Marechal do Império,
Kellermann.
A sessão especial deste dia tem por
objetivo apresentar a Sua Alteza Sereníssima, o Príncipe Cambacérès a
deliberação que o eleva ao grau de Soberano \Grande Comandante, e receber
sua aceitação e seu compromisso.
Os trab.’. foram suspensos e
transportados ao Palácio de S.A.S.
A delegação foi apresentada a Sua
Alteza Sereníssima pelo T.’. Ill Inspetor Geral Tenente Grande Comendador,
General Valence.
Os membros da delegação são os III
Soberanos Grandes Inspetores Ger. O Marechal do Império Kellermann; Presidente
de Lacépède; D’Ales Anduze; Renier, do antigo colégio do Doge de Veneza; Pyron,
secretário do Sacro Império
O presidente da delegação prestou conta
de toda a sua atividade e submeteu à Sua Alteza Sereníssima o ato de sua
elevação à suprema dignidade de T\ Poderoso Soberano Grande Comendador.
O secretário do Sacro Império fez a
Sua Alteza Sereníssima a apresentação do grau e das supremas funções às quais
ele foi chamado para que ele conhecesse a extensão dos compromissos que iria
assumir.
Sua Alteza Sereníssima tendo aceitado,
o presidente da delegação conferiu-lhe o grau, as palavras, sinais e toques,
proclamou-o T\ Poderoso
Sob\Grande Comandante.
5806.
Alteza Sereníssima estabeleceu o dia de sua instalação no
13 dia do 6º mês de 5806.
5807.
O T III Inspetor Tenente Grande
Comandante E os membros da delegação renovaram entre as mãos do Todo-Poderoso
Sob \Grande Comandante seus juramentos de fidelidade à Sua Majestade o
Imperador e Rei.
O T.’. Poderoso Sob.’. Grande
Comandante encerrou o Conselho da maneira costumeira.
[Assinado:] Cambacérès, Lacépède,
Valence, Kellermann Renier, D’Ales d’A, Pyron”.
Assim, em 13 de agosto de 1806:
O Supremo Conselho foi aberto pelo
T.’. Ill T F Thory, Tesoureiro Geral do Sacro Império. O T Ill T F Pyron
exercendo as funções de Secretário-Geral do Sacro Império. O T Ill F Hacquet
exercendo a de Grande Mestre de Cerimônias. E o Soberano Grande Inspetor Geral
Lecourt-Villière.
O Capitão dos Guardas anunciou a
chegada dos Mui Ilustre Inspetor Tenente Grande Comandante e a de S.A.S. o Mui
Poderoso Soberano Grande Comandante
O T III Inspetor Tenente Grande
Comandante, General Valence foi conduzido ao trono com todas as honras devidas
à sua alta dignidade, o Ill Presidente pro-tempore lhe entregou a espada com
que estava armado.
S.A.S. o Príncipe Cambacérès Mui
Poderoso Soberano Grande Comandante foi então conduzido ao trono e colocado sob
o dossel destinado a seu supremo poder. O T Ill Inspetor Tenente Grande
Comandante apresentou-lhe a espada com que estava armado. O Mui Poderoso
Soberano Comandante estando sentado em seu trono soberano, fez sentar-se à sua
direita o T Ill Inspetor tenente Grande Comandante, e à sua esquerda o Ill
Soberano Grande Inspetor Geral Marechal Kellermann Soberano dos Soberanos do
Soberano Grande Consistório da França dos Subl.’. Príncipes do Real Segredo…”
Cinquenta e seis irmãos assistiram a
esse importante evento maçônico importante, entre os quais D’Aigrefeuille,
Bacon de la Chevalerie, Lacépède, Perignon, Mareschalchi, Roettiers de
Montaleau e Muraire.
0 Comentários