Por Barbosa Nunes (*)
Antes
de enfocar o tema deste artigo 324, preciso agradecer. Agradecer aos irmãos
maçons das Lojas “União e Liberdade”, de Ribeirão Preto, “20 de Agosto”, “22 de
Fevereiro”, “Independência III”, de Franca, “Pureza, Verdade e Luz”, também de
Ribeirão Preto, “Fides Et Labor”, de Sertãozinho e Loja “Líbero Badaró”, de
Taquaritinga, que me receberam carinhosamente e para eles me expus com os meus
compromissos maçônicos e deles recebi inúmeras sugestões, através de perguntas
e questionamentos, o que me enriqueceu no conhecimento que adquiro sobre as
mais diversas regiões maçônicas. Sou grato aos irmãos Sinval Danielle, Julio
Cesar Ribeiro - Julinho, Rogério Antônio Pereira, Iracildo Gonçalves do
Nascimento e José Humberto Fagionato, que estiveram comigo em todos os momentos
pela caminhada que fiz pela região de Ribeirão Preto, de 24 a 28 de abril.
Recebi
do Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil – Goiás e Conselheiro
Federal da Potência, José Ricardo Roquette, um texto que tem circulado intensivamente
pelas redes sociais. Autoria da psicopedagoga Cassiana Tardivo, intitulado
“Filhos do quarto”.
De
imediato, veio-me à mente um chamamento criminoso dirigido aos jovens para
participar do jogo “baleia azul”, nascido na Rússia e que se alastra pelo mundo
atraindo jovens tristes, jovens isolados da família e jovens em momento de
fraqueza e abandono espiritual. São convidados para uma série de 50 desafios,
cujo objetivo final do jogador é acabar com a própria vida. O jogo da “baleia
azul”, existe apenas nas redes sociais, com estímulo forte, registrando o
número do telefone, possibilitando uma interação com os chamados curadores, que
comandam o desafio e para quem as fotos das tarefas devem ser mandadas.
Há
desde tarefas simples, como desenhar uma “baleia azul” numa folha de papel até
outras muito mais mórbidas como cortar os lábios, furar a palma da mão diversas
vezes, desenhar uma “baleia azul” em seu antebraço com uma lâmina e como
desafio final, o jogador deve se matar.
Seu
filho muito perto de você, no seu quarto dividido apenas por uma parede, pode
estar com a “baleia azul” dentro de sua casa, pois ele está com o fone no
ouvido, o computador aberto e o celular ligado, em profundo silêncio, dando a
impressão de que tudo vai muito bem. Ele pode estar jogando o “jogo da baleia
azul”.
Reproduzo
na integralidade o enfoque de Cassiana Tardivo, que é um alerta a todos os
pais, para que com amor, amizade e vivendo a vida com seus filhos, evitem que a
“baleia azul” seja companheira deles. Solicito que possamos levar aos corações
mais distantes que nos acompanham semanalmente aqui no Diário da Manhã, de
Goiás, pelo Caderno Opinião Pública, o maior número de vezes possíveis do
compartilhamento deste artigo.
FILHOS DO QUARTO
“Antes
perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares, Hoje temos perdido eles dentro
do quarto! Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas
fantasias e ao ouvi-los, mesmo à distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.
Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos
em suas mãos. Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e
fantasias. As crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos
estarem em segurança. Quanta imaturidade a nossa.
Agora
ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus
saberes sem que saibamos o que é… Perdem literalmente a vida, ainda vivos em
corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo
global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada
contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões
moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.
Dentro
de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que
pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar… Se tornam uma
mistura de tudo aquilo pelo qual eles têm sido influenciados e pais nem sempre
já sabem o que seus filhos são.
Você
hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos. Pode enxergar nele
verdades e refletir. Tudo isso será excelente. Mas como Psicopedagoga tenho
visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço
você um convite e, por favor aceite! Convido você a tirar seu filho do quarto,
do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar
jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2
dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).
E
jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a
grandes oportunidades de tê-los vivos, “dando trabalho” e que eles aprendam a
viver em família, se sintam pertencentes no lar para que não precisem se
aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco
de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal!”
(*) Barbosa
Nunes, advogado, ex--radialista, membro da AGI, delegado de polícia
aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br
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