Por Barbosa Nunes (*)
Terra querida, adoçada pelo líquido mais saboroso do mundo. Cajuína.
Bebida específica do Piauí. Preparada a partir do suco de caju de maneira
artesanal, cor amarelo-âmbar, resultante da caramelização dos açúcares naturais do suco.
Foi inventada em 1900 pelo farmacêutico Rodolfo Teófilo, que
pretendia com ela combater o alcoolismo. Adotada como símbolo cultural da cidade de Teresina é considerada Patrimônio Cultural do
Estado do Piauí.Já foi cantada por Caetano Veloso.
Ariano Suassuna, dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras, falecido em
2014, ao estar em Teresina, a experimentou e com largo sorriso, assim se
expressou: “Aqui no Piauí ninguém deve tomar refrigerante, pois a Cajuína é
divina!”
“Piauí, terra querida, Filha do Sol do Equador, Pertencem-te
a nossa vida, Nosso sonho, nosso amor! As águas do Parnaíba, Rio abaixo, rio
arriba, Espalham pelo sertão, E levam pelas quebradas, Pelas várzeas e chapadas,
Teu canto de exaltação.” Assim diz o refrão do Hino do Estado do Piauí, onde há vestígios da presença do homem
que datam de há até 50 mil anos. Estes estão presentes no Parque Nacional da Serra da Capivara, na Serra das Confusões e em Sete Cidades. O Parque Nacional da Serra da Capivara é, sem dúvida, o mais
importante. Lá, foram encontradas a cerâmica mais velha da América, um bloco de
tinta de 10 mil anos, fósseis humanos e animais, pinturas rupestres e
outros artefatos antigos.
“Maçons, alerta! Tende firmeza! Vingai
direitos, Da natureza!”, Hino da Maçonaria, letra e música atribuídas a D Pedro
I.
Agora, faço a conexão a que me
refiro no titulo deste artigo, para afirmar que o Grande Oriente do
Brasil-Piaui, fundado há 47 anos, construiu uma história social e combatente,
encontrando-se em atividade dinâmica, contagiante e harmonizadora, do jovem
Grão-Mestre José Antônio Dias Soares Silva, que ao lado de sua esposa, Sylmara
Leite Bento Dias, Presidente da Fraternidade Feminina Estadual, lidera a
instituição em crescimento e de grande crédito.
Pela 10ª vez, estive nos dias 20 e
21 de janeiro, na abertura do ano maçônico 2017. Cheguei acompanhado do
Presidente da Assembleia Federal, Múcio Bonifácio, do ex-Presidente,
Arquiariano Bites Leão, do Grão-Mestre do GOB-RJ, Édimo Muniz Pinho, Grão-Mestre
Honorário do Pará, Waldemar Chaves Coelho e do deputado federal do Rio de
Janeiro, Ricardo Carvalho. Fui recebido com a alegria de sempre e nos juntamos
aos Grão-Mestres Estaduais que lá se encontravam. Antônio Passos, Mato Grosso;
Raimundo Nonato Francisco Coelho, Roraima; Benedito Ballouk, São Paulo; Roberto
Araujo, Ceará; representações de vários estados e irmãos e cunhadas das 55
Lojas do estado.
O Grão-Mestrado do Piauí assumiu
com todo empenho a realização do 16° Irmanar, iniciativa da Assembléia Federal
do Grande Oriente do Brasil, mobilizando irmãos, cunhadas e sobrinhos. De
início, abertura feita pelo Grão-Mestre Estadual, José Antônio, seguindo-se o
detalhamento dos objetivos do Irmanar pelos irmãos Múcio Bonifácio e Ricardo
Carvalho.
Grupos diversos foram formados com
debates e conclusões sobre o mundo de hoje, política, crescimento do GOB,
fraternidades femininas, APJ e Ordem DeMolay, com os relatores apresentando
suas conclusões ao final do evento que foi muito elogiado pelos presentes e
pelos Grão-Mestres Estaduais.
Várias homenagens. Um agradecimento
especial à Bancada Federal, que tem como coordenador Odimilson Alves Pereira,
que me concedeu um certificado de “Moção de Reconhecimento”, também com um
diploma do Projeto Irmanar, também com agradecimento especial, passei a ser
Grão-Mestre Honorário do Grande Oriente do Brasil-Piauí, em belo diploma em
pasta de folha de buriti, assinado pelo Grão-Mestre Estadual.
A abertura do ano maçônico 2017,
levou ao Eldorado Country Clube, mais de 1200 pessoas, formando-se uma mesa
composta pelo Grão-Mestre Estadual, por mim, e pelos irmãos Noé de Holanda,
Benedito Ballouk, Marcelo Bonfim, Alfredo Nunes, Francisco José e a Presidente
da Fraternidade Feminina Estadual, Sylmara Leite Bento Dias.
Prêmios e condecorações, inclusive,
as do Concurso Literário. Tive a oportunidade muito honrosa de manifestar e
dirigir-me aos presentes, enaltecendo o saudoso irmão Antônio Odeon Batista,
patrono do 16° Irmanar, o Grão-Mestre Estadual, José Antônio Dias, o Grão-Mestre
Honorário, Francisco José, todas as cunhadas e sobrinhos.
O Irmão Dias e a cunhada Sylmara
foram os anfitriões e a parte musical e de sadia animação foi conduzida até o
raiar do dia pela banda regional “Xenhenhém”.
Saúdo toda a comunidade maçônica do
Piauí, terra muito querida por mim, que sou divulgador, propagandista e
consumidor da Cajuína.
Já ao avançar da madrugada, por
volta de 2 horas da manhã, por Francisco José e cunhada Sônia Barbosa, Múcio
Bonifácio e eu, fomos conduzidos ao aeroporto, para o retorno às 4 horas.
A você, meu Piauí muito querido,
que em breve voltarei a vê-lo, dedico a conclusão deste artigo com um trecho do
poema da Decoradora, Designer de Interiores e Consultora de Etiqueta Social,
Haydee Ferreira, em sua homenagem.
“Você sabe o que o Piauí tem? Tem
boi, maninha, é só mandar buscar. Tem muita cajuína, que dá para exportar.
Muitos perguntam: O Piauí existe?
Eu afirmei em versos: O Piauí é uma
Nação que existe, resiste e persiste. Só não falei direitinho das riquezas que
o Piauí tem. São riquezas naturais, de encantar os olhos. A Serra da Capivara,
dos nossos ancestrais. A bela Sete Cidades, que nas pedras conta história. Tem
Cachoeira do Urubu, de nossa Esperantina. Delta do Parnaíba, de beleza universal
e praias de encantos mil. É Piauí- Brasil. Piauí de gente boa, gente que faz
história, que produz na pedra, na força e na lata, por isso com maior valor. Piauí
de grandes mulheres, Pioneiras e guerreiras.”
(*) Barbosa
Nunes, advogado, ex--radialista, membro da AGI, delegado de polícia
aposentado, professor e Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do
Brasil
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