Por Barbosa Nunes
Em 16 de novembro de 2014, escrevi o artigo intitulado: “ATÉ QUANDO, MEU
DEUS?” e o iniciei assim: ”Meu pensamento encontra-se em remoinho, movimento
causado pelo cruzamento de ondas e ventos contrários. Circular e forte, se
processa em espiral, como rajadas, pé de vento e tufão, causando-me sofrido
questionamento. Não estou conseguindo mais saber o que é normal ou regular. Até
quando, meu Deus?
Encontramo-nos em decepção pelos acontecimentos desonestos que fazem
parte da rotina diária dos noticiários.
Rotina que continuou, aprofundou e tráz cada vez mais um lamaçal de práticas desonestas. Mas não posso
desanimar, e peço aos amigos dos encontros semanais, que também não desanimem.
O Brasil é grande. O Brasil é maior e há de resistir e em águas limpas surgir
com a grandeza do seu povo.
Quero agradecer pela família amiga e fraterna que formamos neste espaço,
o único da imprensa mundial, proporcionado pelo Diário da Manhã, a qualquer
membro da comunidade brasileira. Desejo que o ano de 2017 possa ser um pouco
melhor que o sofrido 2016.
E
pesquisando, encontrei um bálsamo que nos oferece a possibilidade de caminhar
mais forte, mais corajoso pelas estradas da vida. Este bálsamo é a poesia de
Cora Coralina, intitulada O QUE É VIVER BEM
“Eu não tenho medo dos anos e não penso em
velhice.E digo prá você, não pense.Nunca diga estou envelhecendo ou estou
ficando velha.Eu não digo. Eu não digo que estou ouvindo pouco.É claro que
quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro
sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as
dificuldades da vida. O melhor roteiro é ler e praticar o que lê. O bom é
produzir sempre e não dormir de dia.
Também não
diga prá você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo
que estou doente, digo sempre: estou ótima. Eu não digo nunca que estou
cansada. Nada de palavra negativa. Quanto mais você diz estar ficando cansada e
esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os
outros.
Então
silêncio! Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que
trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha
que eu sou?
Tenho
consciência de ser autêntica.
Procuro
superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos
e determina os fortes.
O
importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso,
com esperança.
Penso no
que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada
dia melhor, pois bondade também se aprende.”
Então, a
luta continua em favor da moralidade.
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