Por Vitor Manuel Adrião
Bom
dia, Exm.º Sr. e Venerável Irmão.
Confesso
ter hesitado bastante em responder à sua carta e respectivo anexo boletim
de política controversa por esse senhor … afiliado em uma organização
brasileira dita espiritualista, sobretudo com as dores que me devoram na zona
dos rins desde que anteontem – Sábado de Aleluia – entrei no Santuário Akdorge
de Portugal e, ao agachar-me para agarrar algo, elas sobrevieram mais uma vez,
impondo-me uma espécie de Cruz dolorosa, e assim estou esperando que passem.
Quem imita Cristo ou quer imitar Cristo – o Divino Senhor da Compaixão (Bodhisattva)
– fica sujeito a tudo a ver com Ele, sobretudo as Suas dores por uma
Humanidade tão desavinda como é a de hoje.
Entro
assim diretamente no assunto em pauta. A “Brasilidade” proclamada por esse
senhor … é a mesma nascida do Movimento Verde-Amarelismo fundado
em 1924 por Cassiano Ricardo, Menotti del Picchia e Plínio Salgado. Movimento
literário modernista brasileiro, propunha um nacionalismo puro, com a
interferência de algumas características europeias, sobretudo luso-francesas,
mas sem tendências nativistas. Esse movimento viria mais tarde a incorporar-se
em um outro fundado pelo mesmo jornalista e político Plínio Salgado, que o
fundou em 7 de Outubro de 1932: a Ação Integralista Brasileira conhecida
pelo seu grito de guerra “Anauê” (invenção linguística baseada na língua tupi),
desde o primeiro instante imitando o método do fascismo italiano de
Benito Mussolini e abertamente simpático às políticas de conquista e domínio de
Adolf Hitler. Com a instauração do Estado Novo durante a vigência do Presidente
Getúlio Vargas, esse movimento foi oficialmente extinto em 10 de Novembro de
1937, mas subsistiram adeptos simpatizantes ativos do mesmo durante toda a II
Guerra Mundial em solo brasileiro os quais vêm até hoje. É desses movimentos
nacionalistas de Direita que nasce a noção patriótica de “Brasilidade”,
divulgada por uma propaganda literária apoiada em teses de natureza
histórica-filológica-arqueológica rebuscadas à Antiguidade Brasileira, de que
tiveram a primazia os verde-amarelistas Bernardo Ramos e a sua
tese do “Brasil Fenício”, Gustavo Barroso e a sua tese do “Brasil Atlante”,
Ludwig Schwennhagen com iguais teses “Fenícia e Atlante” na origem do Brasil,
com a preocupação particular de criar distâncias históricas de Portugal ao
querer reduzir a importância de Pedro Álvares Cabral na Descoberta do
Brasil e o início da miscigenação com os autóctones do território, os índios
(tupinambás, tupis e só depois guaranis), esses que são os brasileiros
originais, pois todos os outros são de origem importada por via de emigrações,
com os portugueses à cabeça.
Começa
aí a teoria esdrúxula de “a culpa é do Cabral”, alimentada e propagandeada até
se tornar “palavra de fé” a partir do 1.º de Abril de 1964, data da instauração
da Ditadura Militar ou a Quinta República Brasileira, quando os movimentos de
Esquerda são reprimidos e anacronicamente os seus intelectuais e artistas
aproveitam as ideias nacionalistas da Direita, mas para chorralharem as culpas
dos seus males político-sociais com origem nos “portugueses colonialistas”. Com
o fim da Ditadura Militar em 15 de Março de 1985, a História do Brasil é feita
e ensinada de um modo notoriamente esquerdista, sempre preocupada em diminuir e
apresentar Portugal como antiga potência que destruiu o país nos seus alicerces
psicossociais. É assim que aparece esse senhor … incorporado num rol
imenso de simpatizantes dessa teoria, logo não sendo de estranhar que chame a
“Portugal país de ladrões e assassinos”, dentre outros mimos do género, onde “o
pior da sociedade europeia foi habitar e espoliar o Brasil”, o que está errado
e é mentira óbvia a toda linha: quem começou a habitar o Brasil foi a nata
aristocrática portuguesa, brasonada e ilustrada próxima da Coroa, acompanhada
dos mais eruditos cavaleiros da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus-Cristo e da
Ordem Terceira de S. Francisco da Província de Portugal, juntando-se-lhes
depois os Capuchinhos, e após a Ordem do Carmo e a Companhia de Jesus.
Acompanharam-nos vagas de gente humilde mas também abastada, em breve
juntando-se aos autóctones, donde resultaria a etnia luso-indígena Mameluca, e
sem impor trabalho escravo – mesmo com essa ou aquela exceção mas que não faz a
regra geral – antes respeitando as tabas ou territórios indígenas. Para a
mão-de-obra escrava usou-se o africano a partir da segunda metade do século
XVI, e mesmo esse usufruía de regalias que não haviam noutras partes, como a
das facilidades de educação e alforria, vindo também o africano a miscigenar-se
no território com portugueses e índios. A “caça ao índio” é feita pelos
holandeses no século XVII, sobretudo no período em que Portugal estava sob
domínio dos Filipes de Espanha, mas foram os mesmos índios que aliando-se aos
portugueses venceram os franceses na Batalha de Guanabara – quando o Rio de
Janeiro era chamado “Nova França” e “França Antártida” – e escorraçaram-nos do
território, e assim também no interior com as Bandeiras dos exploradores lusos
já domiciliados e com carta passada de origem lusa mas com cidadania
brasileira, mais que contra os índios aliando-se com estes contra as forças
ocupantes holandesas, inglesas e espanholas.
Agora
o seguinte: o conceito de Brasilidade não nasce no século XX pela mão da
Direita e posterior aproveitamento da Esquerda. Ela nasce com Pedro Álvares
Cabral e Frei Henrique Soares de Coimbra, expande-se com Mem de Sá, Martim
Afonso de Souza, António de Mariz, etc., e vem até ao Império Brasílico do
português D. Pedro I do Brasil, IV de Portugal. O encómio erudito e místico ao
Brasil é feito por diversos historiadores portugueses entre os séculos XVI-XIX,
propagandeado pelas crónicas capuchinhas e jesuítas – sobretudo as de São Paulo
de Piratininga, cidade onde não falta o topónimo “Nova Cintra”, hoje freguesia
do Espírito Santo – e é assim que Pedro de Mariz, nos seus “Diálogos de Vária
História”, em 1594 chama o Brasil de “Nova Lusitânia”, seguindo-se a “Feliz
Lusitânia” como era chamado, em 1616, o núcleo primitivo de Belém do Pará
(Santa Maria de Belém do Grão-Pará, porta da Amazónia). Talvez como últimos
ecos da noção original de Brasilidade nascida da Portugalidade, serão o
escritor e político José de Alencar e o cónego carmelita Raimundo Ulisses de
Pennafort.
Brasileiro
dos “sete costados” desde a sua infância, o Professor Henrique José de Souza
certamente conheceria todos esses elementos e em breve os adaptaria à sua visão
teosófica da História do Brasil, mas sem ostracizar a origem portuguesa, antes
realçando-a com raro trato carinhoso, inscrevendo-a em três períodos distintos
ainda assim interligados: Brasil Atlante – Brasil Fenício – Brasil
Iberoameríndio, aqui com grande realce para a figura incontornável de Pedro
Álvares Cabral. Mas “não há bela sem senão”: a sua noção esotérica da História
do Brasil adaptava-se e adapta-se perfeitamente às ideias particulares de
“direitistas” e de “esquerdistas”, motivo porque em breve nos conceitos de
muitos ela perdeu o seu sentido transcendente e até místico e ficou só o
imediato politizado, exaltando-se os efeitos em detrimento das causas que a
Teosofia de H.J.S. aponta mas que hoje poucos atendem, com o tresando
insuportável de proximidade à xenofobia encapotada de “misticismo” por parte de
alguns pretendentes à soberania brasileira do Mundo no plano social imediato, o
que objectivamente revela-se absolutamente contrário ao que se vê hoje no
Brasil, país jovem que naturalmente ainda procura a sua independência
histórica, nisto entrando alguns com mais literacia que servindo-se de factos
históricos, uns prováveis e outros improváveis mas quase todos aflorados pela
rama ou a superfície, superfluamente tentam impor a sua visão particular da
História Brasileira, por norma quase ou mesmo geral só aceites entre os seus
pares de crença, seja mística ou seja política, pior ainda quando os dois
vectores se misturam aumentando a confusão.
Confusão
como essa dos Três Poderes Políticos (Legislativo – Executivo – Judiciário) e a
própria estrutura do próprio Edifício Político brasileiro basear-se no
norte-americano, apesar de adaptado à idiossincrasia nacional que alguns apodam
de “gostinho tropical”, no sentido pejorativo de adaptar-se ao “jeitinho
brasileiro para corromper-se e corromper”, no que não concordo e sim e só nas
facilidades corruptivas que esse género de estrutura política suscita. Todos aí
dizem mal dos norte-americanos mas no entanto imitam-nos em tudo, e pelo que se
vê hoje na sociedade da América do Norte há muito pouco de digno e edificante
para imitar. Até as igrejas carismáticas que inundam o Brasil, pretensamente
saídas da Aliança Evangélica norte-americana, além dos repórteres de TV, imitam
os norte-americanos, sobretudo no seu modo de falar agressivo e explosivo “à
cowboy”. Ah, sim, o Brasil ainda não se encontrou desde a sua independência em
1822, e o que o Professor Henrique José de Souza vaticinou para esse país maior
que um continente ainda não existe, está sendo construído, lenta mas
seguramente, e sempre atendendo a que a noção de tempo dos homens não é a mesma
da dos deuses. Além disso, as novas gerações, mais informadas e inconformadas
com as ideias conservadoras, sejam “vermelhas” ou sejam “verde-amarelistas”,
dos mais velhos, assim como as próprias forças militarizadas em franca mudança
mental recusando-se atacar o povo, logo recusando qualquer espécie de uma nova
ditadura militar, por certo haverão de pôr fim definitivo a tal “corrupção
crónica” que parece estender-se de um Lula a um Aécio e vice-versa, passando
por todos(as) os outros(as), todos produtos de uma época social – orbitando
entre o capitalismo e o proletariado, e vice-versa, incluindo as hodiernas
noções pretensas de monarquismo ou de algum tipo teocrático desejado por
determinado “evangelismo”, por noção repasta de uma cobiçada maior e
totalitária fonte de riqueza, dita “dízima”, à escala nacional imposta por
radicalismo religioso – cuja razão de existir já passou, queira-se ou não.
Com
respeito aos dois cidadãos cujos nomes aponta na sua carta, as suas atitudes,
que tenho acompanhado de perto desde os inícios dos anos 80 do século passado,
tornaram-me crente de serem fanáticos incapazes de sair da órbita limitada das
suas crenças já de si estreitas, acreditando que os fins justificam os meios,
sejam quais forem, em nome de uma mística para-religiosa abscôndita, onde por
um lado divinizam personalidades humanas, e por outro galvanizam um país como
soberano “metafísico” do Mundo, a despeito do estado em que todo o mundo o vê.
Desses cidadãos, um é brasileiro e vizinho do outro, português, ambos tomados
de ideias muito pessoais da Teosofia de JHS e ambos com uma ora aberta, ora
encapotada, hostilidade a Portugal e aos Portugueses. Servem-se da retórica e
lógica para afirmarem tese, mas retórica nunca foi sinónima de lógica e a
lógica nem sempre é certa. A premissa poderá estar correcta, mas a proposição
poderá ser incorrecta. Esse cidadão português assaltou com os seus próximos os
Templos da Obra em Sintra e no Porto, nos inícios dos anos 80, acredito que
tomado de zelo fanático; contatei-o ainda nos anos 80, tentando uma proximidade
espiritual entre Portugal e o Brasil (como igualmente fizera antes com o
finado senhor Udo Oscar Luckner, fundador do seu “Monastério Teúrgico do
Roncador”, na época da minha primeira deslocação ao Brasil em 1983 e que foi a
mais longa, quase um ano de permanência aí), perseguindo sempre o que
o Professor Henrique José de Souza procurara estabelecer nos fins dos anos
50 e inícios dos 60 entre os dois Países, mas não resultou e os detalhes
deixarei para uma outra ocasião; tentei o mesmo já nos anos 90 com a dita
Instituição espiritualista, sujeitando-me ao que considero equívocos de doutrina
e política da mesma (eu vinha da experiência de director da Rama “Despertar” da
Sociedade Teosófica de Portugal e de Membro activo da Comunidade Portuguesa de
Eubiose, no que não era um principiante imaturo), e como também resultou
debalde, afastei-me. Conservo os documentos e as carteiras de identificação
desses períodos que vivi (de que certos sabidos feitos e confiados por MIM
hoje alardeiam sem saberem do que falam, metendo-se nas vidas alheias
que não lhes diz respeito algum, chafurdando no que é público e publicado
e fazendo chafurdo em proveito próprio de quanto lhes confiei, não
importando que por menos da metade, jamais em tempo algum sendo da Hierarquia
de JHS, e que na época desses acontecimentos da minha vida não passavam de
miudagem vadiando ao gosto das idades e temperamentos). Hoje, se algum ou todos
dos familiares vivos descendentes do Professor Henrique José de Souza
pretenderem estabelecer uma aproximação comigo nesse sentido de união
internacional, por certo a minha disposição mantém-se e por respeito exclusivo
ao Professor H.J.S. a aceitarei, mas desde que se respeitem as idiossincrasias
próprias deste meu país, Portugal, relativamente à Obra, como eu e os
Portugueses da Obra respeitamos as idiossincrasias próprias do Brasil. Há
muitos traços de proximidade, as linhas gerais são semelhantes mas não são
idênticas: igual é só o Mestre JHS.
Ainda
ao longo dos anos 90 e até hoje mantenho relações privadas com discípulos
diretos que conviveram com o Professor Henrique José de Souza. Aceitaram-me
entre pares pelos meus pergaminhos ocultistas e teosóficos, e todos reiteraram
que o meu pretenso de unidade Portugal – Brasil sempre foi aquele do Mestre.
Isto lembra-me certa ocasião no Hotel Jina, em São Lourenço (MG), em que
estando o apartamento de Roberto Lucíola repleto de membros da dita
Instituição espiritualista além dele e de mais dois ou três ainda da época
do Professor, tendo-o conhecido pessoalmente e dele recebido instruções diretas,
esses membros novos assombraram-se com o discurso dos antigos por ser
absolutamente estranho ao que lhes ensinam hoje em dia. Fica à reflexão, se
assim se entender.
Mas
há uma razão esotérica para ter Portugal e o Mundo como subalternos do Brasil:
é que São Lourenço e as 7 Cidades do Sistema Geográfico Sul-Mineiro dirigem os
7 Postos Mundiais e com isso o Mundo. Trata-se de uma corrupção hodierna do
ensinamento de JHS e uma verdadeira inversão de um princípio básico da
Teosofia: cada Posto Mundial é afim a um Chakra Planetário ou Centro
Bioenergético do Logos da Terra, sendo o 8.º de São Lourenço algo em formação
alimentado pelos demais. Os Sub-Postos Mineiros são espécie de Sub-Chakras que
recebem essas Energias dos Chakras canalizando-as para o 8.º, jamais o
inverso porque o 8.º não está formado, pois se estivesse formado a Terra seria
um Planeta já integrado à Divindade Absoluta, e o que se vê é exatamente o
oposto: a Humanidade desavinda com Deus, as “células” do Logos Planetário que
somos nós, humanos, ainda agitando-se doentes afetando todo o organismo que é o
Globo Terrestre. Só o exclusivismo da impuberdade nacionalista de alguns pode
explicar essa inversão de factos e valores, como se uma coisa em formação
pudesse animar algo já formado e animador, tal como um Chakra para um
Sub-Chakra, onde este passa a ter primazia vital sobre aquele. Não
confere! Nessa inversão assumida como verdade, é que se impõe a noção
exclusivista de soberania do Brasil sobre o Mundo. Poderá sê-lo um dia, mas não
hoje nem tão cedo, talvez na próxima 5.ª Ronda da Terra, talvez antes, na 7.ª
Raça-Mãe Atabimânica deste Período Ário.
Na
carta desse cidadão brasileiro que o senhor anexa, repetem-se os complexos
nacionalistas (do género “sejam os brasileiros atlantes, fenícios, cários, tudo
o que se quiser menos portugueses, escória entre a escória europeia”! Déjà-vu…)
misturados com muitos chavões de conhecimentos teosóficos respigados dos
escritos que já identifiquei como sendo de Sebastião Vieira Vidal. Chavões
porque não passam de frases feitas, repassadas sem mais e nenhum
aprofundamento, como esse do “Brasil ser o terreno geológico mais antigo do
Mundo”. Será, mas também a Mongólia Interior, o Planalto do Tibete, a Bacia do
Eufrates, a África Setentrional e Central, a própria Península Ibérica, etc.
Também o “Brasil Fenício” não possuía dois Reinos, um ao Norte e outro ao Sul,
e sim duas imensas Feitorias litorais (“reinos” é modo prosaico de descrever),
e é por isso que a maioria das descobertas arqueológicas são feitas nesses
espaços, atribuindo-as a esse período histórico esquecido da História
Brasileira, e “esquecido” hoje em dia por andar colado às
velhas tendências políticas “verde-amarelistas”. A única pessoa que
transpôs as noções do “Brasil Atlante e Fenício” para um patamar superior
teosófico e apolítico, foi o Professor Henrique José de Souza. Essas noções,
repito, são hoje assacadas à exaustão para aplicações nacionalistas tanto por
“esquerdistas” como por “direitistas”, facções presentes nessa Sociedade hoje
dita “religiosa” (o que contraria os princípios universais regentes da
Sociedade Teosófica, apolítica e irreligiosa nos sentidos de sectarismo), as
quais trazem-na na maior das confusões e conflitos internos. Tudo isso por lhe
faltar um líder verdadeiramente espiritual, disposto acima dos gostos e
desgostos das facções capaz de as conciliar, e também por aqueles que têm mais
alguns conhecimentos se enclausurarem no exclusivismo “esotérico e patrioteiro”
afunilando o conhecimento invés de o abrirem e o tornarem mais atrativo à
Humanidade.
Ainda
na carta em questão, há muitos erros de índole doutrinária onde os chavões
repetem-se numa manobra de repetição própria da inteligência emocional. Não
apontarei a todos que é por demais exaustivo, deixo só duas rectificações: a
Maçonaria Egípcia apodava as Três Luzes do Governo Oculto do Mundo de Menfis
– Maisim – Misraim, enquanto a Maçonaria Especulativa – segundo o mito
de fundação atribuída aKunaton, fundador da Rosacruz dos
Andróginos ou Rosacruz Andrógina, em 1370 a. C.– só
surge no Brasil após a data da sua fundação em Inglaterra, em 1717, levada de
Portugal para aí e cujo Grau máximo, ainda no tempo do imperador D. Pedro I,
era o de Rosacruz no Rito Adonhiramita, o primeiro a ser instituído no Brasil,
cuja Potência e Palácio Maçónico sediava-se no Rio de Janeiro.
Finalmente,
colar geopolímeros (facto conhecido de qualquer arqueólogo versado em
egiptologia, como sejam as pedras amolecidas com água talhadas no local) com
vimanas ou “discos-voadores” tendo a “confirmação” de textos sagrados do
Oriente e do Ocidente, tudo dentro das famosas teorias da conspiração e
silêncio dos governos, etc., como essa das “forças do Reich, durante a II
Guerra Mundial, procurarem as Embocaduras para os Mundos Subterrâneos em Minas
Gerais”, facto de todo improvado e indocumentado ao contrário do que aconteceu
no Norte do Brasil mas com os interesses nipónicos, é realmente “a maneira mais
simples de desconstruir uma Nação, de fazer com que uma Nação seja um
aglomerado de pessoas sem um ideal comum, é fazer com que esse povo, essa Nação
não tenha História, não tenha Passado”, porque estórias da carochinha não
convencem ninguém, por mais crédulo que seja.
Tenho
dito. Respeitosa e fraternalmente,
Vitor
Manuel Adrião
P.S.
– No dia 22 de Abril de 1500, no oitavo dia da Páscoa cristã, a frota de Pedro
Álvares Cabral teve o primeiro contacto visual com um elevado cume que por
motivo da data recebeu o nome de Monte Pascoal, e à terra
descoberta de Vera Cruz, ou seja, a da Verdadeira Cruz do Calvário
cultuada neste período do calendário litúrgico. Depois passou a chamar-se Terra
de Santa Cruz. Desembarcados os navegadores, levantou-se na hoje Santa
Cruz Cabrálica, município baiano, um padrão em forma de Cruz feito com o
pau brasil, diz-se, e Frei Henrique Soares, com os seus quatro companheiros do
Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, realizaram a Missa Pascal do Espírito Santo,
a primeira realizada no Brasil com portugueses e índios unidos na mesma
celebração. É por isto que a Festa da Páscoa tem especial relevo entre o povo
brasileiro, por para ele ser a primeira do calendário litúrgico. Não há acasos…
e sim muitas causalidades.
V.M.A.
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