A importância social e política da Maçonaria foi destaque na sessão especial desta quinta-feira (28). A homenagem pelo Dia do Maçom decorreu de um requerimento (RQS 1.007/2024) do senador Izalci Lucas (PL-DF), que dirigiu os trabalhos.
“Esta sessão solene é mais do que oportuna em tempos atuais, pois o maçom sempre esteve à frente das grandes lutas em nosso país”, afirmou o senador.
Segundo Izalci, a Maçonaria está diretamente ligada ao processo de Independência do Brasil. Ele lembrou que maçom significa pedreiro e que o Dia do Maçom é comemorado em 20 de agosto. A data faz referência a uma sessão conjunta das Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade”, no Rio de Janeiro, em 20 de agosto de 1822. Nessa ocasião, o advogado Joaquim Gonçalves Ledo fez uma enfática defesa da independência do Brasil — fato que viria a ocorrer poucos dias depois, em 7 de setembro.
De acordo com o senador, personagens como Dom Pedro II, José Bonifácio, Joaquim Nabuco e Duque de Caxias são referenciais para todos os brasileiros. Ele destacou que a história da Maçonaria é cheia de exemplos de luta e sacrifício, e que os maçons continuam defendendo os valores da família e da pátria, combatendo a corrupção e o preconceito.
“Nos momentos mais importantes da nossa história – como a Independência, a abolição da escravatura, a proclamação da República e a luta pela redemocratização — esses bravos defensores da nossa pátria, os maçons, foram sobretudo os protagonistas desses feitos”, ressaltou Izalci.
Valores
O presidente da Confederação Maçônica do Brasil, Josué Paulo Fernandes, afirmou que a Maçonaria é uma entidade “de todos os tempos”, que vem atuando no Brasil como uma escola de virtudes. Ele destacou o legado moral e político das lojas maçônicas para o país, com foco na democracia e na liberdade.
Segundo Fernandes, a Maçonaria vai além de um espaço filosófico, funcionando também como um núcleo de articulação política, com valores éticos e sociais. Ele lembrou que as lojas estão sempre presentes em campanhas de vacinação, doação de alimentos e na defesa da educação.
“Podemos observar, ao longo da história, a forte influência da ordem maçônica na formação da República brasileira. A Maçonaria é, antes de tudo, uma escola de cidadania”, registrou.
O secretário-geral da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, Armando Assunção, afirmou que a ordem contribui de forma silenciosa e constante para o desenvolvimento social e moral do país. Ele ressaltou que a Maçonaria é marcada pela defesa intransigente da liberdade, igualdade e fraternidade.
Paz
O Conselheiro Federal do Grande Oriente do Brasil, Josiel Alcolumbre — irmão e suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre — destacou que a essência de ser maçom é colaborar para o desenvolvimento do país. Para ele, o Brasil não sairá da crise “com todo mundo querendo brigar”. Ele defendeu o debate de ideias, e não de armas, pedindo união e paz em favor do país.
“É chegado o momento de nós, os maçons, estarmos dispostos à pacificação do país. Que possamos levar a paz aos lugares onde pudermos ir”, declarou.
Também participaram da sessão o presidente da Assembleia Federal Legislativa do Grande Oriente do Brasil, Sidney Izidro; o grão-mestre-geral adjunto, Adalberto Aluízio Eyng; o grão-mestre-geral, Ademir Cândido da Silva, além de representantes de diversas lojas maçônicas.
Fonte: Agência Senado
0 Comentários