Da Redação
No dia 25 de julho de 1794, a Revolução Francesa consumava mais uma de suas tragédias ao guilhotinar André Marie Chénier, um dos grandes poetas e pensadores de sua época. Membro da Loja Maçônica Les Neuf Sœurs — que também abrigou nomes como Voltaire e Benjamin Franklin — Chénier representava o espírito iluminista, humanista e racional que inicialmente impulsionou a Revolução, mas que foi tragado pela violência e fanatismo do período conhecido como "Terror".
Chénier era um jovem idealista, profundamente influenciado pelos clássicos da Antiguidade e pelos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. No entanto, ao contrário dos jacobinos radicais liderados por Robespierre, ele defendia uma revolução com limites morais e jurídicos. Essa postura crítica o colocou na mira do regime, especialmente por seus escritos que denunciavam os abusos cometidos em nome da República.
Preso sob falsas acusações e mantido em condições precárias, Chénier foi julgado sumariamente e executado apenas três dias antes da queda de Robespierre, o que encerrou o Terror. Sua morte, aos 31 anos, tornou-se símbolo das injustiças cometidas pelos próprios revolucionários contra aqueles que ousaram pensar de forma independente.
A memória de André Marie Chénier segue viva tanto na literatura quanto na história da Maçonaria, como um exemplo de coragem intelectual, comprometimento com a verdade e sacrifício em nome da liberdade.
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