Jean-Marie Le Pen, figura emblemática da política francesa e fundador da Frente Nacional (atualmente Reunião Nacional), sempre gerou controvérsias em torno de suas posições políticas e relações com diversas instituições. Uma questão que frequentemente surge é a de saber se ele teve ou não vínculos com a Maçonaria, uma organização que, na França, possui uma história complexa de interações com figuras políticas de diferentes espectros ideológicos.
A Maçonaria francesa, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, adotou uma postura vigilante em relação às afiliações políticas de seus membros. Obediências maçônicas dedicaram-se a identificar e excluir colaboradores do regime nazista de suas fileiras. Um caso notório é o de Jean Mamy, ex-venerável mestre da Loja Renan do Grande Oriente da França, que foi executado em 1949 por sua colaboração com os nazistas.
No entanto, a relação entre a Maçonaria e figuras políticas de direita ou extrema-direita tem sido marcada por tensões. Por exemplo, em 2021, Jade Escoffier foi excluída de sua Obediência maçônica após candidatar-se às eleições departamentais pelo partido "Direita Popular", associado à extrema-direita. Ela foi acusada de "incitação ao ódio e racismo", acusações que ela negou veementemente.
No caso de Jean-Marie Le Pen, não há evidências públicas ou documentadas de que ele tenha sido membro da Maçonaria. Dada sua postura política e as políticas internas das Obediências maçônicas francesas, é improvável que ele tenha tido uma relação formal com a organização. A Maçonaria francesa, especialmente o Grande Oriente da França, tem historicamente promovido valores de liberdade, igualdade e fraternidade, que muitas vezes entram em conflito com as posições defendidas por Le Pen e seu partido.
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