Da Redação
No dia 7 de maio de 1880, uma figura
fundamental na história militar e política do Brasil deixou este mundo. Faleceu
aos 77 anos, na Fazenda de Santa Mônica, em Juparanã, Valença - RJ, o ilustre
Ir.'. Luís Alves de Lima, conhecido como Duque de Caxias. Sua partida ocorreu
na tranquilidade da fazenda, às margens do rio Paraíba do Sul, onde passara os
últimos anos de sua vida, sob os cuidados de sua filha mais velha.
O Duque de Caxias não era apenas um
líder militar proeminente, mas também um homem profundamente ligado à
Maçonaria. Sua iniciação na ordem ocorreu provavelmente em 1841, em uma das
Lojas do Grande Oriente Brasileiro, no Rio de Janeiro. A influência da
Maçonaria em sua vida pode ser vista não apenas em seus princípios éticos e
morais, mas também em seu compromisso com o serviço público e sua dedicação à
causa da unidade nacional.
A morte de Luís Alves de Lima e Silva
foi marcada pelo simbolismo. Às 20 horas e 30 minutos daquele dia fatídico, o
país perdia não apenas um herói, mas um símbolo da integridade, da bravura e do
compromisso com a nação. No dia seguinte, seu corpo chegou ao Campo de Santana,
na estação do Rio de Janeiro, em um trem especial. Vestido com seu modesto
uniforme de marechal-de-exército e trazendo apenas duas de suas numerosas condecorações,
as únicas de bronze - a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai - o
Duque de Caxias partiu deste mundo conforme suas últimas vontades.
A chegada de seu corpo ao Rio de Janeiro
marcou um momento de luto nacional. Milhares de pessoas se reuniram para
prestar suas últimas homenagens a esse grande líder, cujo legado transcendeu as
fronteiras do Brasil. Sua atuação decisiva na consolidação do Estado Nacional
durante o período regencial e no Segundo Reinado, assim como sua liderança militar
na Guerra do Paraguai, tornaram-no uma figura reverenciada não apenas em sua
época, mas também na posteridade.
O Duque de Caxias, conhecido como o
"Pacificador", não apenas defendeu os interesses da nação brasileira
em campos de batalha, mas também buscou a conciliação e a unidade entre as
diferentes facções políticas do país. Sua habilidade diplomática e sua
dedicação ao bem-estar do povo brasileiro são legados que perduram até os dias
de hoje.
À medida que lembramos o dia 7 de maio e
a partida do Duque de Caxias, é importante não apenas honrar sua memória, mas
também refletir sobre os valores que ele representava. Sua coragem, sua
integridade e seu compromisso com a justiça e a igualdade continuam a inspirar
gerações, lembrando-nos do poder transformador do serviço público e do ideal de
uma nação unida em busca do bem comum.
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