SUSPEITO DE APLICAR GOLPE EM MAÇONS EM MATO GROSSO É PRESO EM SANTA CATARINA


Samir de Matos passou mais de um ano foragido e foi encontrado em uma casa na cidade de Palhoça (SC)

Após um ano foragido, Samir de Matos foi preso no final da manhã desta quarta-feira (07), no bairro Jardim Eldorado, em Palhoça (SC), em uma ação conjunta entre a Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon-MT) e a Delegacia da Mulher de Palhoça. Ele estava escondido no local e supostamente mantinha a namorada e a filha dela, de 6 anos, em cárcere privado. A mulher, contudo, nega.

Samir é suspeito de ter aplicado golpes em pelo menos 70 pessoas, entre advogados, médicos e empresários, todos membros da Maçonaria de Mato Grosso. O grupo o acusa de ser um falso advogado e ter causado prejuízo superior a R$ 16 milhões.

Apuramos que Samir fugiu de Cuiabá com destino a São Paulo (SP) e, de lá, seguiu para Santa Catarina. Na cidade, ele alugou uma casa em nome de terceiros por uma imobiliária. A casa onde Samir foi encontrado tinha portão grande e tinha dois cachorros de vigia, além de várias câmeras de segurança, que ele supostamente usava para monitorar o movimento externo. A prisão foi coordenada pelo delegado Rogério Ferreira, da Decon-MT.

O caso

Samir de Matos constava como desaparecido desde 18 de março de 2022. Ele estava com mandado de prisão em aberto desde que as vítimas informaram à Polícia Civil que ele estaria atuando como advogado e se apresentando como maçom para ganhar a confiança das vítimas. Depois de estabelecer relação, firmaria contratos para intermediação de operações financeiras como forma de investimento.

Um advogado de Cuiabá chegou a investir R$ 836 mil entre janeiro de 2019 e junho de 2021 acreditando que seriam operações do mercado financeiro.  Segundo o BO, Samir fazia os pagamentos do lucro regularmente até janeiro de 2022, quando começou a atrasar os repasses.

Os valores repassados pelas vítimas de Samir de Matos, com promessa de lucros na ordem de 5%, variavam entre R$ 20 mil e R$ 2,5 milhões. 

Entretanto, em dezembro de 2021, Samir teria começado a atrasar os repasses e alegava ter recebido uma multa da Receita Federal na ordem de R$ 1,5 milhão. Os clientes o ajudaram a pagar a suposta dívida com o fisco, até descobrir que ela não existia.

Um grupo de Whatsapp reuniu 70 vítimas do estelionatário em Mato Grosso e outros estados.

Na época a namorada do suspeito alegou que deixou ele na rodoviária de Presidente Prudente (SP) e que, desde então, não teve mais contato. Além disso, foi confirmado através de pagamentos que Samir de Matos esteve em um resort de luxo entre os dias 13 e 15 de março de 2022, na estrada de acesso à Chapada dos Guimarães.

Por Bárbara Sá e Ivana Maranhão

Fonte: https://www.rdnews.com.br 

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