No dia 14 de março de 1743, um suíço naturalizado inglês chamado John Coustos foi preso em Lisboa pelo Santo Ofício, também conhecido como a Inquisição, por ser um maçom. Essa data marca um momento importante na história da Maçonaria, já que o movimento estava sendo perseguido em toda a Europa pela Igreja Católica e pelos governos absolutistas.
A Maçonaria é uma
fraternidade que se baseia em princípios filosóficos e éticos, e que tem como
objetivo promover a fraternidade entre seus membros, além de trabalhar em prol
da liberdade, da igualdade e da justiça. A Maçonaria moderna teve origem na
Inglaterra no século XVIII e se espalhou rapidamente pela Europa, inclusive em
Portugal.
No entanto, a
expansão da Maçonaria foi vista com suspeita pelas autoridades da época,
especialmente pela Igreja Católica, que a considerava uma ameaça à sua
autoridade e aos valores tradicionais. Além disso, muitos governos absolutistas
viam a Maçonaria como uma organização secreta que poderia conspirar contra o
poder estabelecido.
Em Portugal, a
Inquisição tinha o poder de perseguir e julgar qualquer pessoa que fosse
considerada uma ameaça à fé católica. A Maçonaria era vista como uma heresia
pelos inquisidores, já que seus membros eram obrigados a jurar segredo e a
aceitar a liberdade religiosa.
John Coustos era
um membro ativo da Maçonaria em Londres e foi enviado a Portugal em uma missão
maçônica. Ele foi preso por ordem da Inquisição assim que desembarcou em
Lisboa, e foi levado a julgamento por heresia.
Coustos foi
submetido a interrogatórios e torturas pelos inquisidores, que queriam que ele
revelasse os segredos da Maçonaria e denunciasse outros membros. No entanto,
ele se recusou a falar e suportou as torturas sem trair seus companheiros.
Após três anos na
prisão, Coustos foi finalmente libertado e retornou a Londres, onde se tornou
uma figura importante na Maçonaria britânica. Ele escreveu um livro sobre sua
experiência na prisão, intitulado "The Mysteries of Freemasonry" (Os
Mistérios da Maçonaria), que se tornou um sucesso de vendas e ajudou a difundir
a Maçonaria na Inglaterra e em outros países.
A prisão de John
Coustos em Lisboa foi um exemplo da perseguição que a Maçonaria sofreu em toda
a Europa no século XVIII. No entanto, a resistência de Coustos e de outros
membros da Maçonaria mostrou que a fraternidade e a lealdade entre seus membros
eram mais fortes do que a opressão dos governos e da Igreja.
Hoje, a Maçonaria
é reconhecida como uma organização legítima em muitos países, e seus membros
trabalham em prol de causas filantrópicas e sociais em todo o mundo. A história
de John Coustos e da perseguição à Maçonaria é um lembrete da importância da
liberdade de associação e da liberdade de expressão em uma sociedade
democrática, e da necessidade de lutar contra a intolerância e a opressão.
Além disso, a
história de John Coustos e da Maçonaria é um exemplo da importância da
solidariedade e da lealdade entre os membros de uma comunidade. A Maçonaria é
uma fraternidade que se baseia na confiança e no respeito mútuo, e seus membros
são unidos por um senso de propósito e de comprometimento com seus valores.
Embora a Maçonaria
tenha enfrentado muitas dificuldades ao longo de sua história, ela sobreviveu e
continua a crescer em todo o mundo. Seus membros trabalham em prol de causas
nobres, como a educação, a caridade e a promoção da paz e da tolerância entre
os povos.
Em resumo, a
prisão de John Coustos em Lisboa em 14 de março de 1743 é um marco importante
na história da Maçonaria, e um lembrete da importância da liberdade e da
solidariedade em uma sociedade democrática. A Maçonaria continua a ser uma
força positiva no mundo, promovendo valores como a fraternidade, a igualdade e
a justiça, e trabalhando em prol de um futuro melhor para todos.
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