O VERBO É HARMONIZAR

Por Barbosa Nunes(*) 

Já abordei em artigo anterior o livro “25 verbos para construir sua vida”, Editora Planeta, de Alberto Saraiva. Verbos que tocam, comovem e movem as pessoas. Uso neste artigo um dos 25 que ajudam a construir a vida e que me definiu por inteiro quando me decidi a ser candidato ao Grão-Mestrado Geral do Grande Oriente do Brasil, em eleições que se realizarão no próximo dia 10 de março.

O verbo é “Harmonizar”. Acredito na sua força que relata o meu sentimento e mais, o meu compromisso, desejo sincero e verdadeiro de partilhar um trabalho mais do que necessário para alcançar, não só a harmonização do GOB, mas principalmente, a união da maçonaria brasileira. Por isto, registrei em um dos itens do programa da Chapa “GOB para os maçons” a intervisitação como meta prioritária na gestão para promover amplo relacionamento com as potências regulares.

Expus-me desde fevereiro de 2011, completando agora 7 anos de editorialista do Diário da Manhã. O fiz na simplicidade da minha vida e no caminho de prestigiar a tolerância, o diálogo e a capacidade que procuro melhorar dia a dia, de ser um instrumento fortalecedor do maior poder que um ser humano pode possuir, que é o poder da gentileza.

Assim sendo e como sou, não representando grupos maçônicos, é que me sinto capaz desde 26 de agosto de 1978, formando a minha história na Arte Real, de recompor o Grande Oriente do Brasil, em uma caminhada sem nenhum outro interesse, que não seja o interesse da instituição que exige dos seus integrantes vencer suas paixões, submeter suas vontades e fazer novos progressos.

Clamo e conclamo para que tenhamos a compreensão de que acima de tudo está a instituição histórica, participativa, de importantes caminhadas sociais no país, denominada Grande Oriente do Brasil.

Como me revelei mais no último artigo, intitulado “Sou muçulmano”, que bateu recordes de leituras, comentários, curtidas e compartilhamentos, muito avanço neste, “Paciência”, texto do jornalista Arnaldo Jabor, pedindo encarecidamente aos maçons do GOB que pensem nisto.

“Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia. Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... 

E o bem comportado executivo? O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar. 

Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice. O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela. 

Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...

Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.

A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética dos calmantes está cada vez mais em alta. 

Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar? Qual é a finalidade de sua vida? Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.

E você? Onde você quer chegar? Está correndo tanto para quê? Por quem? Seu coração vai aguentar? Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar? A empresa que você trabalha vai acabar? As pessoas que você ama vão parar? Será que você conseguiu ler até aqui? 

Respire... Acalme-se...

O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana... Pense nisto!”



(*) Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br


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