Por
Nuno Raimundo
Aqui
há uns tempos em conversa com um amigo sobre determinado tema, disse-lhe eu
isto: “eu apenas te mostro o mapa, caberá a ti escolheres o caminho”.
E de facto esta é a realidade em que temos de viver. Ou seja, nós somos as
nossas “escolhas”, nós somos as “decisões” que tomamos e as ações que decidimos
praticar.
Por
mais que uns nos digam para irmos para a “esquerda” , outros para a “direita” e
alguns inclusive nos digam para seguir pelo “meio”, a decisão final sairá de
nós próprios, da nossa vontade, independentemente das indicações e dos
conselhos que recebamos e que possam nos auxiliar na decisão a tomar.
Se
decidirmos agir de certa maneira, coincidindo ou não com o que a generalidade
ou somente com o que alguns considerem sobre tal, foi a nossa mente que o
decidiu.
Assim,
todos nós na nossa Vida somos - e seremos sempre - responsáveis por
aquilo que decidirmos, sejam ações ou palavras e até mesmo pelos mais simples
pensamentos.
-
Fomos nós que os criamos/produzimos, logo somos nós responsáveis por eles, por
inerência-.
Por
mais influências que recebamos externamente, é o nosso íntimo, o nosso “Soi”,
que irá efetuar a escolha do que concretamente iremos fazer.
Será
a mais correta?!
Será
a mais eficaz?!
Será
a mais proveitosa?!
O
que sabemos é que é a nossa decisão e apenas isso. Foi o que optámos por
decidir. E que tal decisão seja sempre tomada em consciência com os princípios
que advoguemos e com os quais nos sintamos devidamente identificados.
-Sejamos
honestos, íntegros e coerentes nas nossas decisões!-
Os
maçons, “livres-pensadores” como orgulhosamente se assumem, devem ter bem a
noção de tal. Não bastará assumir algo ou determinada coisa para depois não se
praticar isso na realidade.
É
sempre esperado que um maçom use o seu bom senso e os seus bons
costumes para decidir, se possível sempre, da melhor forma possível
face às situações que a vida lhe apresenta.
-Tem
o dever de agir dessa forma!-
O
que poderá acontecer, e muitas vezes é inevitável tal, é que nem sempre as
decisões tomadas possam ser as melhores ou mais corretas, uma vez que o maçom,
tal como outro ser humano qualquer, também erra, mas como maçom tem a obrigação
de aprender com esse erro e evitá-lo no seu futuro.
E
aqui assumo que os maçons também erram, infelizmente algumas vezes e talvez,
digo eu, vezes demais. Mas como o maçom é alguém que busca evoluir
espiritualmente, ele também estará susceptível de efetuar mudanças no seu
comportamento; logo também as suas decisões serão influenciadas pelas
mudanças/”transformações” que sofrer e as suas atitudes se revelarão melhor no
seu comportamento e carácter. Tudo isto em prol do seu auto aperfeiçoamento
enquanto ser humano.
Isso
será o tal “polimento”, o tal “burilamento da pedra bruta” que na Maçonaria
tanto se fala.
Os
vícios ou erros comportamentais que possam ter existido na sua conduta no
passado, deverão ficar aí mesmo, no passado. E “como de passado apenas vivem os
museus” (como é usual se afirmar), no momento da Iniciação, no momento em que o
recém neófito encontra a sua primeira centelha da Luz, nasce como uma nova
pessoa, um “novo Homem”, e como tal terá acesso a “ferramentas sociais e
espirituais” que poderá utilizar para melhor atingir o seu “nirvana”, por assim
dizer.
O
que interessa por vezes não é o mapa mas o caminho que
se seguiu, mesmo para o nosso auto aperfeiçoamento, o que importa é que
decidimos livremente as decisões que tomámos e que escolhemos sempre, mediante
o que a vida nos vai apresentando e mediante as condições que temos, mas que
foram as melhores decisões que considerámos que podíamos e/ou devíamos
tomar ou ter tomado. Isso sim, é o mais importante nisto tudo.
Este
caminho que seguimos é feito sozinho (somos nós que o temos
que fazer) mas não é solitário (pois outros o fazem também) e temos
ter a consciência e a noção disto.
Se
olharmos para o lado veremos alguém a viver as mesmas situações ou outras, com
decisões tomadas semelhantes ou completamente diferentes daquelas que, se fosse
conosco, tomaríamos. A vida é isto mesmo, cheia de imponderáveis e é essa uma
das mais valias de viver, a cada passo dado, a cada momento, nunca sabemos o
que se seguirá, apenas o podemos tentar prever e nada mais.
O
que concluindo posso afirmar é que independentemente das decisões e escolhas
que tomemos, somos nós que o deveremos fazer e não outrem. E por elas nos
responsabilizarmos. São estas decisões que nos definem como pessoas!
A
grande diferença que temos em relação aos restantes seres vivos é a nossa
“massa cinzenta” e que é devido a ela que pudemos livremente pensar.
É
altura de a começarmos a valorizar mais e principalmente em a começar a usar de
uma forma correta e eficiente.
E
posto isto, porque não… pensar?!
FONTE: A PARTIR
PEDRA
1 Comentários
Pensar livre pensar. Não se tem mesmo fronteiras, distâncias, tempo e espaço. Mas, tem a limitação imposta pela cultura ainda primária que é fundamentada em crenças, que são primárias verdades de partes obscuras no Grau 1 e mais claras no Grau 2, que nos limita a pensar apenas no modo de cobertura em esquadro fixo no Grau 1 e pensar em esquadro móvel de compasso no Grau 2. ..... Também há outros obstáculos que muito aprisiona o livre pensar do homem, a manifestar mais no muito pouco pensar do esquadro fixo, em que se atenta apenas a um lado das coisas e dos fatos, que naturalmente contêm vários lados. ..... O pensar no esquadro móvel de compasso é de pensar sobre os diversos lados visíveis das coisas e dos fatos, mas isso demanda de tempo e a cada dia o homem está mais sem tempo, pelo fato da distância, em que se vive atualmente nesta vida muito esparramada pelo transbordamento da cidade horizontal, mediante o desenfreado aumento populacional. ..... Estar esparramado é o outro grande obstáculo inibidor do livre pensar da atualidade. Pois, assim falta o tempo de pensar por causa das distâncias, por causa das filas, porque causa de se estar estranho e desunido quando se pensa é através um do outro. ..... A cidade horizontal perdeu seu urbanismo ao transbordar-se no muito esparramar desastrosa e desumanamente o homem. Com isso ele perdeu muito da civilidade, que já era de um nivelado comportamento de base superficial de cobertura, tornando-se hoje muito superficial. ..... Isso é demonstrado pela cidade horizontal que está desgovernada, com seus calçamentos e pistas esburacadas e também de se morar esparramado sobre áreas de riscos... A única saída está nas novas instruções da Maçonaria Moderna, que trás as novas instruções da vida na moderna cidade vertical, que reunirá a muita gente. Porém, nela o urbanismo não será mais governado, uma vez que o homem atual está mesmo desgovernado. ..... Então, ele no futuro modo de pensar em esquadro flexível de alta coluna, será autogovernado de vida independente. Pensem nisso, TFA
ResponderExcluir