POLÍTICA
Por
Leo Daniele
A revista “The
Economist” afirma que “em menos de quatro meses de seu
segundo mandato, Dilma Rousseff permanece no cargo, mas para muitos fins, já
não está no poder. E o PT, de esquerda e nominalmente governante, já não dá as
cartas na capital, Brasília”.
E
prossegue: “Nem mesmo a permanência de Rousseff no Planalto está
inteiramente garantida. Graças à combinação incendiária de uma economia se
deteriorando e um escândalo de corrupção em massa na Petrobrás, ela se tornou
profundamente impopular. Os manifestantes querem seu impeachment, assim como
63% dos entrevistados numa pesquisa recente.” [i]
Quanto
ao companheiro e camarada do qual ela é herdeira, pergunta “The
Economist”: “Mesmo acompanhado de seguranças, Lula passaria incólume
num passeio pelo centro de qualquer capital do País?” [ii]
A
matéria da revista britânica deixa claro mais uma vez que o cerne da oposição a
Rousseff não é fenômeno exclusivamente brasileiro: “Além do
crescimento dos movimentos de direita no exterior, especialistas apontam a
atual fragilidade política do PT, denúncias de corrupção e a condução da
economia como razões para a direita despontar”.
Por
outro lado, “pesquisa do Datafolha divulgada em setembro do ano
passado, durante o período eleitoral, já mostrava tendência de crescimento da
ideologia de direita. De cada cem brasileiros, 7 possuíam tendências de
esquerda; 28 de centro-esquerda; 20 de centro; 32 de centro-direita e 13 de
direita”.[iii]
De
um artigo de Zander Navarro em “O Estado de S. Paulo” de extraio os seguintes
tópicos:
“Em suas múltiplas vertentes, o campo da “esquerda”
vem-se deparando com o dilema acima, sem solucioná-lo. Por isso agoniza em todo
o mundo.
“A esquerda foi encurralada, pois seu discurso se
encaixava num passado, hoje inexistente. Sua ideologia não seduz mais e, assim,
tem apostado apenas no acaso. Seus programas convencionais não têm a menor
plausibilidade.
“A esquerda amofina, perplexa, em seu labirinto,
pois a sua base social se reduz dramaticamente, suas grandiosas [sic!]
propostas não aderem ao mundo real Há um recuo generalizado de sua
presença política em todo o mundo.”[iv]
Ora,
a todo entardecer corresponde uma aurora. Como será essa aurora?
Não retornará a saudosa e doce primavera da Fé após um tão longo e tenebroso
inverno?
Nela
não encontraremos nenhuma marca do “mais ou menos” característico (na melhor
das hipóteses) de nossa época. Nem de falsos radicalismos.
Ouçamos
a palavra da Sabedoria. Como ensinava o Papa Leão XIII, esperemos mais uma vez
que,“triunfando de todos os obstáculos, violências e opressões, dilatando
sempre mais sua pacífica tenda, salvando o glorioso patrimônio da arte, da
ciência, das letras, e fazendo penetrar profundamente na sociedade humana o
espírito do Evangelho, formou esta civilização que foi chamada cristã,
que trouxe às nações que não lhe impediram a benéfica influência, a equidade
das leis, a elevação dos costumes, a proteção dos fracos, a compaixão para os
pobres e infelizes, o respeito ao direito e à dignidade de todos, e ainda,
quanto é possível dentro da humana inconstância, a paz na vida civil, que
deriva da perfeita harmonia entre a liberdade e a justiça”.
Essa
civilização ressurgirá ainda mais bela uma vez destruída a Revolução anticristã
e implantada uma ordem contra-revolucionária, como a descreve Plinio Corrêa de
Oliveira em Revolução e Contra-Revolução: “Se a
Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a restauração da ordem. E por
ordem entendemos a paz de Cristo no reino de Cristo. Ou seja, a civilização
cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, antiigualitária e
antiliberal”.[v]
FONTE: ABIM
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Posted by Luiz Sérgio Castro on Quinta, 25 de junho de 2015
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