Por Ir.'. João Anatalino
Que
as modernas técnicas de psicanálise, e a psicologia em particular, devem muito
aos filósofos gnósticos, todos os profissionais e estudiosos desse ramo do
conhecimento humano sabem. Afinal, os dois mais famosos pesquisadores do
inconsciente humano, Sigmund Freud e Carl Gustav Jung, foram buscar nas
produções desses estranhos filósofos uma boa parte da inspiração para
desenvolver suas próprias pesquisas nesse campo. Como se sabe, esses dois
grandes exploradores das profundezas da mente viveram e trabalharam em um
ambiente intelectual onde os mitos e as crenças que influenciam o comportamento
humano eram estudados á luz do arcabouço filosófico e científico á disposição
dos pesquisadores na época. Nesse complexo situavam-se os escritores e poetas
do movimento conhecido como idealismo alemão, produtores de obras que
investigaram, pela primeira vez, a vida e a personalidade de Jesus, abstraindo
a questão religiosa e o conteúdo ideológico e emocional que ela naturalmente
carrega, para situá-lo em um contexto histórico, onde apenas o personagem e sua
obra contam.[1]
Grande
parte dessa febre intelectual pelas raízes do pensamento religioso foi provida
pelos filósofos gnósticos dos primeiros séculos do cristianismo. Jung,
principalmente, sempre demonstrou um grande interesse no pensamento gnóstico,
Desde o início da sua carreira como psicanalista ele trabalhou com a
possibilidade de encontrar um elo entre as concepções gnósticas e as
inspirações da psicanálise, conforme estavam sendo desenvolvidas por Freud e
ele próprio. É nesse sentido que ele viu nas complicadas teorias desenvolvidas
por esses estranhos pensadores uma clara relação entre os símbolos utilizados
por eles e a fauna inconsciente da psique humana, em relação aos mitos e lendas
que a influenciavam na escolha de suas crenças.
Todos
os biógrafos de Jung informam seu profundo interesse por assuntos gnósticos.
Uma de suas colaboradoras, Bárbara Hannah, ao escrever uma biografia do seu
mestre, salienta o grande apreço que ele tinha pelo gnosticismo: "Senti
como se finalmente tivesse um círculo de amigos que me entendessem", disse
ele, pois as concepções que eles tinham a respeito de certas teses, como o
sofrimento do mundo e a sua vinculação a um mecanismo de “vontade e
representação” eram as mesmas que ele esposava. [2]
O grande problema, apontado por Jung em
relação ao seu interesse por esses assuntos, era a falta de uma literatura
original. Em sua época, no início do século XX, ainda não haviam sido
descobertos os pergaminhos da biblioteca de Nag Hammadi. Dessa forma ele teve
que se valer das poucas referências até então conhecidas, particularmente dos
relatos fragmentados e parciais, distorcidos pelos padres da Igreja Romana, em
particular os bispos Irineu e Hipólito, que eram inimigos figadais da
experiência gnóstica. Na época Jung tinha em mãos apenas os três códices
redigidos em língua copta, o Codex Agnew, o Codex Bruce e o Codex Askew, que
continham as análises feitas pelos bispos da igreja ortodoxa, e eles continham,
todos, pesadas críticas ao gnosticismo, que era por eles considerado nada mais
do que puras heresias. Ainda assim, Jung foi capaz de dar uma importante
contribuição aos estudos sobre o assunto, através da esclarecida interpretação
que ele fez sobre o tema, isolando o seu conteúdo filosófico da parte
religiosa, fazendo com que as concepções desses estranhos filósofos passassem a
ser vistas de um ângulo diferente daquele que sempre foi enfocado. O
gnosticismo, com Jung passou a ser um assunto que interessava, não apenas á
história da religião, mas também á psicologia.
Embora não tenha constituído a razão
principal, foi em grande parte por causa dos trabalhos de Jung, associando as
concepções gnósticas ás descobertas que a moderna psicologia fez acerca do
conteúdo inconsciente da mente humana, que a descoberta dos manuscritos da
Biblioteca de Nag Hammadi assumiu tanta importância no estudo do fenômeno
cristão. Eles situaram a experiência cristã no contexto histórico-filosófico da
época, como assunto de verdadeiro interesse político e sociológico e não apenas
no sentido religioso. A Biblioteca de Nag Hammadi, como se sabe, constitui o
maior acervo de escritos gnósticos originais já descobertos na história. Contém
escritos produzidos nos três primeiros séculos do cristianismo, e que serviram,
muitos deles, de base para a implantação de diversas igrejas cristãs pelo mundo
todo. Esses escritos foram condenados pelo Vaticano, no Conselho de Nicéia, e
simplesmente foram banidos do mundo cristão. Mas muitos foram salvos e
escondidos por monges da seita cenobita em um mosteiro do Alto Egito, na região
de Nag Hammadi, sendo redescobertos em 1945.[3]
Jung,
como era de se esperar, demonstrou, desde o início, um grande interesse pelas
descobertas feitas em Nag Hammadi. Aliás, foi um de seus amigos e
colaboradores, o professor Gilles Quispel, que tomou a iniciativa de traduzir e
publicar os livros de Nag Hammadi, colocando a disposição dos leitores a vasta
literatura que o achado dos pastores árabes continha. Essa publicação recebeu o
nome bem sugestivo de Jung Codex, em homenagem ao cientista que foi o
responsável pelo renascimento de um assunto que havia sido sepultado pela
ditadura que a Igreja Católica impôs ao espírito ocidental durante quinze
séculos.
Muito
se tem perguntado sobre as verdadeiras opiniões de Jung a respeito do gnosticismo.
Ao que parece, bem antes dos modernos comentadores dessa disciplina terem
chegado á conclusão de que o gnosticismo nunca foi uma heresia, como queria a
Igreja Romana, mas sim uma experiência espiritual individual que se propôs
justificar a doutrina cristã a partir dos ensinamentos da filosofia defendida
pelos neoplatônicos, Jung já se recusava a classificar as ideias gnósticas como
heréticas ou destinadas a contradizer o credo cristão na sua forma
original. Para Jung os filósofos
gnósticos eram apenas pessoas de grande sensibilidade, videntes que “pescavam”
no inconsciente coletivo da humanidade uma gama de símbolos e arquétipos
compartilhados por todos os povos do mundo, em todos os tempos, para dar
sentido ás suas inspirações. Por isso, quando lhe perguntaram se o gnosticismo
era uma filosofia ou simplesmente um conjunto de mitos e concepções esotéricas
sem sentido, ele respondeu que, na sua opinião, os gnósticos não eram místicos
que compunham meras fantasias religiosas,
mas que eles trabalhavam com coisas muito reais, existentes nas
experiências interiores das pessoas. Assim, ele identificou nas bizarras teses
do gnosticismo uma forma original e poderosa de expressão da mente humana,
naquilo que ela tem de mais profundo e primordial, que é a sua estrutura
arquetípica. O gnosticismo, dizia Jung, em contraponto com o aristotelismo,
admitido pelo Vaticano como a única formulação filosófica que se adaptava ao
cristianismo, era uma experiência psíquica na qual o homem procurava vivenciar
a plenitude do Ser, sem cogitar da forma, ou do caminho que essa
experiência adotasse. Por isso a
oposição, que desde logo lhe fez a Igreja de Roma, cujo credo tinha pretensões
de ser o único caminho certo para a união do homem com Deus.
Jung
pagou caro por essas opiniões a respeito do gnosticismo. Afinal, na altura em
que ele as manifestou, ainda era de temer a opinião oficial, defendida pela
ortodoxia cristã, de que o gnosticismo era uma heresia, ou quando muito,
delírios metafísicos de uma plêiade de escritores místicos, inspirados pelo
neoplatonismo. Até hoje existe quem carimbe o trabalho de Jung de “não
científico” em razão de suas opiniões a respeito dessa matéria, pois segundo os
ortodoxos, o gnosticismo não era coisa séria; em consequência, quem o tomasse
para base em qualquer trabalho científico também não o seria.
Na
verdade, Jung não era um gnóstico no sentido comum do termo, ou seja, um
místico. Inclusive os seus próprios seguidores sempre negaram essa evidência,
face ao uso pejorativo que essa expressão tem sido usada nos meios acadêmicos.
É justificável que os simpatizantes de Jung não gostassem muito de ver o seu
mestre sendo chamado de místico, esotérico e termos afins. Até porque a
psicologia, que era a disciplina com a qual ele trabalhava, ainda hoje é
malvista em alguns círculos médicos como uma ciência muito duvidosa em seus
resultados. E ao vinculá-la á outra que se convencionou catalogar como
“misticismo”, ou filosofia oculta, como faz Sarane Alexandrian, por exemplo, muitos dos seguidores de Jung
preferem negar que ele fosse um gnóstico. [4],
Isso,
em nossa visão, constitui uma falha de interpretação, pois o gnosticismo não se
define como um conjunto de doutrinas, mas sim como expressão simbólica de uma
experiência psíquica, vivida em clima de intensa religiosidade. A psicologia
junguiana encontrou nessa experiência uma vivência espiritual, descrita em
linguagem poética e mitológica, que não obstante a dificuldade de traduzi-la em
termos lógicos, inteligíveis á maioria das pessoas, ainda assim traduz
experiências perceptivas da mais alta significação para o entendimento do
comportamento humano. Como o próprio
Jung reconheceu, os gnósticos não descreveram apenas os aspectos conscientes e
inconscientes da psique humana, mas também, e principalmente, exploraram de
forma empírica o inconsciente coletivo da humanidade e forneceram descrições e
formulações das várias imagens e forças arquetípicas que moldam esse
inconsciente. Nesse sentido os gnósticos se aproximaram mais da “alma coletiva”
do mundo do que os cristãos ortodoxos, que ao trabalhar com as expressões mais
constrangedoras da psique humana, ou seja, os componentes de defesa presentes
no ego (egoísmo, procura pelo prazer, luxúria, conforto, etc) os colocaram na
categoria de “vícios” que tinham que ser combatidos com comportamentos que mais
mutilavam o espírito e o corpo das pessoas do que os salvava.
Já
os gnósticos procuraram entendê-los para aprender a lidar com eles. E foi nessa
atitude dos gnósticos que Jung encontrou uma expressão particularmente valiosa
da luta universal do homem para readquirir a plenitude como Ser, através de um
protagonismo ativo que tinha muito mais a ver com o livre arbítrio, que segundo
eles, Jesus tinha trazido á humanidade, do que com o atavismo dogmático que a
Igreja de Roma tinha imposto ao cristianismo oficial.[5].
Segundo
o pesquisador Morton Smith, que descobriu o Evangelho Secreto de Marcos, um dos
mais importantes escritos gnósticos, os antigos seguidores da filosofia de
Pitágoras e Platão eram chamados de gnósticos. Destarte, a palavra Gnose, que
significa Iluminação, Insigh, Conhecimento, Descoberta, sempre ligada á
experiência psíquica ou religiosa, aparece nos escritos de vários autores
ligados á diversas escolas filosóficas, que incluíam até padres ortodoxos como
Orígenes e Clemente de Alexandria, por exemplo. Daí acreditar-se que os monges
cenobitas, supostos organizadores da Biblioteca de Nag Hammadi fossem
estudiosos ecléticos e ecumênicos, pois a Biblioteca continha não só cópias dos
tratados gnósticos e herméticos, mas também da República de Platão e de obras
de outros escritores neoplatônicos. Os membros da suposta comunidade gnóstica
do Alto Egito provavelmente teriam definido a literatura gnóstica como qualquer
escritura de valor espiritual, capaz de produzir iluminação (gnosis) no leitor,
como hoje faz a Maçonaria e a Rosa-Cruz.
Esse
é o interesse que ainda hoje, move os homens de espírito puro e de bons
costumes a estudar o gnosticismo. Pois, como diz o professor Samael Aun Weor,
“enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana,
enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz,
sempre haverá gnósticos no mundo.”
A
que eu saiba, não há nenhuma prova de que Jung tenha sido iniciado maçom. As
pesquisas que fiz a respeito não me deram informações que confirmassem essa
assertiva, já aventada por outros autores, de que tanto Freud quanto Jung
tenham sido Irmãos. Há, entretanto, algumas ilações bastante interessantes a
esse respeito que levam a suspeitar alguma filiação desses grandes estudiosos
da mente humana com a tradição maçônica. Pois ela está bem presente nos
trabalhos por eles desenvolvidos, através da forte ligação que eles têm com a
Gnose, principalmente em relação á sua simbologia, que também está presente, de
uma maneira bem visível, na Maçonaria. A propósito, o avô de Jung foi,
comprovadamente, maçom regular, tendo sido, inclusive, Venerável Mestre da Loja
da cidade onde vivia, na Suíça.[6]
E
nesse sentido é que apontamos para o interesse de todo maçom que queira
realmente aprender no que consiste a base espiritual da sua arte, que se
aprofunde um pouco no estudo da obra do gnóstico Carl Gustav Jung. Na sua
teoria dos arquétipos se encontra uma substancial parte da estrutura espiritual
da tradição maçônica. E nela uma excelente ferramenta para viver a Maçonaria
como uma grande experiência gnóstica.[7]
[1]
O termo idealismo alemão designa um sistema filosófico desenvolvido por famosos
pensadores alemães do calibre de Kant, Fichte, Hegel e Schelling que
influenciou toda a cultura europeia da época e continua até hoje a mostrar a
sua força. Na literatura influenciou um grupo de escritores na busca pelo Jesus
histórico. Entre estes os conhecidos
Hermann Samuel Reimarus, David Friedrich Strauss, Ernest Renan e o
grande médico e humanista Albert Schwuartz, entre outros.
[2]
Teses que eram, também, esposadas por Schopenhauer, para quem o mundo era
composto por vontade e representação (o que ele é e o que pensamos que ele é).
É um pensamento que tem muito a ver com as teses gnósticas, até porque ambas
carregam uma grande influência do chamado neoplatonismo.
[3]
A Biblioteca de Nag Hammadi contém um conjunto de escritos feitos por cristãos
dos três primeiros séculos da era cristã, que revelam uma visão esotérica e
mística acerca de Jesus e sua doutrina. São diversos “evangelhos” atribuídos a
discípulos, como Filipe, Tiago, Judas etc, e outras pessoas que conviveram com
Jesus, tais como Maria Madalena, Nicodemos, José de Arimatéia, Pôncio Pilatos e
outros. A esse respeito, ver Os Evangelhos Gnósticos, publicado pela Editora
Mercúryo, 1986.
[4]
História da Filosofia Oculta- Saraiva Ed. 1986
[5]
O gnosticismo era uma doutrina bem mais democrática do que o cristianismo
ortodoxo. A Igreja Romana, que no Concílio de Nicéia adotou o chamado “credo
paulino”, transformou Jesus em uma espécie de ditador espiritual. Só através da
fé em Jesus, na doutrina da sua morte e ressurreição, dizia Paulo, o homem
podia ser salvo. No paraíso cristão só entrariam os batizados no sangue de
Cristo. Já os cristãos gnósticos abriam essa possibilidade para todas as
pessoas, independente da religião que professassem. A salvação se dava pelo
conhecimento das coisas divinas e não pela fé. Através desse conhecimento, o
homem podia libertar sua alma (centelha divina) da prisão da matéria em que ela
fora posta pelo “Deus mau” e se unir com seu Criador. Eram várias as formas de
gnosticismo, mas a que mais encantou os cristãos dos primeiros séculos foi
aquela que via uma contradição entre o Deus do Velho Testamento (o Deus dos
judeus) e o Deus do Novo Testamento (o que Jesus pregou). O primeiro, Deus dos
judeus, era um Deus mau, que fez o mundo material. Por isso o mundo era cheio
de crimes, injustiças, dores e tragédias. Já o outro Deus, que Jesus revelou,
era bom, compassivo, tolerante. Mas este Deus era desconhecido, não tinha nome,
era inacessível e não intervinha nas ações humanas. Só podia ser atingido pelo
conhecimento (gnosis) e pela prática de uma vida virtuosa e desapegada dos bens
materiais. Coisa que incomodava bastante os líderes católicos, que em sua
maioria, estavam profundamente envolvidos com o poder e as riquezas materiais.
[6]
Vide o livro de Jean-Luc Maxence “Jung é a aurora da maçonaria” publicado pela
Ed. Madras, 2010.
[7]Aos
interessados no tema sugerimos a leitura da nossa obra “O Tesouro Arcano”,
publicado pela Editora Madras, 2013
O TESOURO ARCANO
A Maçonaria e seu simbolismo iniciático
Ao longo da História, o espírito humano tem despendido muita energia na tarefa de descobrir qual é o princípio que rege a vida do universo e nem sempre foi bem-sucedido. Todavia, esse princípio existe e, embora dificilmente se revele na sabedoria consciente, ele é um bem compartilhado pela Mente Coletiva da espécie humana, como muito bem notou Jung em suas especulações a respeito dos arquétipos que informam o Inconsciente Coletivo da humanidade.
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A Maçonaria e seu simbolismo iniciático
Ao longo da História, o espírito humano tem despendido muita energia na tarefa de descobrir qual é o princípio que rege a vida do universo e nem sempre foi bem-sucedido. Todavia, esse princípio existe e, embora dificilmente se revele na sabedoria consciente, ele é um bem compartilhado pela Mente Coletiva da espécie humana, como muito bem notou Jung em suas especulações a respeito dos arquétipos que informam o Inconsciente Coletivo da humanidade.
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JUNG É A AURORA DA MAÇONARIA
A obra polifônica de Carl Gustav Jung, incitação a uma dinâmica transcendente de transformação progressiva do Eu, demonstra que esse caminhar não é possível a não ser pelo estudo dos símbolos psíquicos do homem contemporâneo. Aqui, o psicanalista junguiano Jean-Luc Maxence compara, com audácia, esse processo de individuação de Jung à caminhada iniciática, que não pode ser compreendida sem o conhecimento integrado dos símbolos de sempre. Lembrando que nem a Franco-Maçonaria e nem mesmo Jung inventaram o simbolismo, o autor mostra, em uma linguagem acessível a todos, que a nova ordem da psicologia analítica e a Ordem Maçônica herdaram o código das tradições como linguagem universal. Este livro, releitura da obra de C. G. Jung à luz de sua relação com o simbolismo alquímico e maçônico, é, sobretudo, uma viagem surpreendente que permite compreender os vínculos que unem a Maçonaria do futuro e a psicologia das profundezas. Jean-Luc Maxence avança, enfim, para a hipótese de que, ao mesmo tempo em que Jung faz arejar a psicologia do consultório, ele também faz com que o franco-maçom saia de sua Loja discreta e sugere a todos o método iniciático. Dessa forma, o autor ousa concluir: Jung é o futuro da Franco-Maçonaria...
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