Grão-Mestre João Paulo Sventnickas |
Entidade
da Maçonaria Catarinense, o Grande Oriente de Santa Catarina - GOSC, comemorou
nesta semana 65 anos de fundação. Com participação ativa em diversos movimentos
da história do Brasil e do estado, a instituição foi fundada no dia 12 de abril
de 1950 e nos últimos anos têm ampliado sua presença em diversas campanhas,
como a de combate à corrupção e em projetos sociais.
“O
GOSC possui uma história de união e respeito”, afirma o Grão-Mestre João Paulo
Sventnickas, que tem como Grão-Mestre adjunto Sergio Martinho Nerbass.
Uma
das três Potências Maçônicas, o Grande Oriente de Santa Catarina tem como
objetivos o progresso e o desenvolvimento da Maçonaria, a busca da verdade, a
prática da união, da fraternidade e da tolerância, bem como o aperfeiçoamento
moral e intelectual da humanidade.
O
aniversário do GOSC foi comemorado no dia 18 de abril, com uma solenidade de
homenagens a Maçons e colaboradores. Na ocasião também foram entregues as
premiações aos vencedores de Concurso Literário organizado pela instituição e
lançado o terceiro volume da coletânea da revista O PRUMO.
O
GOSC surgiu como Potência no dia 12 de abril de 1950, já que antes desta dada
os trabalhos dos Maçons catarinenses eram normalizados por uma Delegacia do
Grande Oriente do Brasil.
“Uma Era ainda da caneta a tinta, da máquina
de escrever”, lembra o ex-Grão-Mestre José Carlos Pacheco, que ocupou o
cargo máximo da instituição de 1990 a 1996.
O
ex-Grão-Mestre Miguel Christakis, o mais antigo ex-dirigente do GOSC em vida,
ocupou o cargo por dois períodos, de 1969 a 1975 e de 1978 a 1981. Ele
participou da “cisão” da Maçonaria brasileira em 1973, que decretou o
surgimento de uma terceira Potência independente (Comab), a qual o GOSC passou
a integrar.
“Quando
nós estávamos fazendo uma eleição para o Grande Oriente do Brasil, tínhamos uma
corrente de oposição à direção nacional. As próprias autoridades nacionais
estavam preocupadas com a conduta da Maçonaria, que não estava participando
ativamente do desenvolvimento, do crescimento e do progresso da Nação”, observa
Miguel Christakis.
“Já
nesta época - ressalta Christakis - a sociedade exigia uma participação efetiva
da Maçonaria e de outros segmentos sociais que estavam surgindo”.
O
ex-Grão-Mestre Francisco Vady Nozar Mello (1987-1990) relata: “Nós saímos das
discussões interna corporis e doutrinárias e passamos a discutir assuntos
político-sociais brasileiros”.
Vem
desta época o crescimento da participação da Maçonaria em ações sociais, entre
elas o auxilio humanitário as vítimas de enchentes em Santa Catarina, a
fundação de escolas e apoio a obras sociais, com destaque para a criação da
Fundação Hermon - “o braço social das três Potências da Maçonaria Catarinense”,
conforme define o ex-Grão-Mestre por três oportunidades Edelson Naschenweng (1993,
1996-1998 e 1999-2002).
Embora
esteja organizada em três Potências autônomas e independentes, a Maçonaria
Catarinense convive em união, compartilhando diversas campanhas e eventos
públicos.
“O
GOSC sempre entendeu que a Maçonaria é una”, salienta Miguel Christakis.
“A
união da Maçonaria Catarinense é necessária”, defende o ex-Grão-Mestre Alaor
Francisco Tissot (2011-2014).
Para
o ex-Grão-Mestre Rubens Ricardo Franz (2008-2011) “temos que estar juntos,
porque uma das maiores forças da Maçonaria internacional hoje é o Brasil”.
Na
ótica do ex-Grão-Mestre Getúlio Corrêa (2005-2008), “Maçonaria não é só estudo
de simbolismo. Maçonaria é permanentemente um braço político”.
A
participação da Maçonaria Catarinense na campanha de combate à corrupção se
tornou pública com a adesão de cerca de 4.000 membros da instituição na marcha
organizada no dia 15 de março de 2015 na capital.
“Não
pensei que iria chegar ao ponto que está hoje este problema da corrupção no
país. A campanha contra a corrupção é uma de nossas grandes lutas”, explica
Alaor Tissot.
“A
grande bandeira da Maçonaria é a educação. Um dos grandes paradigmas a ser
quebrado no século XXI - é uma pena dizer isso - é quebrar os grilhões da
ignorância do povo brasileiro”, defende Ruber Ricardo Franz.
“Foram
muitos os que construíram esta caminhada”, destaca o ex-Grão-Mestre José Carlos
Pacheco.
“O
GOSC goza de respeito e consideração em todo o sistema Maçônico devido ao
trabalho iniciado pelos ex-Grão-Mestres e à atual administração cabe continuar
este trabalho”, finaliza o atual Grão-Mestre João Paulo Sventnickas.
Fonte: GOSC
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