*Por Barbosa Nunes
Chego
ao “artigo 200”, cujo ponto de partida foi 5 de fevereiro de 2011, quando
escrevi, “A proposta de Marconi é humana”, referindo-me ao projeto do
governador Marconi Perillo, que já é realidade, a ser inaugurado nos próximos
dias, com o nome “Centro de Reabilitação e Excelência de Dependentes Químicos”
– CREDEQ, Unidade Aparecida de Goiânia Jamil Issy”. A maçonaria goiana que
levantou em 1997 a bandeira “Maçonaria a Favor da Vida – Contra as Drogas”,
hoje presente em todo o Brasil, agradece ao governador pelo interesse em favor
da causa e eu registro o quanto foi por ele bem recebida a minha sugestão, em
alguns artigos, de levar o primeiro Credeq o nome deste pioneiro na toxicologia
e prevenção ao uso de drogas, saudoso Jamil Issy.
Com
a devida consideração e respeito aos que me distinguem todos os sábados, com
suas qualificadas leituras, sou muito zeloso nas avaliações e comentários,
enfocando temas que objetivo serem sementes de uma boa construção moral,
espiritual e defensora da família como instrumento da sociedade.
Faz-me
muito bem os cumprimentos e críticas que recebo pessoalmente, telefonemas,
inúmeros e-mails, milhares de mensagens pelas redes sociais e compartilhamentos
que levam mais longe, inclusive ao exterior, nossos escritos. Registro o meu
profundo agradecimento a você meu amigo, meu irmão, minha cunhada e meu
sobrinho, com um toque especial, abordando o livro “O Poder do Toque”, edição
de 1991, tradução de Ieda Moriya, Editora Best Seller, que releio pela terceira
vez, autoria da americana Phyllis K Davis, bacharel em comunicação e expressão.
Diz
ela que: “Em nossa sociedade, o contato físico é tão inibido quanto a expressão
do amor. O amor é misterioso, maravilhoso, cativante, benéfico, fascinante,
mágico. Emoção poderosa. O contato físico também é poderoso”.
Neste
mês em que as emoções se emergem, em que os nossos sentimentos são fortemente
realçados pelas belas mensagens, pela comemoração do nascimento de Jesus, que é
o nosso maior guia, pela alegria das crianças em recebendo presentes e tristeza
daquelas que ficam excluídas por este mundo material, quero ter contatos dos
próximos aos mais longínquos, enviando e recebendo orações que possibilitem a
todos nós, força para superar as dificuldades.
Com
este artigo 200, aumento o meu contato afetivo, incentivando manifestações de
amor, em consequência, os contatos físicos. Pobres de nós. Pobres dos milhões
de seres humanos que dariam tudo para ter o que um gato ou cachorro de
estimação recebem no que se refere a amor e contatos físicos.
Acrescenta
Phyllis K Davis: “É irônico que, em nosso ambiente, os animais desfrutem mais
amor e contato físico de que nós, como seres humanos que tanto precisamos. Os
animais, ao contrário de nós, tocam muito mais suas crias e uns aos outros. Por
exemplo, os animais lambem e acariciam seus filhotes, quando estes se machucam.
Já os pais, especialmente os homens, dizem simplesmente aos filhos: “Não
chore!”, fazendo-lhes um curativo em seguida”.
Temos
ânsia por verdadeiros contatos físicos, mas infelizmente, nossa cultura impõe
limites rígidos ao nosso comportamento neste aspecto. Necessitamos de contato
físico. Gostamos de tocar e ser tocados. Um cumprimento, um abraço, um beijo,
tocam o nosso coração, transmitindo emoções como o amor e a paz, ótima terapia
contra a tristeza e a depressão.
Na
maçonaria nos tratamos como irmãos, amados irmãos, nos abraçamos com o
“tríplice e fraternal abraço” seguido do ósculo, que expressa amizade sincera.
Conta-se
que um grupo de 38 chimpanzés eram mantidos em cativeiros escuros em um
laboratório austríaco, durante muitos anos. Ao serem resgatados após uma
batalha judicial, mostraram-se eufóricos, rindo muito e abraçando-se
continuadamente, demonstrando satisfação pelo contato físico iluminado.
Em
alguns de nós, a sensação de tocar e ser tocado é altamente desenvolvida,
enquanto outros apresentam uma relativa insensibilidade ao contato físico,
tocam de forma tímida ou até evitam contatos. A potência do ato de tocar outra
pessoa, ainda que por menos de um segundo, é surpreendente, valendo mais que 5
minutos de um discurso muito bem feito.
Desejando
muita saúde e paz em 2015, aos que juntos nos encontramos aqui, estimulo que
pratiquem ao máximo, dezenas e centenas de abraços e toques que vão levar e
trazer ondas de alegria. Assim é que lhes ofereço um poema que sempre uso ao
final de minhas palestras, em dinâmica que todos emocionados se abraçam. Leia
com atenção e interprete com o coração, com pensamento fixo no seu bebê, sua
criança, seu adolescente, seu amigo, seu parceiro, seu filho adulto e em seu
pai idoso.
O
poema é “Por favor me toque!”, de Phyllis K Davis.
“Se
sou seu bebê, Por favor, me toque... Preciso de seu afago de uma maneira que
talvez nunca saiba. Não se limite a me banhar, trocar minha fralda e me alimentar,
Mas
me embale estreitado, beije meu rosto e acaricie meu corpo. Seu carinho gentil,
confortador, transmite segurança e amor.
Se
sou sua criança, Por favor, me toque. Ainda que eu resista a até o rejeite,
Insista, descubra um jeito de atender minha necessidade. Seu abraço de boa
noite ajuda a adoçar meus sonhos. Seu carinho de dia me diz o que você sente de
verdade.
Se
sou seu adolescente, Por favor, me toque Não pense que eu, por quase estar
crescido, Já não precise saber que você ainda se importa. Necessito de seus
braços carinhosos, preciso de uma voz terna. Quando a vida fica difícil, a
criança em mim volta a precisar.
Se
sou seu amigo, Por favor, me toque. Nada como um abraço afetuoso para eu saber
que você se importa. Um gesto de carinho quando estou deprimido me garante que
sou amado, E me reafirma que não estou só. Seu gesto de conforto talvez seja o
único que eu consiga.
Se
sou seu parceiro sexual, Por favor, me toque. Talvez você pense que sua paixão
basta, Mas os seus braços detêm meus temores. Preciso de seu toque terno e
confortador,
Para
me lembrar de que sou amado apenas porque sou eu.
Se
sou seu filho adulto, Por favor, me toque, Embora eu possa até ter minha
própria família para abraçar, Ainda preciso dos braços de mamãe e papai quando
me machuco. Como pai, a visão é diferente, Eu os estimo mais.
Se
sou seu pai idoso, Por favor, me toque, Do jeito que me tocaram quando era bem
pequeno. Segure minha mão, sente-se perto de mim, dê-me força, E aqueça meu
corpo cansado com sua proximidade. Minha pele, ainda que muito enrugada, adora
ser afagada.
Não
tenha medo. Apenas ME TOQUE!”
*Barbosa Nunes é Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil
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