A ESTRANHA MORTE DO IRMÃO ELÍGIO DE OLIVEIRA.

Coincidência?  Programação mental?  Pré-cognição?
Por Hercule Spoladore 
No dia 11/12/1988 na cidade de Jandaia do Sul-PR, no Templo de Loja “Fidelidade Jandaiense” jurisdicionada ao Grande Oriente do Paraná ocorreu a sua sagração. Esta Loja havia sido fundada em 07/09/1975 tendo sido instalada em 27/09/1975, através do ato 11/75 do GOP pelo Grão-Mestre Enoch Vieira dos Santos (1970-1980).
Estavam presentes neste evento de sagração, o então Grão-Mestre do GOP, o Irmão Areli da Silva Correia (1986 -1989), o Irmão José Queiroz Filho Soberano Comendador do Supremo Conselho do Grau 33, José Castellani, Xico Trolha (Francisco de Assis Carvalho) Irmãos representantes de Lojas, e 42 Irmãos do Quadro da Loja. Eu também participei desta linda festa. Eu estava presente entre os inúmeros Irmãos de outras lojas, convidados para esta cerimônia. Leia mais
O lindo Templo da “Fidelidade Jandaiense” era novo, recém-construído, ainda cheirando à tinta. Ainda não tinha ar condicionado, ou se tinha não me lembro, pois foi insuficiente, dado o calor reinante naquele dia, fazendo com que todos suassem a rodos a ponto dos Irmãos sentirem as gotas de suor descer suavemente através do sulco inter glúteo. Ternos molhados de suor. O Templo repleto de Irmãos. Calculo uns 80 a 100 Irmãos. A sessão sob o comando do então Venerável José Vicente Rodrigues iniciou mais ou menos ás 9,30 horas acontecendo num domingo.

Dos diversos fundadores da Loja que compareceram, todos orgulhosos e alegres incluía-se o Irmão Francisco de Assis Carvalho, antes de adotar o codinome de Xico (com x) Trolha. Também lá estava nosso Irmão Eligio de Oliveira uns dos fundadores, com mais de 75 anos, naquela ocasião residindo em Curitiba, que veio juntamente com seu Filho também maçom que morava no norte do Estado, especialmente para assistir a sagração. A Sagração daquele templo era o maior desejo de Eligio.
O Templo havia sido construído sob a orientação do escritor José Castellani, contando também com a participação de Xico Trolha, quanto às normas tidas como corretas do REAA. Castellani neste dia foi agraciado com o título de Benemérito da Loja “Fidelidade Jandaiense”. Outros Irmãos receberam comendas e entre eles o Xico Trolha, Darcy Rodrigues Junqueira e Perseu Matheus Pugliesi.
O Xico Trolha havia me dito mais de uma vez que o Mano Eligio, afirmara a ele e também a outros Irmãos, que após a sagração do Templo de sua Loja que ele tanto amava ele poderia morrer, pois teria assim cumprido sua missão.
A cerimônia transcorreu normalmente dentro da ritualística e durou cerca de duas horas e meia. Apesar do calor não houve casos de Irmãos passarem mal.
O Irmão Eligio não demonstrou qualquer desconforto durante a cerimônia, apesar de sua idade, e do calor reinante.  Estava feliz e radiante. Estava realizado com a Sagração do Templo. Eu mesmo notei, lembro-me muito bem que estava feliz e alegre durante a sessão.
Terminada a cerimônia, logo se seguiram as congratulações de praxe, todos os Irmãos contentes, saudações para todos os lados, aliás, merecidas especialmente aos irmãos da Loja.
A ágape comemorativa, um almoço, foi realizada nas dependências do Country Club de Jandaia do Sul. Aliás, próximo ao templo.  Os Irmãos foram a pé ate este local.
Logo após o almoço, o Irmão Eligio passa mais uma vez em frente ao Templo para extasiar-se, para admira-lo, para olhar, e sentir mais uma vez que seu o seu sonho havia sido realizado. Viu, contemplou, e se retirou.
Andou uns trinta metros subindo uma ladeira, sentiu um mal estar súbito e falece ali mesmo naquele local, sem sofrimentos, sem dispneia, sem dores cruciantes no peito. Seu coração simplesmente parou de funcionar. No entanto, seu sonho se realizou. O Templo havia sido sagrado e agora ele podia conforme preconizado, morrer realizado em paz.
Ainda estávamos almoçando quando nos chegou a noticia. Fui vê-lo, sem vida deitado em uma cama, completamente inerte. Ao lado o nosso Irmão seu Filho, que estava muito abalado, mas nos disse que o Pai havia morrido feliz com a Sagração do Templo como ele tanto desejava.
Fiquei muito triste e emocionado, me perguntando como aquilo podia ter acontecido? Não era para ser assim logo após uma cerimônia daquelas. E aconteceu após, quando ele já havia almoçado, almoçou antes dos demais Irmãos, pois teria um longo percurso de volta e por fatalidade o nosso Irmão, seu Filho que o que o trouxe vivo até Jandaia do Sul o levaria morto para a sua cidade.
Sua morte foi para mim muito esquisita. Ele faleceu, quando em realidade tudo já estava acabado, sem dar incômodo aos Irmãos que estiveram trabalhando na sagração, para não haver interrupção da cerimônia. Parece que ele tinha escolhido a hora após olhar o Templo pela última vez, nos deixaria.
Voltei arrasado para a minha cidade, sem ter explicações. Seria mera coincidência? Todos os seres vivos têm um ciclo de vida já estipulado pela própria natureza. Coincidiu do Mano Eligio falecer naquele dia e naquelas circunstâncias cumprindo simplesmente seu tempo de vida? É assim que qualquer pessoa raciocinaria. Ele partiria naquele momento onde quer que estivesse, segundo a forma racional de se julgar.
Mas pensando melhor esta é uma explicação muito simplista. Não me satisfez.
Procurei outras explicações.
Sabemos que ninguém consegue explicar o que é mente humana. Atualmente, a Neurociência cognitiva estuda as capacidades mentais mais complexas como a linguagem, a auto conscientização e através da Neuropsicologia se estuda a conexão cérebro-mente. Mas não explica o que é a mente.
A Parapsicologia Moderna e Independente também não tem condições de explicar o que é a mente humana, mas a estuda como ela funciona e observa e estuda e compara os resultados.  Para o parapsicólogo Antônio Grisa a mente humana tem duas funções:
O Consciente e o Subconsciente
O Consciente está relacionado a atenção. Ele pensa, analisa, compara, decide, compreende, julga, orienta.  É a parte da mente racional. O ser Humano quando usa a sua razão plena, quando ele sabe o que está fazendo, quer fazer, e pode fazer.
O Subconsciente é a outra função da mente ainda um tanto obscura, que é a parte que executa tudo o que acontece conosco. Atualmente na versão da Parapsicologia Independente ele age como um robô invisível que depois de programado executa o programa. Ele age de forma mecânica, automática e autônoma.
O Subconsciente depois de colocar uma programação ou um conjunto de programações em execução ele age como uma máquina independente, autônoma agindo mecanicamente sem questionar. Ele deveria agir em função do Consciente ou Razão como um servomecanismo, mas assume uma autonomia e age de forma independente. Por isso às vezes não temos controle em certas situações, porque não conseguimos agir com a Razão. O subconsciente é que comanda.
Mas estas duas funções são duas em uma só, pois a mente humana é basicamente constituída por estas duas formas de ser como se fosse uma só.
As reações do Subconsciente podem ser enumeradas em três situações
1ª Move o corpo
Desde os movimentos do ser humano, como o pulsar das artérias, os movimentos dos membros superiores e inferiores, o respirar, a deglutição, enfim tudo o que refere a movimentos do corpo é executado automaticamente pelo Subconsciente.
2ª Move os sentimentos e emoções
O Subconsciente depois de programado comanda as emoções e os sentimentos das pessoas, dando origem a todas as reações emocionais e comportamentais do ser humano.
3ª Move a realidade
O Subconsciente, depois de programado, move a realidade. Os resultados são constatados como efeitos práticos, como a saúde, doença, fracasso, sucesso a pobreza e a riqueza, o amor e o desencontro.
O nosso subconsciente controla 90% da nossa vida. Deveria ser o contrário. Esta porcentagem deveria pertencer à nossa mente racional, ou seja, ao Consciente, mas que fazer, pois foi assim que fomos criados pela natureza e ainda não desenvolvemos uma forma de sermos mais racionais. Poderemos chegar a este, talvez no futuro.
Estas observações levaram o Método Grisa de Parapsicologia à descoberta da lei da Criação, a maior lei mental.
“O que se cria na mente como programação do Subconsciente – “torna-se realidade” – podendo ainda assim ser enunciada: “Só se expressa no exterior o que já é no interior”, ou ainda “os semelhantes se atraem”“.
Para não delongar, o caso do Irmão Eligio foi uma programação que ele fez em função de gostar muito da sua Loja e ver o Templo sagrado, e o fez de forma intensa com muita convicção, tanto subconsciente como conscientemente, pois ele próprio propagava que depois da sagração poderia morrer. E isto se tornou uma realidade para ele.
O Irmão Eligio programou-se mentalmente para que tudo acontecesse como realmente aconteceu. E o que ele tinha na mente tornou-se realidade, pois se programou para isso. Ele não resta dúvidas, morreu feliz.
Quando fizermos novas programações da mente, deveremos fazê-las de maneira positiva, objetiva, otimista sempre para o bem e nunca programações negativas, pois o que se cria na mente torna-se realidade. Acontece mesmo!
Esta seria a explicação parapsicológica segundo o Método Grisa de Parapsicologia. Todavia, o assunto fica em aberto para que cada Irmão que ler este artigo tenha a sua própria explicação, pautada em suas crenças, convicções metafísicas, religiosas ou científicas. É um terreno fértil para  discussões,  ainda repleto de muita especulação, muitas teorias e pouco avanço cientifico.

Hercule Spoladore – Loja de Pesquisas Maçônicas “Brasil” –LONDRINA- PR.

REFERÊNCIAS
GRISA, Pedro A.   PARANORMALIDADE  -  Um potencial Mental
                                  Edipappi
                                   Florianopolis, 2007

GRISA, Pedro A.    LIBERTE SEU PODER EXTRA
                                   Edippapi
                                   Florianópolis, 2007
Livrete – Aug:.Resp:.Loj:.Simb:. FIDELIDADE JANDAIENSE – 25 anos de História






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