Autor de 'Andança', Paulinho Tapajós morreu aos 68 anos |
O cantor e compositor Paulinho Tapajós,
autor de Andança, morreu nesta sexta-feira (25) aos 68 anos. De acordo com
informações publicadas no Facebook do primo do artista, o também músico Tibério
Gaspar, ele lutava contra um câncer há pelo menos seis anos.
Autor
de 'Andança', Paulinho Tapajós morreu aos 68 anos
“Nesse momento recebi com muito pesar a
notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós. Começamos juntos
a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste
com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele.
Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento
intenso. Meus pêsames Heloísa. Querido amigo descanse em paz e até algum dia.
Um beijo de luz na sua alma...”.
Paulo Tapajós Gomes Filho nasceu no Rio
de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1945. Era filho do compositor, cantor e
radialista Paulo Tapajós, com quem teve as primeiras noções de música, e de
Norma Tapajós, e irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha
Tapajós. Durante sua infância, costumava frequentar o auditório da Rádio
Nacional, emissora da qual seu pai era diretor artístico. Cresceu em um
ambiente musical, convivendo desde menino com vários artistas, como Emilinha
Borba, Marlene e Radamés Gnatalli, que costumavam frequentar a casa de seus
pais.
Na adolescência, estudou violão com Léo
Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro.
Paulinho iniciou sua trajetória
artística no final da década de 1960, quando ainda cursava Arquitetura na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em 1971.
Participou, em 1968, do "Música
Nossa", projeto realizado com o objetivo de promover encontros entre
compositores e cantores em espetáculos realizados no Teatro Santa Rosa, no Rio
de Janeiro. Nesse ano, teve pela primeira vez registrada uma música de sua
autoria: "Madrugada" (com Arthur Verocai), incluída no LP "Música
Nossa", em gravação de Magda.
Entre 1968 e 1970, destacou-se como
compositor premiado em diversos festivais de música, com destaque para sua
participação no III Festival Internacional da Canção, no qual obteve o terceiro
lugar, na fase nacional, com a canção “Andança” (com Edmundo Souto e Danilo
Caymmi), hoje com quase 300 gravações, e no IV Festival Internacional da
Canção, no qual obteve o primeiro lugar na fase nacional e o primeiro lugar na
fase internacional, com “Cantiga por Luciana” (com Edmundo Souto), hoje com
mais de 100 gravações.
Fonte: Jornal do Brasil
1 Comentários
Estranho pais esse nosso cuja retribuição ao criador de determinadas obras exigem dele -criador- o próprio sacrifício para se ver (?) reconhecido e exaltado. No caso de Paulinho o fato chega a doer visto serem dele algumas das mais conhecidas canções populares, tipo Sapato velho, Cantiga por Luciana e o amálgama de qualquer roda de violão que queira fazer TODOS cantarem: Andaça, hoje conhecida como da Beth Carvalho (sic...).
ResponderExcluirEle era só um simples cidadão, sentencia uma de suas poéticas e sempre engajadas poesias musicais, bom sujeito e amigo precioso para aqueles que tiveram a satisfação de privar da sua convivência.
Filho de peixe e irmão de filhos de peixe deu-se o direito de compor um réquiem ao próprio pai para instigar-nos a rever uma forma bastante natural e sempre complicada relação: pai e filho.
Abordou com muita propriedade a temática familiar já que compôs sob diversas variações da organização familiar.
Restempice, Paulinho; você não está ouvindo mas estão falando de você post mortem...